terça-feira, 15 de março de 2022

Sim, Deus Amou o Mundo...

A história que nos é revelada nas Escrituras não demonstra um Deus preocupado em apenas resgatar 'almas' humanas da terra como se o que importasse fosse apenas libertar espíritos puros de uma matéria corrompida. 
As Escrituras da tradição judaico-cristã começam com o relato de um Deus criando todas as coisas que existem. Ele cria tudo e tudo de forma que lhe permite constatar que ficou bom, muito bom (Gênesis 1.31). 
O apóstolo Paulo compreendia muito bem as implicações disso no projeto de redenção divina por meio de Jesus: 
"Pois foi do agrado de Deus que nele (Jesus) habitasse toda a plenitude, e por meio dele reconciliasse consigo todas as coisas, tanto as que estão na terra quanto as que estão no céu, estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz" (Colossenses 1.19,20)
Talvez você também já tenha escutado alguém sugerindo a leitura de João 3.16 de forma a substituir a palavra 'mundo' ali pelo seu nome, reforçando, assim, a falsa ideia individualista de que Deus se importa apenas com os seres humanos. Embora, sim, sejamos objeto do amor de Deus, a melhor maneira de lermos João 3.16 não é tirando a palavra mundo para colocar o meu próprio nome no lugar, mas, reconhecendo o plano abrangente da redenção de Deus: 
 "Deus tanto amou o mundo que Ele criou que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3.16)
Lembrando, ainda, que o texto continua assim: 
"Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele" (João 3.17). 
Ao reconhecermos o amor de Deus pela sua criação a ponto dele agir para restaurá-la não estamos, em nada, diminuindo a compreensão de seu amor por nós, afinal, fazemos parte, como seres feitos à sua imagem e semelhança, deste mundo de Deus.

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domingo, 13 de março de 2022

Use Bem o Cérebro

Talento, aplicado á mensagem bíblica para hoje, pode ser tudo aquilo que Deus nos confiou. Somos meros administradores daquilo que recebemos de Deus.
De todos os talentos, dons, recursos e capacidades que Deus nos concede, o nosso cérebro, a nossa inteligência, criatividade e imaginação constituem algo fantástico. Deus deseja que nós busquemos o entendimento das coisas. Ele inspirou pessoas para que registrassem a sua revelação por meio das Escrituras, a Bíblia. Nosso compromisso como cristãos, hoje, consiste em usar essa inteligência e, com auxílio do Espírito Santo, lermos e compreendermos as Escrituras. 
Não temos o direito de sermos negligentes diante dos talentos que Deus nos confiou e nem com a sua revelação que está disponível nas Escrituras. 
Como bem afirmou o pastor e missionário R. J. Rushdoony, 

"...um estudo teológico é também um ato de exorcismo intelectual, uma tentativa de expulsar os maus espíritos de algum tipo de pensamento herético e debilitante que enfraquece e alija a vida do homem e nosso entendimento da Palavra de Deus"