quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Evangelização: levando a igreja local a focar as BOAS NOVAS

A maioria das pessoas que as estatísticas identificam como os "sem igreja" não não são, necessariamente, anti-igreja. Poucos, na realidade, são altamente contrários ao evangelho. Como exemplo, apenas cerca de 5% dos americanos sem igreja são altamente antagônicos ao evangelho. Euangelion é a palavra grega para boas novas ou evangelho. Os cristãos de hoje parecem ter perdido ou se esquecido do “bom” em boas novas? A negatividade, sem dúvida, vende. Notícias negativas ganham mais atenção, assim como posts negativos em mídias sociais e blogs.

Boas notícias não dão audiência! Oitenta por cento dos frequentadores da igreja acreditam ter a responsabilidade pessoal de compartilhar sua fé, mas 61% deles não contaram a outra pessoa sobre Cristo nos últimos seis meses. A grande maioria dos cristãos acredita que eles devem compartilhar sua fé, mas poucos realmente o fazem. Por que isso acontece se os cristãos representam o povo da esperança? Os cristãos são aqueles que tem os maiores motivos para serem verdadeiramente otimistas. As boas novas devem nos levar para fora com amor. Se você está liderando uma igreja, o que você pode fazer sobre o fato de que a maioria dos crentes não compartilha sua fé?

1º Passo: Admita o problema - Em muitas denominações pessoas são integradas à igreja/comunidade local pelo batismo ou profissão de fé. Quantos batismos e profissões de fé a sua igreja local realiza por ano? A sua igreja pode ser uma extraordinária exceção, mas a maioria está lutando para alcançar pessoas para Cristo. Os líderes da igreja precisam fazer mais do que reconhecer a realidade estatística. Os líderes da igreja devem admitir que também fazem parte do problema. É preciso parar de simplesmente transferir a responsabilidade.

2º Passo: Lidere pelo exemplo - As igrejas que evangelizam têm líderes que evangelizam. Por acaso você já ouviu falar a respeito de uma igreja voltada para os de fora com líderes voltados para dentro? Não dá para esperar que os membros da igreja compartilhem sua fé se você não estiver liderando o desafio. É necessário estabelecer para a igreja o objetivo de compartilhar a fé com alguém toda semana. Não importa se a sua igreja local reúne, em média, 25, 75, 200 ou três mil membros. Se os líderes simplesmente cumprirem sua responsabilidade de compartilhar o evangelho, a igreja crescerá. Logo os membros, inspirados pelo exemplo de sua liderança, estarão compartilhando do evangelho com seus amigos, parentes e vizinhos.

3º Passo: Seja positivo - O evangelho é uma boa notícia. Se você reclamar do evangelho, não é o evangelho. É apenas fanfarronice religiosa, o que não é bom. Seu tom é importante, não tão importante quanto o conteúdo, mas, ainda assim, importante. Se a teologia da prosperidade distorce as boas novas, o evangelho da pobreza suga a sua vitalidade. O evangelho não traz riquezas terrenas e nem requer uma vida separada do mundo. Mas, todos os cristãos devem ser pessoas positivas. Sem sacrificar a sinceridade e a autenticidade (a vida pode ser difícil), a melhor maneira de compartilhar sua fé é se concentrar no "bom" das boas novas. Dificilmente alguém irá se interessar e querer se juntar a uma congregação de murmuradores.

4º Passo: Pregue - O pastor da igreja deve regularmente pregar e ensinar sobre a importância da evangelização. O púlpito e o microfone são os meios de se comunicar com uma igreja inteira. O que é comunicado a toda a igreja é percebido como o mais importante. Use o palco principal para transmitir a mensagem mais central: o evangelho deve ser compartilhado.

5º Passo: Pratique - Pregar sobre a importância de compartilhar o evangelho é uma maneira de transmitir a importância de estar focado no público que ainda não conhece o evangelho. Mas pregar não é suficiente. Cada pequeno grupo da igreja é um excelente espaço para treinar regularmente a evangelização. Essas configurações menores permitem que as pessoas façam perguntas e interajam com os líderes. Crie pequenos grupos, capacite lideranças para coordená-los, ofereça conteúdo relevante, incentive os membros a convidar novas pessoas!

6º Passo: Ensine - Todo pastor e líder da igreja deve ter pelo menos um aprendiz. Um dos aspectos mais críticos ao se ensinar alguém na igreja é demonstrar a ele como compartilhar o evangelho. Se a sua orientação espiritual não inclui evangelismo, então você está perdendo uma grande oportunidade.

7º Passo: Celebre - Você se torna o que você celebra. Se a sua igreja celebra a evangelização, então as pessoas provavelmente se tornarão mais evangelísticas. Você deve elevar o evangelho acima de outros aspectos da vida da igreja. Conte a história da mudança de vida nas pessoas. Uma igreja que celebra o novo nascimento em Cristo é mais propensa a pensar "para fora" do que uma igreja que não celebra.

A maioria das igrejas precisa de uma mudança cultural para se tornar mais evangelística. Em muitas igrejas, os anos se passaram sem muito foco externo, e a atrofia evangelística se instala. A cultura de muitas igrejas lentamente fez com que passassem para um foco interno. Esses sete passos podem parecer muito técnicos, na verdade.

 Realisticamente, uma sessão de treinamento de evangelismo não fará muito por uma igreja que não tenha focado "os de fora" por anos a fio. Contudo, repetir estes sete passos consistentemente iniciará o processo, mudando gradualmente a cultura da igreja.

Depois de alguns anos, ou talvez alguns meses, você poderá encontrar muitas pessoas na sua igreja empolgadas em compartilhar o evangelho novamente.

Texto traduzido e adaptado do original de Sam Rainer: SEVEN STEPS TOWARDS A GREATER GOSPEL FOCUS IN YOUR CHURCH 
Disponível em https://thomrainer.com/2019/08/seven-steps-towards-a-greater-gospel-focus-in-your-church/

terça-feira, 27 de agosto de 2019

Pastor: será que chegou a hora de você procurar outra igreja para pastorear?

A vida e o ministério pastoral é realmente cheia de desafios. Um destes consiste em discernir o melhor momento para seguir em frente e buscar por novos desafios, em outra cidade, outra igreja local!

São muitos os dilemas! Afinal de contas, nem sempre mudar de cidade e, até mesmo de estado, implica apenas a vida do pastor. Como fica a família? E os filhos? Tudo isso sem falar de parentes e amigos.

Começar tudo novamente em um contexto estranho é rotina na vida de muitos pastores e missionários. São muitas coisas para serem consideradas. A principal, certamente, é a vocação. Afinal, em nome do chamado de Deus e da convicção vocacional, a maioria dos pastores sabe que lhe serão exigidos sacrifícios.

Certamente o primeiro ministério na vida de todo pastor está em sua própria casa. Seu testemunho, cuidado e oração diante da sua família serão sempre um exemplo diante da igreja. Como não lembrar, aqui, as duras palavras do Apóstolo Paulo? "Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente" (1 Timóteo 5.8).

Nenhuma mudança, portanto, deveria se basear em decisões que ignoram a família pastoral. Oração e diálogo são fundamentais para buscar consenso e segurança diante de toda grande decisão na vida e no ministério do pastor. O esforço no ministério será ainda mais árduo se as coisas não estiverem indo bem em casa!

Um fator que pode fazer com que um pastor comece a pensar em deixar a sua igreja local é "a grama mais verde do vizinho". Você certamente compreende esta metáfora. Em todas as áreas da vida a nossa tendência é nos compararmos com os outros. No caso do ministério pastoral, também há sempre a tentação de acharmos que os colegas estão conseguindo maior sucesso do que eu. Por isso, é muito importante uma análise e reflexão sincera. Certamente este não é um motivo suficientemente correto para algum pastor querer se aventurar em uma outra igreja.

Quando, então, seria o momento mais adequado para deixar a igreja para seguir em direção a novos desafios?

Certamente esta é uma resposta difícil de ser dada sem que se considere uma série de variáveis. Duas delas já foram mencionadas acima. A família pastoral e as motivações pessoais devem ser seriamente levadas em consideração.

Um aspecto legítimo a ser considerado é se você, pastor, sente que tem uma visão para uma igreja que não é mais esta onde está pastoreando atualmente. Se você possui uma nova e clara visão para uma nova igreja, então, talvez seja hora de mudar. Isso inclui, certamente, muita oração e direcionamento de Deus. Se você sente que o seu tempo na igreja em que está chegou ao fim, que não tem mais o que colaborar, que cumpriu seu propósito aí, talvez seja hora de considerar seriamente um novo desafio.

Outro aspecto relevante a ser levado em conta é se na igreja local onde o pastor atua há uma resistência, até mesmo uma oposição tão forte ao ministério do atual pastor que é impossível de ser superado. Essas coisas acontecem. Mais uma vez a situação carece de muita sabedoria e discernimento. Sabemos que há sempre a tentação de fugir frente as primeiras dificuldades. Não se trata disso. Muitas bençãos e crescimento são impedidos quando crises e dificuldades deixam de ser enfrentados. É preciso evitar deixar a igreja exatamente no momento em que ela mais precisa de você! Nosso ponto aqui é realmente uma oposição insuperável e que pede uma medida drástica.

Esqueça os mitos e o senso comum que, muitas vezes, influenciam a decisão de pastores para mudarem de igreja. Um destes mitos é o do tempo de ministério numa mesma igreja local. Haveria algum tempo ideal? Cinco anos? Três anos, quem sabe!? Talvez sete anos? Por incrível que pareça, há quem se apegue em justificativas desse tipo. É um argumento difícil de justificar, pois parece considerar que um ministério pastoral numa mesma localidade teria uma espécie de prazo de validade. Isso é obviamente um equívoco. É preciso, antes, uma avaliação aberta, participativa e em diálogo que considere a igreja, suas lideranças, o pastor e um eventual mentor.

Considere ainda se Deus o está chamando para um ministério completamente diferente. Talvez, até mesmo, uma atividade profissional fora da igreja. Sim, isso também pode acontecer. Muitas pessoas ouviram conselhos de amigos e da família, procuraram atender a uma expectativa dos pais e, atualmente, sofrem simplesmente por estarem numa atividade para a qual nunca foram vocacionadas. Mudar faz parte. Mas, nem sempre uma mera mudança geográfica será o suficiente. 

Independentemente de onde Deus te colocar, procure servir com alegria!