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quarta-feira, 20 de março de 2024

O que deixa sua igreja mais animada?

Através do poder das perguntas, podemos desvendar o que realmente move uma comunidade de fé. Algumas perguntas geram silêncio, outras reflexão, mas há uma que se destaca por gerar um diálogo vibrante: 

"O que mais te anima em relação à nossa igreja?"


Se existe um segredo dos grandes líderes, então, certamente deve ser a arte de fazer perguntas que inspiram. E entre todas elas, uma se destaca por abrir as portas para um diálogo rico e revelador: "O que mais te anima em relação à nossa igreja?"

O poder dessa pergunta reside em sua simplicidade e positividade. Ela convida as pessoas a compartilharem o que as entusiasma, sem qualquer tipo de julgamento. Ao mesmo tempo, direciona o foco para o que realmente importa: a paixão que move a igreja. A resposta se torna um resumo vívido do que nutre a fé de cada membro.

A resposta à pergunta é uma janela para a alma da igreja. A palavra "animação" traduz o entusiasmo que pulsa no coração dos membros. Através de suas respostas, descobrimos o que os motiva e inspira. As respostas variam amplamente, abrangendo desde a teologia e os programas até a missão, a pregação e a estrutura física da igreja. Raramente encontramos negatividade, pois as pessoas se concentram no que as motiva e as conecta à comunidade.

O que nos anima geralmente se torna uma prioridade em nossas vidas. Aquilo que desperta paixão na igreja também é elevado a um lugar de destaque.

A resposta à pergunta também revela a perspectiva da pessoa em relação à igreja. O entusiasmo está enraizado no passado, vibrante no presente ou direcionado para o futuro? A animação em relação ao passado pode indicar uma nostalgia pela tradição, enquanto a empolgação com o futuro sugere esperança em um caminho positivo ou a expectativa de mudanças positivas.

A resposta à pergunta nos permite desvendar a alma da igreja, revelando sua personalidade única. Cada comunidade de fé possui características distintas, expressas em seus membros. Algumas igrejas exalam extroversão, acolhendo com entusiasmo novos rostos. Outras se inclinam para a reflexão, nutrindo um ambiente propício ao cuidado mútuo. Já outras transbordam generosidade, inspirando seus membros a contribuir com alegria para o reino de Deus. A animação da igreja, portanto, é um reflexo de sua própria essência. 

É importante lembrar que uma única pergunta não revela todos os segredos de uma igreja. No entanto, questionar sobre o que anima as pessoas abre um diálogo rico e revelador, sem qualquer tipo de constrangimento. Essa é uma das perguntas que pastores e líderes podem incorporar em suas conversas e reuniões de equipe, pois permite ouvir diferentes perspectivas e participar de conversas positivas e inspiradoras.


Convido você a fazer o mesmo: pergunte a algumas pessoas da sua igreja "O que mais te anima em relação à nossa igreja?". Tenho certeza de que se surpreenderá com a riqueza de respostas e insights que receberá. Essa é uma oportunidade para se conectar com sua comunidade, fortalecer laços e construir um futuro ainda mais vibrante para a fé.

terça-feira, 16 de junho de 2020

Pastorear é Mais do Que Pregar

Você é um pastor?

Como tem pastoreado a fração da Igreja de Jesus que está sob a tua responsabilidade? 

Você sabe a diferença entre 
pregar e pastorear? 

Embora possa parecer óbvio, muitos pastores parecem não ter a devida clareza quanto a diferença entre pastorear e pregar. A pregação da Palavra recebe maior atenção nos seminários e nas atividades pastorais. Talvez por causa da projeção que isso parece proporcionar. 

Não nos enganemos: por melhor pregador que você seja, os membros da tua comunidade ainda precisarão ser pastoreados. Uma igreja local, portanto, precisa encontrar um bom pregador da Palavra de Deus. Um expositor bíblico fiel e que faça seu trabalho bem feito, com clareza e comunicação eficaz. No entanto, precisará ainda mais de um pastor fiel, atento, sensível às dores e necessidades de seus membros. 


Qual é a estratégia de pastoreio de tua igreja local? 

Enquanto um só pastor pode expor a Palavra em pregações semanais para milhares de expectadores, dificilmente um único líder conseguirá acompanhar pastoralmente um número expressivo de pessoas. Se a tarefa de pregar e pastorear couber ao mesmo indivíduo, então, estaremos diante de um desafio frustrante! 
Um responsável expositor da Palavra sabe o trabalho que dá preparar uma boa pregação. Quanto tempo ainda restará para acompanhar de perto os membros num trabalho pastoral? 

Igrejas que contam com uma equipe pastoral são raras. É mais comum termos pastores sobrecarregados com múltiplas tarefas no ministério. As cobranças são muitas. Se você é um destes pastores sobrecarregados e se pergunta como tirar tempo para, ainda, pastorear, talvez tenha que rever o planejamento e a agenda. 

Mas, e quando sequer existe um planejamento? 

Sim. Muitos pastores correm de um lado para o outro tentando 'apagar os incêndios' que vão surgindo entre os líderes e membros da igreja. A solução permanece sendo a mesma: PLANEJAMENTO. 

Planejar consiste em eleger prioridades. Não é possível dar conta de tudo. As demandas nunca têm fim. 

Para um pastor que não está, atualmente, pastoreando ninguém, começar com um pequeno número de membros já será alguma coisa. Pergunte-se quem são os membros mais estratégicos na missão da igreja? Quem os está pastoreando? Como você poderia acompanhá-los mais de perto? 

Não se engane! Os líderes mais engajados não estão garantidos na igreja. Geralmente são os mais críticos e, também, os mais sobrecarregados. Ele precisam ser pastoreados. 

O quanto você, pastor, é acessível aos membros da tua igreja? 

Sugerimos duas estratégias que você pode colocar em prática agora mesmo: 

1. Faça uma lista com pessoas da comunidade que você irá se aproximar e pastorear de verdade. Não, não será possível colocar todos os membros da igreja na lista. Jesus chamou doze para passar três anos com eles. 
Importante: Jesus fez deste seu grupo, colaboradores no pastoreio. Pense em quem você poderia acompanhar mais de perto. Depois estabeleça uma estratégia de acompanhamento. 
Exemplo: uma ligação telefônica semanal. Um encontro (visita, café) quinzenal ou mensal.
Coloque isso na agenda. Precisa haver intencionalidade e ações concretas. Relacione-se. Acompanhe. Importe-se. 
Não fique preso aos programas já instituídos pela igreja. Amplie os horizontes. Proponha atividades conjuntas: caminhadas, refeições, esporte, supermercado. É incrível o quanto os relacionamentos acontecem de maneira informal, nas atividades ordinárias do dia a dia.

2. Libere tempo para pastorear. A desculpa da falta de tempo é corriqueira. No entanto, o tempo é o mesmo para todos. Ninguém tem mais do que as mesmas 24 horas no dia. 
Mais uma vez, trata-se de uma questão de prioridade. 
O que você faz e que poderia ser deixado de lado? 
Muitos pastores repetem mecanicamente atividades e programações sem qualquer questionamento. Pergunte-se: se eu parasse com isso hoje, alguém sentiria falta? 
Ainda: se eu pudesse realizar apenas uma ou duas de minhas atividades diárias no ministério, quais seriam? 
Invista em pessoas e multiplique a equipe, capacite outros para pastorear. O conselho do sogro Jetro para Moisés continua bastante útil (Êxodo 18.13ss.). 

A pregação é importante. 
Pastorear é essencial. 
Pregar é solitário. 
Pastorear é relacional. 
Busque equilíbrio nessas tarefas diárias e, até mesmo a maneira de pregar sairá ganhando!

terça-feira, 27 de agosto de 2019

Pastor: será que chegou a hora de você procurar outra igreja para pastorear?

A vida e o ministério pastoral é realmente cheia de desafios. Um destes consiste em discernir o melhor momento para seguir em frente e buscar por novos desafios, em outra cidade, outra igreja local!

São muitos os dilemas! Afinal de contas, nem sempre mudar de cidade e, até mesmo de estado, implica apenas a vida do pastor. Como fica a família? E os filhos? Tudo isso sem falar de parentes e amigos.

Começar tudo novamente em um contexto estranho é rotina na vida de muitos pastores e missionários. São muitas coisas para serem consideradas. A principal, certamente, é a vocação. Afinal, em nome do chamado de Deus e da convicção vocacional, a maioria dos pastores sabe que lhe serão exigidos sacrifícios.

Certamente o primeiro ministério na vida de todo pastor está em sua própria casa. Seu testemunho, cuidado e oração diante da sua família serão sempre um exemplo diante da igreja. Como não lembrar, aqui, as duras palavras do Apóstolo Paulo? "Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente" (1 Timóteo 5.8).

Nenhuma mudança, portanto, deveria se basear em decisões que ignoram a família pastoral. Oração e diálogo são fundamentais para buscar consenso e segurança diante de toda grande decisão na vida e no ministério do pastor. O esforço no ministério será ainda mais árduo se as coisas não estiverem indo bem em casa!

Um fator que pode fazer com que um pastor comece a pensar em deixar a sua igreja local é "a grama mais verde do vizinho". Você certamente compreende esta metáfora. Em todas as áreas da vida a nossa tendência é nos compararmos com os outros. No caso do ministério pastoral, também há sempre a tentação de acharmos que os colegas estão conseguindo maior sucesso do que eu. Por isso, é muito importante uma análise e reflexão sincera. Certamente este não é um motivo suficientemente correto para algum pastor querer se aventurar em uma outra igreja.

Quando, então, seria o momento mais adequado para deixar a igreja para seguir em direção a novos desafios?

Certamente esta é uma resposta difícil de ser dada sem que se considere uma série de variáveis. Duas delas já foram mencionadas acima. A família pastoral e as motivações pessoais devem ser seriamente levadas em consideração.

Um aspecto legítimo a ser considerado é se você, pastor, sente que tem uma visão para uma igreja que não é mais esta onde está pastoreando atualmente. Se você possui uma nova e clara visão para uma nova igreja, então, talvez seja hora de mudar. Isso inclui, certamente, muita oração e direcionamento de Deus. Se você sente que o seu tempo na igreja em que está chegou ao fim, que não tem mais o que colaborar, que cumpriu seu propósito aí, talvez seja hora de considerar seriamente um novo desafio.

Outro aspecto relevante a ser levado em conta é se na igreja local onde o pastor atua há uma resistência, até mesmo uma oposição tão forte ao ministério do atual pastor que é impossível de ser superado. Essas coisas acontecem. Mais uma vez a situação carece de muita sabedoria e discernimento. Sabemos que há sempre a tentação de fugir frente as primeiras dificuldades. Não se trata disso. Muitas bençãos e crescimento são impedidos quando crises e dificuldades deixam de ser enfrentados. É preciso evitar deixar a igreja exatamente no momento em que ela mais precisa de você! Nosso ponto aqui é realmente uma oposição insuperável e que pede uma medida drástica.

Esqueça os mitos e o senso comum que, muitas vezes, influenciam a decisão de pastores para mudarem de igreja. Um destes mitos é o do tempo de ministério numa mesma igreja local. Haveria algum tempo ideal? Cinco anos? Três anos, quem sabe!? Talvez sete anos? Por incrível que pareça, há quem se apegue em justificativas desse tipo. É um argumento difícil de justificar, pois parece considerar que um ministério pastoral numa mesma localidade teria uma espécie de prazo de validade. Isso é obviamente um equívoco. É preciso, antes, uma avaliação aberta, participativa e em diálogo que considere a igreja, suas lideranças, o pastor e um eventual mentor.

Considere ainda se Deus o está chamando para um ministério completamente diferente. Talvez, até mesmo, uma atividade profissional fora da igreja. Sim, isso também pode acontecer. Muitas pessoas ouviram conselhos de amigos e da família, procuraram atender a uma expectativa dos pais e, atualmente, sofrem simplesmente por estarem numa atividade para a qual nunca foram vocacionadas. Mudar faz parte. Mas, nem sempre uma mera mudança geográfica será o suficiente. 

Independentemente de onde Deus te colocar, procure servir com alegria!