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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Cinco Aspectos Significativos No Processo de Revitalização de Uma Igreja Local

Palavras como 'revitalizar' e 'revitalização' entraram de vez no vocabulário de líderes cristãos brasileiros. Você também está numa igreja onde a revitalização parece ser inevitável?

Lembremos sempre que a expressão mais importante da igreja é a igreja local. Esta que é também denominada comunidade ou congregação.

As denominações históricas presentes no Brasil são aquelas vertentes do protestantismo que mais sofrem com a estagnação e a perda de membros. Estão, assim, na contra-mão do movimento evangélico que vem se mostrando aquele mais cresce no Brasil.

Diante deste quadro, muitas lideranças tem se mostrado interessadas na missão e na revitalização. E, falar em revitalizar implica falar em mudanças.

Não dá pra esperar resultados 
diferentes sem que se altere algumas coisas do processo

Muitas igrejas já perceberam que terão que aceitar mudanças se não quiserem ser extintas. Por mais que seja doloroso, as mudanças são invitáveis.

A pergunta que temos em mente neste breve artigo, portanto, é:
Quais seriam as mudanças mais significativas a serem feitas por igrejas que querem entrar num processo de revitalização?

Várias coisas poderiam ser ditas aqui. No entanto, queremos focar algumas mudanças que vemos como realmente significativas. Líderes e pastores de igrejas locais querem ver crescimento, vitalidade, uma verdadeira comunidade de crentes que se reúne com alegria e comunhão e, também impacta a realidade onde vive.

Infelizmente, a tentação dos números é o que geralmente acaba prevalecendo. Muitos presumem que templos cheios e cultos bem frequentados é tudo o que precisam. Isso pode fazer bem para o ego do pastor, mas, não garante mudança a longo prazo e nem uma igreja comprometida.

A mudança de uma igreja tradicional que se encontra estagnada começa pela oração. Nenhuma novidade aqui. Oração é chave. Oração comunitária ou corporativa. Aquela que envolve a todos. Começa pela vida de oração do pastor e passa pela liderança. Precisa envolver a igreja como um todo. A oração muda a disposição das pessoas de um tom negativo para um tom positivo. O foco deixa de estar apenas nas finanças, nos números, nos bancos vazios, para focar naquele que é, de fato, o Senhor da Igreja. Assim, envolva a sua igreja no compromisso de orar por mudanças e pela ação de Deus em meio dela!

Um segundo aspecto significativo está no papel do pastor local. É necessário que o pastor oriente a igreja 'para fora'. Muitas igrejas estão morrendo porque perderam de vista a realidade e as pessoas à sua volta. Uma igreja que está morrendo pode cometer o erro de focar cada vez mais em si mesma e em seus 'problemas'. No entanto, o que ela precisa fazer é exatamente o contrário. Os bancos vazios devem ser vistos como uma oportunidade. Os membros devem ser estimulados a conviverem de forma intencional com as pessoas da vizinhança, do bairro e da cidade. Jesus convivia com pessoas de todos os tipos. Os cristão não foram chamados para viverem na bolha de suas congregações e nem para se relacionarem apenas com outras pessoas crentes. O pastor possui papel chave nesse processo. Ele precisa ser liberado pela igreja e ter agenda social para além do atendimento aos membros de 'carteirinha'.

O terceiro aspecto significativo está em cortar na própria carne. Mudanças exigem que se deixe algumas coisas para trás. Nem sempre um processo de revitalização implica em acrescentar novas coisas à igreja e à sua programação. É mais provável que aquilo que a igreja está precisando mesmo é deixar algumas coisas. Subtrair em vez de somar. Cabe a reflexão: o que a igreja insiste em preservar e que não faz mais sentido? Será que não estamos insistindo em programas que foram criados para uma outra época? Pode parecer estranho num primeiro momento, afinal, quando se está definhando a tendência é querer criar coisas novas. Mas, revitalizar passa por repensar. Será que a mudança não estaria em simplesmente deixar algo? Muitas vezes é no espaço vazio que sobra tempo e ambiente para o novo!

Se, por um lado, parece clichê falar que tudo começa e passa pela oração, da mesma maneira pode parecer assim falar de foco e planejamento. Mas é exatamente este o quarto aspecto que queremos enfatizar. As coisas não acontecerão sem um foco que esteja claro e bem orientado para a igreja. A igreja local precisa estar imbuída de uma clara compreensão daquela que é a missão de Deus. Não se trata de mudar por mudar. O foco não é um novo programa, uma nova estratégia, um novo ministério. Não se trata de algo que está apenas na cabeça da liderança ou do pastor. Um planejamento amplo e compartilhado é fundamental para guiar toda a comunidade ao longo do processo de revitalização. Esse planejamento precisa ser fruto de oração e diálogo. É preciso ouvir o que Deus tem a dizer e se deixar orientar por Ele. Muitas igrejas precisam admitir que precisarão de assessoria e ajuda externa para isso.

Finalmente, o quinto aspecto. Você já deve ter notado, a esta altura, o quanto é importante o papel do pastor em conduzir um processo de mudanças e de revitalização em uma igreja local. Sim, se o pastor não cooperar e não estiver disposto a ser o principal protagonista desse processo, dificilmente algo substantivo ocorrerá. E, uma vez que o pastor resolva encarar o desafio ele precisa se comprometer a permanecer à frente da igreja por um longo prazo. Nenhuma guinada acontecerá na igreja com uma série de pastores que permanecem apenas por algum tempo. Permanecer não tem nada a ver com comodismo. Permanecer como um pastor preocupado com o bem estar da igreja, em liderar o processo de mudança, em dar o exemplo de que mudar as coisas numa igreja envolve deixar-se mudar a si mesmo. Uma igreja que deseja passar por um processo de revitalização precisa de um pastor comprometido com esse projeto, disposto a passar bons longos anos liderando esse processo. Um pastor comprometido a permanecer. Muitas igrejas, talvez, ainda não tenham este pastor e terão que buscá-lo. 

Quando o assunto é mudança, ninguém garante que vai ser fácil. Mas, certamente pode ser desafiador. Deus está agindo. Deixemo-nos usar como seus instrumentos na missão de evangelizar o mundo!

terça-feira, 27 de agosto de 2019

Pastor: será que chegou a hora de você procurar outra igreja para pastorear?

A vida e o ministério pastoral é realmente cheia de desafios. Um destes consiste em discernir o melhor momento para seguir em frente e buscar por novos desafios, em outra cidade, outra igreja local!

São muitos os dilemas! Afinal de contas, nem sempre mudar de cidade e, até mesmo de estado, implica apenas a vida do pastor. Como fica a família? E os filhos? Tudo isso sem falar de parentes e amigos.

Começar tudo novamente em um contexto estranho é rotina na vida de muitos pastores e missionários. São muitas coisas para serem consideradas. A principal, certamente, é a vocação. Afinal, em nome do chamado de Deus e da convicção vocacional, a maioria dos pastores sabe que lhe serão exigidos sacrifícios.

Certamente o primeiro ministério na vida de todo pastor está em sua própria casa. Seu testemunho, cuidado e oração diante da sua família serão sempre um exemplo diante da igreja. Como não lembrar, aqui, as duras palavras do Apóstolo Paulo? "Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente" (1 Timóteo 5.8).

Nenhuma mudança, portanto, deveria se basear em decisões que ignoram a família pastoral. Oração e diálogo são fundamentais para buscar consenso e segurança diante de toda grande decisão na vida e no ministério do pastor. O esforço no ministério será ainda mais árduo se as coisas não estiverem indo bem em casa!

Um fator que pode fazer com que um pastor comece a pensar em deixar a sua igreja local é "a grama mais verde do vizinho". Você certamente compreende esta metáfora. Em todas as áreas da vida a nossa tendência é nos compararmos com os outros. No caso do ministério pastoral, também há sempre a tentação de acharmos que os colegas estão conseguindo maior sucesso do que eu. Por isso, é muito importante uma análise e reflexão sincera. Certamente este não é um motivo suficientemente correto para algum pastor querer se aventurar em uma outra igreja.

Quando, então, seria o momento mais adequado para deixar a igreja para seguir em direção a novos desafios?

Certamente esta é uma resposta difícil de ser dada sem que se considere uma série de variáveis. Duas delas já foram mencionadas acima. A família pastoral e as motivações pessoais devem ser seriamente levadas em consideração.

Um aspecto legítimo a ser considerado é se você, pastor, sente que tem uma visão para uma igreja que não é mais esta onde está pastoreando atualmente. Se você possui uma nova e clara visão para uma nova igreja, então, talvez seja hora de mudar. Isso inclui, certamente, muita oração e direcionamento de Deus. Se você sente que o seu tempo na igreja em que está chegou ao fim, que não tem mais o que colaborar, que cumpriu seu propósito aí, talvez seja hora de considerar seriamente um novo desafio.

Outro aspecto relevante a ser levado em conta é se na igreja local onde o pastor atua há uma resistência, até mesmo uma oposição tão forte ao ministério do atual pastor que é impossível de ser superado. Essas coisas acontecem. Mais uma vez a situação carece de muita sabedoria e discernimento. Sabemos que há sempre a tentação de fugir frente as primeiras dificuldades. Não se trata disso. Muitas bençãos e crescimento são impedidos quando crises e dificuldades deixam de ser enfrentados. É preciso evitar deixar a igreja exatamente no momento em que ela mais precisa de você! Nosso ponto aqui é realmente uma oposição insuperável e que pede uma medida drástica.

Esqueça os mitos e o senso comum que, muitas vezes, influenciam a decisão de pastores para mudarem de igreja. Um destes mitos é o do tempo de ministério numa mesma igreja local. Haveria algum tempo ideal? Cinco anos? Três anos, quem sabe!? Talvez sete anos? Por incrível que pareça, há quem se apegue em justificativas desse tipo. É um argumento difícil de justificar, pois parece considerar que um ministério pastoral numa mesma localidade teria uma espécie de prazo de validade. Isso é obviamente um equívoco. É preciso, antes, uma avaliação aberta, participativa e em diálogo que considere a igreja, suas lideranças, o pastor e um eventual mentor.

Considere ainda se Deus o está chamando para um ministério completamente diferente. Talvez, até mesmo, uma atividade profissional fora da igreja. Sim, isso também pode acontecer. Muitas pessoas ouviram conselhos de amigos e da família, procuraram atender a uma expectativa dos pais e, atualmente, sofrem simplesmente por estarem numa atividade para a qual nunca foram vocacionadas. Mudar faz parte. Mas, nem sempre uma mera mudança geográfica será o suficiente. 

Independentemente de onde Deus te colocar, procure servir com alegria!