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sábado, 21 de março de 2020

Revitalização, Adoção e Apadrinhamento

Você já ouviu falar sobre igrejas adotivas?

Certamente você já ouviu falar a respeito de pessoas que adotam crianças. Daí o vem o termo pais adotivos.

Num contexto familiar, adotar, assume, portanto, significados como apadrinhar, assumir, amparar, apoiar, filiar e, até mesmo, abraçar.

Por sua vez, o filho adotado é um escolhido, amparado, afilhado, eleito, aceito.

Mas, como ficariam esses termos aplicados ao processo de revitalização de igrejas?

Para falar de igrejas adotadas e adotivas no processo de revitalização de igrejas, precisamos primeiramente esclarecer o que se quer dizer por revitalizar. Como define Thom S. Rainer, fundador da Church Answers, revitalização é o processo em que uma igreja procura ficar mais saudável usando seus próprios recursos internos, envolvendo pessoas, fundos e processos.

A adoção seria o processo em que uma igreja procura revitalização com auxílio externo. É quando a igreja procura ficar mais saudável sendo adotada por outra organização, geralmente outra igreja.

Para se falar de adoção, é preciso falar também de quem adota. No Brasil não é comum o uso da palavra "adotador" ou "adotante". Assim, no processo de revitalização de igrejas um termo mais próximo de nós seria padrinho ou madrinha. Uma igreja local consideravelmente saudável pode apadrinhar outra que esteja necessitando passar por um processo de revitalização. Em outras palavras, uma igreja saudável daria de si para cuidar, por um tempo, de uma igreja 'doente'.

Isso aconteceria com a igreja saudável cedendo recursos e pessoas para a outra igreja em processo de revitalização.

Resumindo, a revitalização pode ocorrer na igreja a partir de seus recursos internos. Num caso de 'adoção' o processo se dá com auxílio de recursos externos. E, o apadrinhamento é natural do processo de adoção.

Estamos, portanto, diante de uma clara possibilidade de igrejas unindo-se a outras para fortalecer o todo. Este processo de adoção e apadrinhamento requer lideranças e pastores maduros e muito bem resolvidos. Existe, no Brasil, certa dificuldade de igrejas trabalharem unidas. Infelizmente, o que existe, muitas vezes, é até certa rivalidade, como se uma igreja ou uma denominação fosse uma espécie de concorrência. É claro que esse tipo de coisa não combina com o espírito de unidade que Cristo desejou para a sua igreja (João 17).

Na adoção de uma igreja por outra, a essência consiste no cuidado. Uma igreja estabelecida, saudável, doa-se para outra que requer cuidados, apoio e orientação. Ocorre, principalmente, entre igrejas de uma mesma cidade ou entre cidades próximas.

A melhor maneira de iniciar este processo é a igreja madrinha oferecer recursos que uma igreja menor ainda não possui. Pode ser um pregador, alguém da área da música ou do ensino. Trata-se de algo bem específico.

Importante que as coisas não caiam num paternalismo. Mas, que haja capacitação e apoio até que as coisas se estabilizem na igreja amparada.

Há muitas igrejas, de diversos tamanhos e características em nossas cidades. O que é necessário para elas se aproximem mais umas das outras?

Um processo de apadrinhamento pode iniciar com uma aproximação. Os pastores, certamente, possuem um papel chave nesse processo. Muitas cidades, inclusive, já possuem conselhos de pastores. Quais são os projetos em comum? Quais são as pautas das reuniões?

Quem sabe possamos motivar para que o tema do apadrinhamento entre igrejas seja fomentado!?

Lembrando que iniciado um processo de adoção como temos exposto aqui, é fundamental que se estabeleça um prazo. Não seria nada bom se o apadrinhamento resultasse num simples processo de dependência de uma igreja da outra.

Como tudo na igreja, também processos assim devem ser iniciados com muito diálogo e oração. Daí segue-se um bom planejamento.

Quem sabe não se inicie um belo processo de igrejas madrinhas e igrejas adotadas aqui no Brasil!? 

Que o bom Deus nos dê a direção!

NOTA: Devemos a inspiração e algumas ideias do texto acima a Thom S. Reiner e seu texto originalmente publicado por The Foster Church Movement.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Cinco Aspectos Significativos No Processo de Revitalização de Uma Igreja Local

Palavras como 'revitalizar' e 'revitalização' entraram de vez no vocabulário de líderes cristãos brasileiros. Você também está numa igreja onde a revitalização parece ser inevitável?

Lembremos sempre que a expressão mais importante da igreja é a igreja local. Esta que é também denominada comunidade ou congregação.

As denominações históricas presentes no Brasil são aquelas vertentes do protestantismo que mais sofrem com a estagnação e a perda de membros. Estão, assim, na contra-mão do movimento evangélico que vem se mostrando aquele mais cresce no Brasil.

Diante deste quadro, muitas lideranças tem se mostrado interessadas na missão e na revitalização. E, falar em revitalizar implica falar em mudanças.

Não dá pra esperar resultados 
diferentes sem que se altere algumas coisas do processo

Muitas igrejas já perceberam que terão que aceitar mudanças se não quiserem ser extintas. Por mais que seja doloroso, as mudanças são invitáveis.

A pergunta que temos em mente neste breve artigo, portanto, é:
Quais seriam as mudanças mais significativas a serem feitas por igrejas que querem entrar num processo de revitalização?

Várias coisas poderiam ser ditas aqui. No entanto, queremos focar algumas mudanças que vemos como realmente significativas. Líderes e pastores de igrejas locais querem ver crescimento, vitalidade, uma verdadeira comunidade de crentes que se reúne com alegria e comunhão e, também impacta a realidade onde vive.

Infelizmente, a tentação dos números é o que geralmente acaba prevalecendo. Muitos presumem que templos cheios e cultos bem frequentados é tudo o que precisam. Isso pode fazer bem para o ego do pastor, mas, não garante mudança a longo prazo e nem uma igreja comprometida.

A mudança de uma igreja tradicional que se encontra estagnada começa pela oração. Nenhuma novidade aqui. Oração é chave. Oração comunitária ou corporativa. Aquela que envolve a todos. Começa pela vida de oração do pastor e passa pela liderança. Precisa envolver a igreja como um todo. A oração muda a disposição das pessoas de um tom negativo para um tom positivo. O foco deixa de estar apenas nas finanças, nos números, nos bancos vazios, para focar naquele que é, de fato, o Senhor da Igreja. Assim, envolva a sua igreja no compromisso de orar por mudanças e pela ação de Deus em meio dela!

Um segundo aspecto significativo está no papel do pastor local. É necessário que o pastor oriente a igreja 'para fora'. Muitas igrejas estão morrendo porque perderam de vista a realidade e as pessoas à sua volta. Uma igreja que está morrendo pode cometer o erro de focar cada vez mais em si mesma e em seus 'problemas'. No entanto, o que ela precisa fazer é exatamente o contrário. Os bancos vazios devem ser vistos como uma oportunidade. Os membros devem ser estimulados a conviverem de forma intencional com as pessoas da vizinhança, do bairro e da cidade. Jesus convivia com pessoas de todos os tipos. Os cristão não foram chamados para viverem na bolha de suas congregações e nem para se relacionarem apenas com outras pessoas crentes. O pastor possui papel chave nesse processo. Ele precisa ser liberado pela igreja e ter agenda social para além do atendimento aos membros de 'carteirinha'.

O terceiro aspecto significativo está em cortar na própria carne. Mudanças exigem que se deixe algumas coisas para trás. Nem sempre um processo de revitalização implica em acrescentar novas coisas à igreja e à sua programação. É mais provável que aquilo que a igreja está precisando mesmo é deixar algumas coisas. Subtrair em vez de somar. Cabe a reflexão: o que a igreja insiste em preservar e que não faz mais sentido? Será que não estamos insistindo em programas que foram criados para uma outra época? Pode parecer estranho num primeiro momento, afinal, quando se está definhando a tendência é querer criar coisas novas. Mas, revitalizar passa por repensar. Será que a mudança não estaria em simplesmente deixar algo? Muitas vezes é no espaço vazio que sobra tempo e ambiente para o novo!

Se, por um lado, parece clichê falar que tudo começa e passa pela oração, da mesma maneira pode parecer assim falar de foco e planejamento. Mas é exatamente este o quarto aspecto que queremos enfatizar. As coisas não acontecerão sem um foco que esteja claro e bem orientado para a igreja. A igreja local precisa estar imbuída de uma clara compreensão daquela que é a missão de Deus. Não se trata de mudar por mudar. O foco não é um novo programa, uma nova estratégia, um novo ministério. Não se trata de algo que está apenas na cabeça da liderança ou do pastor. Um planejamento amplo e compartilhado é fundamental para guiar toda a comunidade ao longo do processo de revitalização. Esse planejamento precisa ser fruto de oração e diálogo. É preciso ouvir o que Deus tem a dizer e se deixar orientar por Ele. Muitas igrejas precisam admitir que precisarão de assessoria e ajuda externa para isso.

Finalmente, o quinto aspecto. Você já deve ter notado, a esta altura, o quanto é importante o papel do pastor em conduzir um processo de mudanças e de revitalização em uma igreja local. Sim, se o pastor não cooperar e não estiver disposto a ser o principal protagonista desse processo, dificilmente algo substantivo ocorrerá. E, uma vez que o pastor resolva encarar o desafio ele precisa se comprometer a permanecer à frente da igreja por um longo prazo. Nenhuma guinada acontecerá na igreja com uma série de pastores que permanecem apenas por algum tempo. Permanecer não tem nada a ver com comodismo. Permanecer como um pastor preocupado com o bem estar da igreja, em liderar o processo de mudança, em dar o exemplo de que mudar as coisas numa igreja envolve deixar-se mudar a si mesmo. Uma igreja que deseja passar por um processo de revitalização precisa de um pastor comprometido com esse projeto, disposto a passar bons longos anos liderando esse processo. Um pastor comprometido a permanecer. Muitas igrejas, talvez, ainda não tenham este pastor e terão que buscá-lo. 

Quando o assunto é mudança, ninguém garante que vai ser fácil. Mas, certamente pode ser desafiador. Deus está agindo. Deixemo-nos usar como seus instrumentos na missão de evangelizar o mundo!

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Você Convida Pessoas de Fora Para a Sua Igreja?

Será que é mesmo importante incentivar os membros da igreja local a convidarem pessoas de fora? 

Por quais razões deveríamos convidar outras pessoas para a igreja?

Se a minha igreja ainda está passando por um processo de revitalização, será que é saudável convidar "estranhos" para virem participar das programações?

Talvez pastores e líderes que servem em igrejas que claramente necessitam de um processo de revitalização se deparem com essas dúvidas.São questões honestas que precisamos encarar como igreja.

Quem já não ficou em dúvida sobre se deveria ou não convidar aquele amigo, um vizinho, aquela família do amigo dos filhos para virem até a igreja? E se eles não gostarem? E se o pastor falar sobre dízimo, dinheiro e contribuição? E se acharem nosso templo e nossa liturgia muito antiguados? Quem nunca viveu dilemas assim?

Se você é pastor, como tem agido? Você costuma incentivar os membros a convidarem outras pessoas para a igreja?

Inicialmente diríamos que o simples fato de nossa igreja local estar passando por um processo de revitalização não nos deveria intimidar de convidar e trazer outros. Afinal, um processo de revitalização passa por pessoas. E, quem sabe, essa pessoa pode ser você.

Qual melhor maneira de revitalizar do que despertar para aqueles à nossa volta e que ainda não foram alcançados pelo Evangelho?

Ao convidar outras pessoas para a igreja você não está apenas pensando em acrescentar números aos frequentadores do culto, mas, em convidar pessoas a conhecerem a graça de Deus e a se juntarem na missão desse Deus.

Outro benefício para a igreja local, quando novas pessoas chegam, é despertar os membros para o mundo lá fora. Nenhuma igreja deveria perder esta perspectiva. Se a sua igreja local está centrada por demais em si mesma, então, traga gente nova e ajude os membros a focarem para além de seus próprios umbigos.

Toda igreja local tem problemas, é verdade. Mas, ninguém segue adiante focando apenas os problemas. Erguer os olhos e contemplar os campos prontos para a colheita é necessário. Isso nos impulsiona para frente.

Aponte para as possibilidades. Os membros da igreja precisam ser desafiados a se engajarem na missão de Deus que consiste em abençoar as nações do mundo inteiro.

Revitalize! Convide! Incentive os membros a trazerem seus amigos. E, deixe que Deus faça uma bagunça em sua igreja local. Não existe reforma sem incômodos. Não há revitalização sem mudar algumas coisas. E, às vezes, não é bem como gostaríamos. Mas, se é da vontade de Deus, aquilo que nos deixa mais confortável não importa!