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quarta-feira, 12 de julho de 2023

Quantos Canários Ainda Precisam Morrer?

Durante décadas, a partir do início dos anos 1900 na Grã-Bretanha, os mineiros de carvão levavam canários em uma gaiola quando desciam para as minas escuras. Os canários eram altamente sensíveis ao monóxido de carbono, muito mais do que os humanos. O gás monóxido de carbono é incolor e inodoro, e os humanos geralmente têm apenas sintomas leves no início. Os vapores letais podem tirar a vida de uma pessoa rapidamente, muitas vezes sem aviso prévio. 

Assim, os mineiros de carvão observavam os canários conforme avançavam mais profundamente nas minas. Se um canário repentinamente demonstrasse que sua vida estava se esvaindo, os mineiros sairiam rapidamente da mina. Eles haviam recebido um aviso antecipado que salvava suas vidas. 

O processo dos canários sacrificiais foi tão útil na Grã-Bretanha que alguns mineiros continuaram a usar os pássaros até 1986, quando a legislação britânica determinou que os mineiros tinham que substituir seus canários por detectores eletrônicos de monóxido de carbono mais eficazes. Os detectores eram muito mais eficientes e precisos.


Em muitas igrejas os canários estão sendo ignorados enquanto líderes e pastores seguem teimosamente para um fundo escuro e sem retorno.

Diminuição na frequência aos programas da igreja. Diminuição no número de membros. Cada vez menos ofertas e contribuição espontânea. Cada vez menos investimento em missões. Poucas pessoas se voluntariando para auxiliar nos trabalhos. Não surgem mais novas lideranças. As pessoas que ainda fazem parte da igreja demonstram insatisfação. 

Os 'canários' estão morrendo. 

terça-feira, 4 de julho de 2023

Cinco Cuidados com os Orçamentos da Igreja nos Próximos Meses

Cinco Cuidados com os Orçamentos da Igreja nos Próximos Doze Meses

"Você tem percebido alguma diminuição nas doações da igreja?"

Líderes e pastores de igrejas se veem também preocupados com questões de orçamento. O mundo todo passa por instabilidade na área da economia. Há motivos para instar os líderes da igreja a agirem com cautela antes de planejar grandes aumentos orçamentários nos próximos meses. Aqui estão cinco desses motivos:



  1. Incerteza econômica: Como os especialistas econômicos não concordam sobre o futuro da economia, certamente não seremos nós a fazermos previsões. Ao que tudo indica, o estado futuro da economia é incerto. Como indicador chave, a inflação, embora tenha diminuído desde o pico, ainda está em um nível que pode prejudicar o crescimento econômico. O cenário político também não ajuda muito.
  2. Declínio na frequência: Existe uma correlação direta entre a frequência das pessoas às programações da igreja e as doações. Muitas igreja verificam ainda frequência significativamente mais baixa do que nos níveis pré-pandemia. Se a tendência continuar, as doações seguirão o mesmo caminho.
  3. Escassez de liquidez: Para combater os graves efeitos financeiros da pandemia, o governo injetou muito dinheiro por meio de auxílios a indivíduos e empresas. Esses subsídios estão quase esgotados, e a renda disponível dos membros da igreja diminuiu proporcionalmente.
  4. Polarização nas igrejas: A unidade da igreja é um dos fatores mais importantes para a saúde de uma igreja. E sabemos com certeza que a unidade afeta as doações. Uma igreja unida tem um propósito, e uma igreja com propósito atrai uma maior generosidade. Infelizmente, muitas igrejas estão passando por divisões internas, o que desencoraja a generosidade. A polarização política tem gerado desgaste e enfraquecimento de muitas igrejas.
  5. Surpresas com as instalações: Muitas igrejas têm problemas de manutenção adiada, e muitos líderes da igreja ficam surpresos quando a igreja é atingida por um grande custo relacionado às instalações. Muitas comunidades cristãs estão em prédios antigos. Infelizmente, a maioria dessas igrejas não acompanhou as necessidades de manutenção das instalações. Os gastos com grandes necessidades de capital, como aquelas envolvendo infraestrutura, geralmente são mais altos do que o esperado.

Uma ação que uma igreja pode tomar agora é preparar um orçamento de contingência. Por exemplo, considere perguntar: "Quais mudanças faríamos se soubéssemos que as doações da igreja ficariam cinco por cento abaixo do previsto?" Pensar nesses cenários com antecedência ajudará a garantir a preparação.

O que você está observando nos níveis de doações em sua igreja? 

segunda-feira, 3 de julho de 2023

Princípios para a Renovação da Igreja

Você já se perguntou como lidar com a saída constante de membros da sua igreja? Há alguns dias publicamos um artigo onde compartilhamos a respeito de quantas pessoas uma igreja deve acrescentar à sua frequência para manter o equilíbrio. Esse número depende de quantas pessoas essa igreja perde por ano.



Sim, toda igreja perde membros. No entanto, há esperança. Acredite, Deus não terminou com a sua igreja. Existem alguns princípios que, quando praticados, têm transformado congregações e possibilitado um crescimento surpreendente. São estratégias que podem renovar a sua igreja e trazer esperança para o futuro. A seguir apresentaremos pelo menos cinco princípios fundamentais:

1. Foco externo: O segredo para atrair novos membros

As igrejas bem-sucedidas possuem uma mentalidade voltada para fora. Elas se dedicam a servir e alcançar a comunidade ao redor. A liderança da igreja deve conduzir as pessoas a se envolverem em oração e ações voltadas para o próximo. Congregações que adotaram essa abordagem relataram uma mudança incrível, deixando para trás a crítica e a divisão, abraçando uma atitude encorajadora e sacrificial. A igreja não existe apenas para si mesma, mas para cumprir a missão de ser uma benção para aqueles que ainda não conhecem o amor de Deus.

2. Desafios mensais: Um enfoque que faz a diferença

Para manter a igreja engajada na missão de alcançar os outros, é essencial ter um enfoque voltado para fora todos os meses. Não precisa ser uma grande campanha, apenas um culto especial ou uma atividade comunitária que incentive a oração pelos necessitados. A simplicidade pode ser poderosa e impactar vidas. Perceba que é necessário que a igreja seja intencional em suas ações. Não dá pra ficar simplesmente achando que tudo acontecerá de forma automática ou espontânea. 

3. Grandes iniciativas: Impactando a comunidade

Além dos esforços mensais, é importante realizar pelo menos uma grande iniciativa evangelística por ano. Muitas igrejas já tem desenvolvido atividades nesse sentido. Essas estratégias comprovadas têm transformado vidas e aproximado pessoas do amor de Deus. Cada realidade pede estratégias próprias de acordo com seu contexto. Por isso é importante conhecer a cidade, o bairro, a comunidade mais ampla onde a igreja está inserida.

4. Conheça sua comunidade: A chave para alcançar vidas

Para ser relevante na missão de alcançar a comunidade, é essencial conhecer as pessoas que você deseja alcançar. Invista tempo em pesquisas demográficas e psicográficas para entender as necessidades, interesses e desafios da sua região. Instituições de ensino e órgãos públicos já costumam trabalhar com uma série de dados que também podem ser muito úteis para o planejamento da igreja. É necessário, portanto, que a igreja busque e aprenda a trabalhar com essas informações.

5. Membros fiéis: Fortalecendo a igreja

Uma classe regular para novos membros é uma ferramenta poderosa para prevenir a evasão de membros. Aqueles que participam dessa classe têm maior probabilidade de permanecer fiéis à igreja e se tornarem frequentadores engajados. É fundamental desenvolver ferramentas que auxiliem na integração e no desenvolvimento espiritual dos novos membros.



Existe, sim, esperança. Igrejas que praticam esses cinco princípios têm muito mais chances de crescer em vez de declinar. Há muitos recursos e organizações disponíveis para ajudar nesse processo. Não desanime! Deus tem um plano para a sua igreja e está pronto para trazer renovação e crescimento.

sábado, 14 de agosto de 2021

Já tenho a visão, só falta a estratégia. Por onde começar?

Muitos pastores e líderes de igrejas estão empenhados em difundir e estabelecer uma visão. Mas, será que eles tem uma estratégia para isso? 

Se eu decidir alcançar a lâmpada que preciso trocar em meu escritório, busco a escada que tenho guardada na garagem. Só assim poderei alcançar o forro, retirar a lâmpada queimada e instalar uma nova.

Muitas vezes tenho a sensação de que nos comportamos como quem deseja uma sala mais iluminada, porém, esperamos que a lâmpada fique mais potente por si só, ou, que a qualquer momento, alguém virá e instalará uma luz mais forte. 

Por mais simplista que esse exemplo possa parecer, ele nos ajuda a entender que para alcançarmos os nossos objetivos será necessário planejamento e uma estratégia. Se a minha escada e seus degraus representam o caminho para alcançar a lâmpada, uma estratégia é o caminho para a visão. 

Talvez você já tenha clareza quanto à visão para a igreja, mas, esteja encontrando dificuldades para traçar um caminho até lá. Para que você possa criar uma estratégia que leve a sua equipe a alcançar os objetivos traçados, será necessária começar se perguntando 'como'? 

Como eu conseguirei uma luz mais forte para o meu escritório? 
Como alcançar a visão estabelecida para a igreja? 

Traçar uma estratégia nada mais é do que traçar um plano, um passo a passo que te levará na direção desejada. 

Estabelecer metas, objetivos e definir uma visão é a parte fácil do processo de planejamento. O grande desafio consiste em pensar estrategicamente. 

Você já tem uma ideia para onde ir? Ótimo. Você está certo de que está seguindo a direção correta para chegar lá? Você possui uma estratégia para alcançar os objetivos? Sim, é lá que eu quero chegar! Mas, como? 

Se você já se envolveu em algum processo de planejamento já deve ter percebido a importância de algumas peguntas chave na implementação estratégica: 

Porquê? 
O quê? 
Onde? 
Quando? 
Quem? 

Você já sabe por qual motivo deseja que algo seja feito. Pensar estrategicamente consiste em saber também como será feito, quem fará, quando e em quanto tempo. 

O macro num planejamento consiste em desenvolver o nível estratégico que inclui missão, visão e valores. A implementação que garantirá que o planejamento saia do papel, no entanto, dependerá de uma estratégia clara, com um plano de ação bem delineado. Consiste em definir metas e objetivos. Atribuir responsabilidades e definir prazos. Estabelecer cronogramas e processos de monitoramento. 

Há também outro fator determinante no planejamento e na busca por se atingir os objetivos traçados. A execução de um planejamento envolve outras pessoas. Equipe. Logo, a comunicação é fundamental. Comunicar bem faz arte da estratégia.

Quando várias pessoas estão envolvidas num mesmo projeto é indispensável que haja clareza na comunicação. Não basta comunicar uma vez a visão. É preciso repetir, relembrar, orientar ao longo da jornada. 

A importância da comunicação é também importante porque é comum que as pessoas se empolguem com uma ideia no começo. Mas, as coisas tendem a esmorecer quando não se sabe mais como as coisas estão seguindo. A equipe precisa ser lembrada de que são uma equipe e que estão envolvidas em algo maior. 

Se estratégia sem visão pode acabar em mero ativismo, a visão sem uma estratégia gera apenas frustração. É melhor ter uma visão modesta, porém, com uma super estratégia do que ter uma visão fantástica, mas, sem uma estratégia.

domingo, 18 de julho de 2021

Você é um Líder Atencioso ou Apenas Curioso?

É realmente difícil imaginar um ser humano que não seja curioso. A curiosidade é boa. Nos impulsiona a querer saber e descobrir coisas novas. Fazer perguntas está entre as principais características da comunicação humana. 

Outro dia deparei-me com um texto do pastor Sam Rainer, da West Bradenton Baptist Church no Estados Unidos. Ele falava sobre a diferença entre pastores atenciosos e pastores curiosos. Seu argumento é de que é melhor ser atencioso. Não é difícil concordar com Sam nesse sentido. Vejamos algumas de suas principais colocações. 

As pessoas fazem perguntas. No caso, tanto pastores curiosos quanto atenciosos fazem perguntas sobre a sua equipe de trabalho e também a respeito dos membros da igreja. Especialmente quando parece que algo estranho se apresenta. De repente alguém 'desaparece', ouve-se de algum caso de doença, rumores de divórcio, e, assim por diante. Problemas com membros da igreja certamente devem receber a atenção do líder da igreja local. 

Fazer perguntas, portanto, é fundamental para obter informações que servirão de subsídio para uma boa liderança, planejamento e gestão da igreja. Fazer perguntas faz parte das boas qualidades de um líder. 

Um pastor apático ou indiferente certamente será taxado de um pastor ruim. Mas, qual seria a diferença entre uma investigação curiosa e uma investigação cuidadosa? 

Sabemos que quanto maior uma igreja ou organização tanto mais difícil será para a liderança acompanhar individualmente cada pessoa que faz parte dela. A questão não estaria tanto no quanto um líder ou pastor é capaz de investir a sua atenção em cada indivíduo, mas, na sua postura geral. 

Enquanto um líder atencioso deseja ouvir, o líder curioso quer apenas obter informações. 

O pastor atencioso busca compreender o membro para melhor servi-lo. O pastor curioso se interessa pelas informações que lhe digam se uma pessoa pode ou não servir em algum ministério da igreja. 

Enquanto o pastor atencioso se preocupa com a pessoa, o curioso pode estar preocupado apenas com a gestão da organização. 

Líderes atenciosos se preocupam e carregam um fardo autêntico por se interessarem pela vida de seus membros. Por outro lado, um pastor curioso deseja apenas saber o que está acontecendo. A diferença está na preocupação em "como eu posso ajudar" para "me dê as informações para que eu possa tomar a melhor decisão". 

Um líder atencioso acompanha seu membro ou colaborador de perto para ajudá-lo a melhorar. Um líder curioso, por sua vez, pode acompanhar a equipe de perto apenas com foco nas decisões operacionais. 

O pastor Sam Rainer destaca algo que é preciso considerar nesse tipo de abordagem. A curiosidade é um traço importante de toda a liderança. Cabe ao pastor, líderes e gestores manterem a capacidade de fazer perguntas. Liderar uma organização requer tomada de decisões e estar bem informado é fundamental nesse processo. A curiosidade é importante. 

O ponto é que há uma diferença entre pastorear vidas e simplesmente gerir uma instituição. Uma pessoa pode fazer as duas coisas. Nesse caso, deverá manter um equilíbrio saudável entre atenção e curiosidade. 

As pessoas começam logo a perceber se o seu pastor realmente se importa com elas ou se está apenas interessado em usá-las para objetivos operacionais na igreja e no ministério. Nas palavras de Sam Rainer, 

"bons líderes se preocupam tanto com a organização quanto com os indivíduos dessa organização". 

Encontrar esse equilíbrio é um desafio constante a que todo pastor deve permanecer atento. A organização e a gestão devem estar à serviço do rebanho de Cristo.

sábado, 5 de junho de 2021

Igreja: missão e visão



A tua igreja local possui uma declaração da missão? 

Você saberia recitar essa missão de cabeça? 

Nas últimas décadas se tornou comum as igrejas aderirem às declarações de visão e missão. Junto veio a crítica de que isso seria algo do mundo corporativo sendo integrado às igrejas. 

Declarações quanto à visão e à missão, uma lista de valores, objetivos e metas remetem ao planejamento estratégico, tão comum nas empresas. Muitas pessoas, inclusive, sequer entenderam a diferença entre missão e visão. Talvez, porque não seja mesmo assim tão claro. A bibliografia disponível não é assim tão consensual a respeito das definições. 

Falar em missão na igreja não é nada novo. Porém, quando uma igreja decide trabalhar no seu planejamento estratégico e passa a confeccionar uma declaração de missão, será que se trata da mesma missão histórica da qual sempre se falou? A resposta é SIM

A missão da igreja não pode ser outra do que a missão de Deus. Logo, uma declaração de missão nada mais é do que o resultado do esforço em resumir numa frase curta a missão de Deus por meio da Igreja. O propósito consiste em ajudar toda a igreja a estar consciente dessa missão, da razão de ser da igreja. 

A missão de Deus consiste em redimir a sua criação. A igreja, o povo de Deus, é enviada ao mundo para testemunhar do amor de Deus, anunciando a boa notícia e fazendo discípulos de Jesus. Esta não é apenas uma missão para a qual algumas igrejas são chamadas a se envolverem. É a missão para toda a Igreja de Jesus. Assim, quando falamos de uma declaração de missão estamos falando do propósito de Deus para toda a Igreja. 

A visão, por sua vez, seria algo mais específico. Seria algo específico sobre os propósitos de Deus para uma determinada congregação situada num determinado contexto e num período de tempo bem delimitado. Logo, trata-se de algo bem estratégico. Depende de discernimento quanto à realidade e contexto local. 

A missão responde à pergunta sobre o que Deus espera de sua Igreja

A visão responde a pergunta sobre o que Deus deseja fazer nos próximos anos por meio de nossa igreja local ali onde estamos inseridos. Onde e como queremos estar daqui a três ou cinco anos? 

Apesar das críticas, trabalhar nesse tipo de declaração e num planejamento para a igreja é extremamente importante. Se Deus deseja algo por meio de sua igreja neste mundo, cabe, então, a nós, discernirmos a vontade divina, termos clareza de sua missão no mundo e, nos juntarmos ao que Deus já está realizando. Para isso, um bom planejamento fornece clareza, discernimento e foco. 

Por onde começar? 

É preciso começar pelo óbvio. Sem conhecermos quais são os propósitos de Deus, o que Ele está fazendo, estaremos apenas nos enganando em nosso ativismo religioso. É preciso começar pelas Escrituras. 

Qual é a missão de Deus? 

No caso da visão, depois de obtermos clareza da missão de Deus, devemos também conhecer muito bem a realidade local. Será necessário um estudo sério e abrangente da comunidade, seu contexto e realidade. O que Deus deseja fazer por meio de nossa igreja local? 

Preciso dizer ainda mais uma coisa. Depois de obtermos clareza quanto à missão de Deus e a visão da igreja local, restará mais um desafio: transformar isso numa frase sucinta, clara, objetiva e que remete à ação. Declarações complexas, muito longas, abstratas, com palavreado muito teológico ou acadêmico acabarão não fazendo mais do que enfeitar a parede numa moldura bonita. Simplifique. Objetividade é tudo. 

E a tua igreja, ela possui esse tipo de declaração? 
Você a conhece e conseguiria recitar de cabeça? 
Na tua opinião ela é eficaz ao que se propõe?

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Tomar Decisões Cansa!

Por: Rodomar Ricardo Ramlow

A vida de um pastor consiste em tomar decisões o tempo todo. São decisões administrativas, ministeriais, pastorais, familiares, financeiras. 

Num ano atípico como 2020 a necessidade de tomar decisões tem sido ainda maior. 

Será que alguém está preparado para tomar todas as decisões necessárias somente pelo fato de ser um pastor? 

Muitos líderes e pastores podem sofrer de cansaço de decisões. Algo que pode pesar nesse cansaço é o fato de o pastor não saber para onde está conduzindo a igreja. 
Todo líder se vê diante da responsabilidade de ter que tomar decisões frequentes. Não existe nada mais complicado do que ter que tomar decisões sem saber para onde você está liderando a igreja. 

Um líder, ao se reunir com sua equipe, precisa ser capaz de responder duas perguntas básicas: 

1. Para onde estamos indo como Igreja? 
2. Por que fazemos o que fazemos? 

Além de você e a sua equipe, a igreja precisa ter respostas claras para estas questões. Se nem você e nem a sua equipe conseguem articular respostas claras e concretas para estas perguntas, pare tudo. Está mais do que na hora de vocês trabalharem em uma nova visão, uma missão e uma estratégia para a igreja. 

Trabalhem juntos em busca das respostas que lhes digam claramente para onde vocês estão seguindo como igreja e porque fazem o que fazem. Muitas igrejas já trabalharam para desenvolver sua visão e sua missão. Infelizmente, tudo acaba numa apostila ou num quadro emoldurado na parede. 

Visão e missão sem estratégia ainda não ajudam na tomada de decisões. 

Você precisa de uma estratégia claramente definida. A estratégia ajuda no 'como' fazer as coisas no dia a dia e alivia o líder sobre a tomada de decisões. 

Um bom planejamento oferece a base para a tomada de decisões. Quando uma igreja possui um bom projeto, as decisões não recaem mais sobre as costas do pastor ou do presbitério, mas, resultam de uma construção conjunta. 

O planejamento fornece clareza para as decisões. Existe uma referência para onde olhar e onde se basear. Não depende mais de você! 

Planejar dá trabalho. Mas, acredite, não planejar, dá muito mais!

quinta-feira, 30 de julho de 2020

15 Perguntas que Todo Pastor Deve Ser Capaz de Responder Sobre a Sua Igreja Local


Você tem consciência da igreja local onde congrega? 

Esta é uma pergunta que torna-se ainda mais fundamental se você é um líder ou um pastor na igreja.

Impressiona como muitos pastores e líderes não são capazes de responder questões básicas sobre a realidade envolvendo a sua igreja local. Isso, certamente, causa impactos enormes sobre estilo de liderança, autoridade e estratégias de ação. 

O consultor de igrejas Chuck Lawless lista 15 perguntas que um líder e pastor deveria ser capaz de responder a respeito da igreja. Como você responderia a este questionário? 

1. Quais é a declaração de visão e de missão de sua igreja local? 
2. Quantas pessoas vivem num raio de 7 a 10 quilômetros em torno da sede da sua igreja local? 
3. Quais são os nomes das autoridades governamentais em sua cidade (Prefeito, vereadores, juízes, etc.)? 
4. Sua igreja local está crescendo? Em que taxa? 
5. Qual é a proporção entre novos membros que chegam por batismo e os que chegam por conversão em sua igreja? 
6. Qual é a capacidade física, de infraestrutura, de sua igreja local (vagas de estacionamento, classe para crianças, banheiros, etc.)? 
7. Em sua equipe de líderes e funcionários, quais são os nomes de seus filhos e cônjuges? 
8. Você sabe qual é o testemunho que a sua equipe de líderes tem dado em sua família, trabalho e na cidade? 
9. Você está por dentro do orçamento da sua igreja? 
10. Dos participantes das programações em sua igreja local, quais são as estatísticas quanto à faixa etária (por idade, crianças, adolescentes, jovens, idosos, etc)? 
11. Quantos plantadores de igrejas, missionários e pastores sua igreja enviou durante seu ministério/liderança/pastorado? 
12. Qual porcentagem dos membros ativos em sua igreja estão participando de um pequeno grupo? 
13. Os líderes da igreja estão cientes e comprometidos com a base doutrinária e confessional dessa igreja? 
14. Quantas viagens missionárias a sua igreja patrocinou no último ano e a quais lugares estão indo? 
15. Qual é a sua visão para a igreja daqui a cinco anos? 

Agora, imagine que cada questão vale 6,5 pontos. Como foi a sua pontuação considerando aquelas perguntas que você conseguiu responder claramente? 

O trabalho de um líder, um pastor, passa por conhecer bem a realidade onde está atuando. Se você acha que não se saiu muito bem ao responder esse questionário, o tempo para se dedicar nessas questões é agora.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Cinco Aspectos Significativos No Processo de Revitalização de Uma Igreja Local

Palavras como 'revitalizar' e 'revitalização' entraram de vez no vocabulário de líderes cristãos brasileiros. Você também está numa igreja onde a revitalização parece ser inevitável?

Lembremos sempre que a expressão mais importante da igreja é a igreja local. Esta que é também denominada comunidade ou congregação.

As denominações históricas presentes no Brasil são aquelas vertentes do protestantismo que mais sofrem com a estagnação e a perda de membros. Estão, assim, na contra-mão do movimento evangélico que vem se mostrando aquele mais cresce no Brasil.

Diante deste quadro, muitas lideranças tem se mostrado interessadas na missão e na revitalização. E, falar em revitalizar implica falar em mudanças.

Não dá pra esperar resultados 
diferentes sem que se altere algumas coisas do processo

Muitas igrejas já perceberam que terão que aceitar mudanças se não quiserem ser extintas. Por mais que seja doloroso, as mudanças são invitáveis.

A pergunta que temos em mente neste breve artigo, portanto, é:
Quais seriam as mudanças mais significativas a serem feitas por igrejas que querem entrar num processo de revitalização?

Várias coisas poderiam ser ditas aqui. No entanto, queremos focar algumas mudanças que vemos como realmente significativas. Líderes e pastores de igrejas locais querem ver crescimento, vitalidade, uma verdadeira comunidade de crentes que se reúne com alegria e comunhão e, também impacta a realidade onde vive.

Infelizmente, a tentação dos números é o que geralmente acaba prevalecendo. Muitos presumem que templos cheios e cultos bem frequentados é tudo o que precisam. Isso pode fazer bem para o ego do pastor, mas, não garante mudança a longo prazo e nem uma igreja comprometida.

A mudança de uma igreja tradicional que se encontra estagnada começa pela oração. Nenhuma novidade aqui. Oração é chave. Oração comunitária ou corporativa. Aquela que envolve a todos. Começa pela vida de oração do pastor e passa pela liderança. Precisa envolver a igreja como um todo. A oração muda a disposição das pessoas de um tom negativo para um tom positivo. O foco deixa de estar apenas nas finanças, nos números, nos bancos vazios, para focar naquele que é, de fato, o Senhor da Igreja. Assim, envolva a sua igreja no compromisso de orar por mudanças e pela ação de Deus em meio dela!

Um segundo aspecto significativo está no papel do pastor local. É necessário que o pastor oriente a igreja 'para fora'. Muitas igrejas estão morrendo porque perderam de vista a realidade e as pessoas à sua volta. Uma igreja que está morrendo pode cometer o erro de focar cada vez mais em si mesma e em seus 'problemas'. No entanto, o que ela precisa fazer é exatamente o contrário. Os bancos vazios devem ser vistos como uma oportunidade. Os membros devem ser estimulados a conviverem de forma intencional com as pessoas da vizinhança, do bairro e da cidade. Jesus convivia com pessoas de todos os tipos. Os cristão não foram chamados para viverem na bolha de suas congregações e nem para se relacionarem apenas com outras pessoas crentes. O pastor possui papel chave nesse processo. Ele precisa ser liberado pela igreja e ter agenda social para além do atendimento aos membros de 'carteirinha'.

O terceiro aspecto significativo está em cortar na própria carne. Mudanças exigem que se deixe algumas coisas para trás. Nem sempre um processo de revitalização implica em acrescentar novas coisas à igreja e à sua programação. É mais provável que aquilo que a igreja está precisando mesmo é deixar algumas coisas. Subtrair em vez de somar. Cabe a reflexão: o que a igreja insiste em preservar e que não faz mais sentido? Será que não estamos insistindo em programas que foram criados para uma outra época? Pode parecer estranho num primeiro momento, afinal, quando se está definhando a tendência é querer criar coisas novas. Mas, revitalizar passa por repensar. Será que a mudança não estaria em simplesmente deixar algo? Muitas vezes é no espaço vazio que sobra tempo e ambiente para o novo!

Se, por um lado, parece clichê falar que tudo começa e passa pela oração, da mesma maneira pode parecer assim falar de foco e planejamento. Mas é exatamente este o quarto aspecto que queremos enfatizar. As coisas não acontecerão sem um foco que esteja claro e bem orientado para a igreja. A igreja local precisa estar imbuída de uma clara compreensão daquela que é a missão de Deus. Não se trata de mudar por mudar. O foco não é um novo programa, uma nova estratégia, um novo ministério. Não se trata de algo que está apenas na cabeça da liderança ou do pastor. Um planejamento amplo e compartilhado é fundamental para guiar toda a comunidade ao longo do processo de revitalização. Esse planejamento precisa ser fruto de oração e diálogo. É preciso ouvir o que Deus tem a dizer e se deixar orientar por Ele. Muitas igrejas precisam admitir que precisarão de assessoria e ajuda externa para isso.

Finalmente, o quinto aspecto. Você já deve ter notado, a esta altura, o quanto é importante o papel do pastor em conduzir um processo de mudanças e de revitalização em uma igreja local. Sim, se o pastor não cooperar e não estiver disposto a ser o principal protagonista desse processo, dificilmente algo substantivo ocorrerá. E, uma vez que o pastor resolva encarar o desafio ele precisa se comprometer a permanecer à frente da igreja por um longo prazo. Nenhuma guinada acontecerá na igreja com uma série de pastores que permanecem apenas por algum tempo. Permanecer não tem nada a ver com comodismo. Permanecer como um pastor preocupado com o bem estar da igreja, em liderar o processo de mudança, em dar o exemplo de que mudar as coisas numa igreja envolve deixar-se mudar a si mesmo. Uma igreja que deseja passar por um processo de revitalização precisa de um pastor comprometido com esse projeto, disposto a passar bons longos anos liderando esse processo. Um pastor comprometido a permanecer. Muitas igrejas, talvez, ainda não tenham este pastor e terão que buscá-lo. 

Quando o assunto é mudança, ninguém garante que vai ser fácil. Mas, certamente pode ser desafiador. Deus está agindo. Deixemo-nos usar como seus instrumentos na missão de evangelizar o mundo!

terça-feira, 16 de julho de 2019

Igrejas Locais e Assessorias Externas

Será que igrejas locais precisam mesmo de assessorias externas de vez em quando?

Por que igrejas locais necessitariam de assessoria de pessoas de fora do ambiente da igreja local?

Esclarecendo aqui que aquilo que chamamos de igreja local refere-se a congregação ou comunidade baseada num local específico (templo) onde um grupo se reúne para adorar, celebrar a Ceia do Senhor, encontrar os irmãos, ter culto, enfim, as atividades de uma igreja que se organiza numa determinada região.

Entendemos que à vezes é, sim, importante um olhar de fora. Isso favorece a igreja que procura ser mais saudável. Contar com uma assessoria externa oportuniza olhar a igreja local por novas perspectivas. Assim, pode-se oferecer insights para que a liderança local explore novos caminhos e oportunidades.

As intervenções externas de pessoas especializadas e realmente comprometidas com a vida saudável de uma igreja local, podem ser de extrema utilidade. Infelizmente muitas congregações locais acabam não se abrindo para essa possibilidade ou o fazem quando já é tarde demais.

Outro engano é pensar que assessorias externas seriam apenas para igrejas que estão morrendo. Assim como é importante contar com profissionais especializados para instalações físicas como templo, som e eletricidade, é também fundamental se abrir para pastores e consultores experientes que podem oferecer ajuda para pastores e lideranças locais imersas em seus dilemas em ser uma igreja saudável e relevante.

É fundamental lembrar também que uma igreja local jamais é igual a outra. Por isso, não basta copiar modelos e programas que parecem ser sucesso em outros lugares e achar que vai funcionar de igual modo em minha comunidade. Muitas vezes, uma liderança local sofre essa tentação. Por falta de tempo e de recursos acabam simplesmente importando modelos desconsiderando a cultura e particularidades locais.

Lembre-se que pastorear uma igreja se parece mais com cultivar um jardim do que administrar uma empresa ou dar manutenção em uma máquina. O velho paradigma institucional que acabou se formando e definindo o conceito 'igreja' na cabeça de muitos cristãos precisa urgentemente ser repensado.

A igreja de Jesus Cristo é um todo orgânico para o qual o Senhor chama homens e mulheres para a nobre tarefa de 'cuidar das suas ovelhas'. Sejamos humildes e busquemos ajuda nesta tarefa quando necessário!