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segunda-feira, 3 de julho de 2023

Princípios para a Renovação da Igreja

Você já se perguntou como lidar com a saída constante de membros da sua igreja? Há alguns dias publicamos um artigo onde compartilhamos a respeito de quantas pessoas uma igreja deve acrescentar à sua frequência para manter o equilíbrio. Esse número depende de quantas pessoas essa igreja perde por ano.



Sim, toda igreja perde membros. No entanto, há esperança. Acredite, Deus não terminou com a sua igreja. Existem alguns princípios que, quando praticados, têm transformado congregações e possibilitado um crescimento surpreendente. São estratégias que podem renovar a sua igreja e trazer esperança para o futuro. A seguir apresentaremos pelo menos cinco princípios fundamentais:

1. Foco externo: O segredo para atrair novos membros

As igrejas bem-sucedidas possuem uma mentalidade voltada para fora. Elas se dedicam a servir e alcançar a comunidade ao redor. A liderança da igreja deve conduzir as pessoas a se envolverem em oração e ações voltadas para o próximo. Congregações que adotaram essa abordagem relataram uma mudança incrível, deixando para trás a crítica e a divisão, abraçando uma atitude encorajadora e sacrificial. A igreja não existe apenas para si mesma, mas para cumprir a missão de ser uma benção para aqueles que ainda não conhecem o amor de Deus.

2. Desafios mensais: Um enfoque que faz a diferença

Para manter a igreja engajada na missão de alcançar os outros, é essencial ter um enfoque voltado para fora todos os meses. Não precisa ser uma grande campanha, apenas um culto especial ou uma atividade comunitária que incentive a oração pelos necessitados. A simplicidade pode ser poderosa e impactar vidas. Perceba que é necessário que a igreja seja intencional em suas ações. Não dá pra ficar simplesmente achando que tudo acontecerá de forma automática ou espontânea. 

3. Grandes iniciativas: Impactando a comunidade

Além dos esforços mensais, é importante realizar pelo menos uma grande iniciativa evangelística por ano. Muitas igrejas já tem desenvolvido atividades nesse sentido. Essas estratégias comprovadas têm transformado vidas e aproximado pessoas do amor de Deus. Cada realidade pede estratégias próprias de acordo com seu contexto. Por isso é importante conhecer a cidade, o bairro, a comunidade mais ampla onde a igreja está inserida.

4. Conheça sua comunidade: A chave para alcançar vidas

Para ser relevante na missão de alcançar a comunidade, é essencial conhecer as pessoas que você deseja alcançar. Invista tempo em pesquisas demográficas e psicográficas para entender as necessidades, interesses e desafios da sua região. Instituições de ensino e órgãos públicos já costumam trabalhar com uma série de dados que também podem ser muito úteis para o planejamento da igreja. É necessário, portanto, que a igreja busque e aprenda a trabalhar com essas informações.

5. Membros fiéis: Fortalecendo a igreja

Uma classe regular para novos membros é uma ferramenta poderosa para prevenir a evasão de membros. Aqueles que participam dessa classe têm maior probabilidade de permanecer fiéis à igreja e se tornarem frequentadores engajados. É fundamental desenvolver ferramentas que auxiliem na integração e no desenvolvimento espiritual dos novos membros.



Existe, sim, esperança. Igrejas que praticam esses cinco princípios têm muito mais chances de crescer em vez de declinar. Há muitos recursos e organizações disponíveis para ajudar nesse processo. Não desanime! Deus tem um plano para a sua igreja e está pronto para trazer renovação e crescimento.

quarta-feira, 18 de maio de 2022

Expectativas e Falsas Esperanças

Falsas expectativas resultam em frustração. 
Abatidos, tristes, frustrados, confusos. Era este o estado de ânimo de duas pessoas que caminhavam pela estrada de Emaús. A promessa de revolucionário que eles seguiam e em quem depositavam suas esperanças estava morta com um corpo inerte colocado em um túmulo frio. 

 ‘...nós esperávamos que era ele que ia trazer a redenção, mas, o crucificaram’ (Lucas 24.20,21).

‘Nós esperávamos’. Quantas frustrações não passam de resultado de falsas esperanças? 

O que é falso engana facilmente porque se assemelha ao verdadeiro. Existe algo, mas, que está incompleto. O ‘estranho’ que se aproxima precisa ajudar aqueles desiludidos discípulos e tirarem o foco de si mesmos e de suas expectativas frustradas para verem o todo. 

E começando por Moisés e todos os profetas, explicou-lhes o que constava a respeito dele em todas as Escrituras” (Lucas 24.27). 

Não basta conhecer parte das Escrituras. Não é suficiente acreditar em algumas coisas que a Bíblia diz. Existe algo que só pode ser compreendido quando se enxerga o todo. 

Era necessário que se cumprisse tudo o que a meu respeito estava escrito” (Lucas 24.44) 

Para aqueles discípulos, que aguardavam um messias, as esperanças foram frustradas pela crucificação. Jesus junta-se a eles, expõe-lhes as Escrituras, revela-se no partir do pão para demonstrar que a cruz, é, na verdade, a esperança realizada. É onde os discípulos veem derrota que Jesus afirma estar a vitória. 

Para enxergarmos a ação de Deus na história precisamos redirecionar o foco. Isso acontece na exposição da Palavra e no partir do pão, na manifestação do Cristo vivo, a esperança realizada.

 



segunda-feira, 27 de abril de 2020

Apocalipse: uma mensagem para a Igreja

O conteúdo de qualquer correspondência revela algo de seu remetente.

Muitas vezes, a maneira como vemos o livro de Apocalipse, no final da Bíblia, parece revelar que estamos com um Deus diferente em mente do que aquele que enviou Jesus Cristo ao mundo.

Quem é o verdadeiro remetente da carta de Apocalipse!?

Um dos trechos mais conhecidos do livro de Apocalipse é conhecido como carta às sete igrejas. O número sete ocorre com frequência no livro de Apocalipse. Representa inteireza, plenitude, perfeição espiritual. A palavra hebraica para sete significa 'ser cheio', 'estar satisfeito', 'ter o suficiente'.

Os capítulos 2 e 3 do livro trazem uma mensagem específica para sete diferentes comunidades: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia. Cada comunidade é identificada pelo nome da cidade onde se encontra.

Com isso, o próprio Apocalipse revela o significado dos sete candelabros ou candeeiros mencionados no primeiro capítulo "Este é o mistério das sete estrelas que você viu em minha mão direita e dos sete candelabros: as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candelabros são as sete igrejas"(Apocalipse 1. 20).

Ao lermos os capítulos 2 e 3 do livro de Apocalipse, costumamos dizer que são as cartas às sete igrejas. No entanto, todo o livro de Apocalipse é uma carta às igrejas da Ásia Menor onde se encontram as sete igrejas. O que acontece nos capítulos 2 e 3 é uma menção específica para cada uma daquelas comunidades. Trata-se de uma demonstração de como Deus conhece cada comunidade e como Ele se dirige especificamente a cada uma delas. No entanto, os princípios ali encontrados servem para toda e qualquer comunidade cristã, seja daquele tempo ou dos dias atuais. Afinal, de acordo com o significado do número sete na Bíblia, uma mensagem enviada às sete igrejas pode ser interpretado como sendo uma mensagem à igreja, simplesmente. Ou seja, à igreja toda, na sua plenitude.

Assim, os primeiros capítulos do Apocalipse merecem a nossa atenção. Não há nada de importante nos capítulos seguintes que já não tenha sido indicado nos três primeiros capítulos. Dentre as questões que as sete mensagens tem em comum, uma delas é a revelação do remetente. O modo de se revelar é diferente para cada igreja. Porém, fica claro que se trata do mesmo remetente. Cada auto-apresentação revela uma peculiaridade associada ao primeiro capítulo de Apocalipse.

Vejamos a apresentação à igreja em Éfeso: "Ao anjo da igreja em Éfeso escreva: Estas são as
palavras daquele que tem as sete estrelas em sua mão direita e anda entre os sete candelabros de ouro" (Apocalipse 2. 1. Existe uma referência ao capítulo 1, versos 12 e 16). Este padrão segue em todas as sete mensagens.

Quem é, portanto, 'aquele' a quem pertencem as palavras a serem escritas e enviadas às igrejas? Quem tem toda as coisas em suas mãos?
Quem é o princípio e o fim?
Quem morreu e tornou a viver?
Quem é o Filho de Deus?
Quem é santo e verdadeiro?
Quem é a testemunha fiel e verdadeira, o soberano da Criação?
Quem é, portanto, o remetente da mensagem?

O Apocalipse é uma mensagem de Deus para a Igreja!

Entre o Medo e a Esperança

Quantos deuses a bíblia retrata?

Será que o Deus do Antigo testamento, dos Evangelhos e do Apocalipse é o mesmo?

Enquanto João escreve as palavras do livro de Apocalipse, ele está preso numa ilha conhecida como Patmos. Roma, a cidade das sete colinas, fica a oeste. As comunidades cristãs para quem João destina os seus escritos ficam na região da Ásia Menor, atual Turquia. Era uma região próspera, com grandes portos e comércio forte. Um grande centro cultural da época.

O império Romano já dava sinais da sua decadência. Na época da composição do Apocalipse o imperador era Nero ou Domiciano. É mais provável que João tenha escrito o Apocalipse durante o reinado de Domiciano (entre os anos 81 ao 96). Domiciano havia instituído o culto ao imperador. Apesar de isso não ser em si uma novidade, com Domiciano o culto ao imperador foi considerado uma lealdade ao império. Assim, procurava-se implantar um governo absoluto sobre os corpos e as almas das pessoas. Todos deveriam chamar Domiciano de 'Senhor e Deus'. Ele mesmo chamava a sua cama de o 'leito de um deus'. O palácio era o seu santuário.

Foi um período de extrema violência e perseguição a todos que se negavam a adorar o imperador como Deus. Todos, além dos cristãos, filósofos, políticos e até membros da própria família que oferecessem resistência eram banidos ou mortos. Nesse caso, o que estava em jogo era a adoração. Domiciano foi o imperador que reivindicou de todas as formas aquilo que pertence somente a Deus.

O cristianismo já havia se espalhado bastante, alcançando, inclusive o círculo dos governantes. Já havia, também, se separado claramente do judaísmo. Domiciano via o cristianismo como grande ameaça contra o culto ao imperador. Os cristão se negavam a prestar culto a qualquer outra divindade.

Com a perseguição, também João acabou preso na ilha de Patmos, um local para onde os prisioneiros do império eram levados. Assim, João escreve com a intenção de levar esperança e orientação a respeito do único Deus que é digno de adoração. Seus irmãos na fé, que continuam sendo mortos e torturados, recebiam a mensagem de Apocalipse com grande alegria e se fortaleciam para continuar fiéis apesar de todas as dificuldades.

O Apocalipse, portanto, não é uma mensagem de terror, medo e perplexidade. Mas, uma mensagem de esperança que visa exortar à coragem, à fé e perseverança em meio às tribulações e dificuldades que possam se abater (confira o Salmo 23). O Deus que se revela no Apocalipse não é outro que aquele revelado em Jesus Cristo nos Evangelhos. É desse Deus que João está falando.

Quem confia não tem motivos para temer!

Revelação em Tempos de Pandemia

O Brasil e o mundo estão passando por um dos mais difíceis períodos de sua história moderna. A pandemia com um novo coronavírus obrigou não apenas a realização de quarentenas e isolamento social, mas, também, todo um repensar da vida, sistemas econômicos e de saúde pública.

Diante de forças que aparentam estar acima da capacidade de compreensão e controle dos seres humanos, costumam surgir as mais diversas e mirabolantes teorias. Talvez você também já tenha recebido mensagens de texto, áudio e vídeo nas redes sociais com apelos diversos. Dentre estas, profecias e referências ao fim do mundo e a volta de Jesus.

Infelizmente, a maioria destas mensagens apocalípticas costumam gerar ainda mais medo e confusão do que trazer segurança e orientação em meio ao caos. O livro bíblico de Apocalipse costuma ser aquele explorado como pano de fundo desse tipo de mensagem de terror e alarmismo.

No entanto, será mesmo que é esta a mensagem do livro de Apocalipse? 

Você sabe qual o significado da palavra apocalipse? 

Apocalipse significa descobrir, desvendar ou revelar. Uma ironia, considerando que apresenta poucas dicas do significado de seus símbolos. O livro da revelação é o menos desvendado da Bíblia.

Apocalipse não é a mesma coisa que escatologia. O termo escatologia tem origem em duas palavras gregas (éschatos = último e logos = estudo). Portanto, teologicamente, 'o estudo das últimas coisas’.

O livro de Apocalipse foi escrito por João, o Apóstolo, filho de Zebedeu (Apocalipse 1. 1 e 4). Porém, há controvérsias. É possível que, assim como divergem alguns historiadores, a carta tenha outra autoria. Há quem acredite ter sido escrito por algum discípulo de João, ou, mesmo um outro Evangelho de João e das 3 cartas de João no Novo Testamento.
João da época. Isso, porém, não compromete o seu conteúdo. João foi alguém que conheceu e andou com Jesus pessoalmente. Foi um dos 12 discípulos. Autor também do Evangelho de João e das 3 cartas de João no Novo Testamento.

Dos 66 livros da Bíblia, o Apocalipse se encontra no final. São 22 Capítulos e 404 versículos. Foi escrito originalmente em grego. Embora o autor não faça citações diretas do Antigo Testamento, dos 404 versículos, 278 fazem alguma referência clara. Muito mais do que qualquer outro livro do Novo Testamento. Compreende-se porque muitos especialistas afirmam que não é possível obter uma boa compreensão do Apocalipse sem estudar a Bíblia no seu conjunto. As referências ao Antigo Testamento são, principalmente, aos livros de Salmo e de Isaías.

O número sete ocorre com muita frequência no livro. Representa inteireza, ou, plenitude, perfeição espiritual. A palavra hebraica para sete vem de uma raiz que significa 'ser cheio', 'estar satisfeito', 'ter o suficiente'. O sábado é o sétimo dia; Deus fez a Criação em sete dias; a festa de Pentecostes acontece sete vezes sete dias depois da Páscoa. Cada sétimo ano é sabático (descanso para a terra e libertação dos oprimidos – Levítico 25) e depois de sete vezes sete anos, vem o Jubileu. Não se deve perdoar sete vezes, mas setenta vezes sete (Mateus 18. 22).

O livro foi escrito por volta do ano 90 da era cristã. Portanto, uma época histórica em que vários livros do Novo Testamento já estavam escritos. No entanto, aqui também existem controvérsias. Há quem situe a composição do livros numa época anterior, quando Nero era imperador e os cristãos sofriam severa perseguição. A maioria dos eruditos apontam para uma data posterior, quando o imperador já era Domiciano, que também perseguiu severamente os cristãos. João foi mais um dos perseguidos, por isso, escreve enquanto está preso numa ilha conhecida como Patmos. Seu objetivo é levar uma mensagem de esperança às igrejas perseguidas da região da Ásia Menor. É com essa perspectiva que o Apocalipse deve ser lido.

O Apocalipse é uma mensagem de esperança!