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quarta-feira, 9 de junho de 2021

Teologia

Você já pensou em estudar teologia?

Fazer teologia consiste em adentrar o mundo real. Ao mesmo tempo consiste em redescobrir o mundo encantado que as crianças conhecem melhor do que os adultos. 

É quando conseguimos enxergar a verdadeira realidade que nos encantamos. É olhar a vidraça e saber que ela está lá, mas, o que contemplamos mesmo é aquilo que podemos ver através dela. 

Ao contemplarmos um belo quadro podemos focar na arte imediata. Mas, podemos nos entregar também à imaginação, às perguntas pelo autor da obra, sua vida, momento, mensagem, recado. 

Ao escutarmos uma bela canção, podemos nos deixar embalar em sua bela melodia. Mas, podemos também sentir com o poeta. Sermos tocados por algo que transcende a letra e o som. 

A teologia brota da contemplação do mundo que se descortina diante de nós. Jardins, cascatas, mares, montes e pássaros. Sons e cores que manifestam vislumbres de um autor que se revela, mas, nem todos estão atentos. 

O autor da vida se revela. Podemos acreditar no quadro sem pintor ou na poesia sem o poeta. Não parece sensato. Para ser teólogo é preciso crer no jardineiro por trás do jardim. 

Além da criação, o divino se revelou também no humano. O carpinteiro por trás da madeira trabalhada passou pela manjedoura humilde e se tornou mestre. O bebê encanta quem logo depois, diante da cruz se espanta. A revelação continua, testemunhada pela criação, erguida no Calvário, deixando o túmulo vazio.


"...pois o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou"
(Romanos 1.19)

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Revelação em Tempos de Pandemia

O Brasil e o mundo estão passando por um dos mais difíceis períodos de sua história moderna. A pandemia com um novo coronavírus obrigou não apenas a realização de quarentenas e isolamento social, mas, também, todo um repensar da vida, sistemas econômicos e de saúde pública.

Diante de forças que aparentam estar acima da capacidade de compreensão e controle dos seres humanos, costumam surgir as mais diversas e mirabolantes teorias. Talvez você também já tenha recebido mensagens de texto, áudio e vídeo nas redes sociais com apelos diversos. Dentre estas, profecias e referências ao fim do mundo e a volta de Jesus.

Infelizmente, a maioria destas mensagens apocalípticas costumam gerar ainda mais medo e confusão do que trazer segurança e orientação em meio ao caos. O livro bíblico de Apocalipse costuma ser aquele explorado como pano de fundo desse tipo de mensagem de terror e alarmismo.

No entanto, será mesmo que é esta a mensagem do livro de Apocalipse? 

Você sabe qual o significado da palavra apocalipse? 

Apocalipse significa descobrir, desvendar ou revelar. Uma ironia, considerando que apresenta poucas dicas do significado de seus símbolos. O livro da revelação é o menos desvendado da Bíblia.

Apocalipse não é a mesma coisa que escatologia. O termo escatologia tem origem em duas palavras gregas (éschatos = último e logos = estudo). Portanto, teologicamente, 'o estudo das últimas coisas’.

O livro de Apocalipse foi escrito por João, o Apóstolo, filho de Zebedeu (Apocalipse 1. 1 e 4). Porém, há controvérsias. É possível que, assim como divergem alguns historiadores, a carta tenha outra autoria. Há quem acredite ter sido escrito por algum discípulo de João, ou, mesmo um outro Evangelho de João e das 3 cartas de João no Novo Testamento.
João da época. Isso, porém, não compromete o seu conteúdo. João foi alguém que conheceu e andou com Jesus pessoalmente. Foi um dos 12 discípulos. Autor também do Evangelho de João e das 3 cartas de João no Novo Testamento.

Dos 66 livros da Bíblia, o Apocalipse se encontra no final. São 22 Capítulos e 404 versículos. Foi escrito originalmente em grego. Embora o autor não faça citações diretas do Antigo Testamento, dos 404 versículos, 278 fazem alguma referência clara. Muito mais do que qualquer outro livro do Novo Testamento. Compreende-se porque muitos especialistas afirmam que não é possível obter uma boa compreensão do Apocalipse sem estudar a Bíblia no seu conjunto. As referências ao Antigo Testamento são, principalmente, aos livros de Salmo e de Isaías.

O número sete ocorre com muita frequência no livro. Representa inteireza, ou, plenitude, perfeição espiritual. A palavra hebraica para sete vem de uma raiz que significa 'ser cheio', 'estar satisfeito', 'ter o suficiente'. O sábado é o sétimo dia; Deus fez a Criação em sete dias; a festa de Pentecostes acontece sete vezes sete dias depois da Páscoa. Cada sétimo ano é sabático (descanso para a terra e libertação dos oprimidos – Levítico 25) e depois de sete vezes sete anos, vem o Jubileu. Não se deve perdoar sete vezes, mas setenta vezes sete (Mateus 18. 22).

O livro foi escrito por volta do ano 90 da era cristã. Portanto, uma época histórica em que vários livros do Novo Testamento já estavam escritos. No entanto, aqui também existem controvérsias. Há quem situe a composição do livros numa época anterior, quando Nero era imperador e os cristãos sofriam severa perseguição. A maioria dos eruditos apontam para uma data posterior, quando o imperador já era Domiciano, que também perseguiu severamente os cristãos. João foi mais um dos perseguidos, por isso, escreve enquanto está preso numa ilha conhecida como Patmos. Seu objetivo é levar uma mensagem de esperança às igrejas perseguidas da região da Ásia Menor. É com essa perspectiva que o Apocalipse deve ser lido.

O Apocalipse é uma mensagem de esperança!