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quarta-feira, 14 de junho de 2023

A Identidade Cristã: Crenças Fundamentais que nos Unem

Introdução
A identidade cristã é algo que compartilhamos como crentes e é baseada em nossas crenças fundamentais. Veremos algumas dessas crenças e como elas moldam nossa identidade como cristãos. 
A Bíblia - A Palavra de Deus que nos Guia 
Acreditar na veracidade da Bíblia é essencial para sustentarmos nossas outras crenças cristãs. Ela nos revela a Criação, a Queda, a natureza de Deus, o trabalho do Espírito Santo, a pessoa de Cristo, Sua morte na cruz, a Ressurreição e Seu retorno futuro. A Bíblia é mais do que um livro, é a Palavra de Deus, inspirada e soprada por Ele. 

A Trindade - Um Deus em Três Pessoas 
Embora a Trindade seja um conceito desafiador, acreditamos em um único Deus que se revela em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Essa crença fundamental nos leva a entender a soberania e o amor de Deus. Reconhecemos que, mesmo que não compreendamos completamente seus detalhes, podemos confiar nela com fé. 

A Humanidade, a Queda e a Restauração 
Acreditamos que homens e mulheres são criados à imagem de Deus, mas a Queda manchou essa imagem, criando uma separação entre Deus e a humanidade. Reconhecemos nossa necessidade de redenção e restauração por meio de Jesus Cristo, que suportou o castigo pelos nossos pecados na cruz.

A Ressurreição de Cristo - A Esperança que nos Sustenta 
A Ressurreição de Cristo é um pilar da nossa fé cristã. Através dela, afirmamos que Cristo está vivo e que nós, como seguidores Dele, teremos vida eterna com Ele. A Ressurreição nos dá esperança e confiança em nossa jornada de fé. 

A Salvação - Graça e Fé 
A salvação não é alcançada por meio de nossas próprias obras, mas é um presente gratuito de Deus. Acreditamos que somos salvos pela graça, por meio da fé em Jesus Cristo. A salvação é oferecida a todos que a buscam com arrependimento e fé, isso afeta nossa identidade como cristãos. 

Eu sou um Crente à serviço
Conectando-se, lendo a Bíblia, orando e compartilhando - Como crentes, nossa fé não deve ser apenas uma crença mental, mas também deve se refletir em nossas ações e estilo de vida. É fundamental nos conectarmos com outras pessoas na comunidade cristã, ler a Bíblia regularmente para alimentar nossa fé, buscar a oração como uma forma de comunicação com Deus e compartilhar o amor de Cristo com os outros por meio de nossas palavras e ações. 

A Missão de Deus - Fazendo Discípulos 
Como cristãos, temos a responsabilidade de compartilhar o evangelho e fazer discípulos de todas as nações. Compreendemos a importância da missão de Deus e como podemos nos envolver ativamente na obra de fazer discípulos, tanto em nossa comunidade local quanto além dela. Existem diferentes maneiras de cumprir essa missão e isso molda nossa identidade como seguidores de Cristo. 

Conclusão
Ao examinarmos essas crenças fundamentais, podemos entender melhor nossa identidade cristã e como elas nos unem como crentes. A Bíblia, a Trindade, a humanidade, a Queda e a restauração, a Ressurreição de Cristo, a salvação pela graça e fé, nossas ações como crentes e a missão de Deus são todos aspectos essenciais de nossa fé. À medida que nos aprofundamos nessas verdades, somos capacitados a viver uma vida cristã autêntica e a impactar o mundo ao nosso redor com o amor de Cristo. Que essas crenças fundamentais continuem a moldar e fortalecer nossa identidade como cristãos.

sábado, 19 de junho de 2021

O Que Deus Deseja Nos Revelar Por Meio das Escrituras?

Encarar o desafio de escrever sobre a Bíblia é saber que você está entrando numa seara de terras pantanosas, traiçoeiras, inglórias. Não que a Bíblia em si seja tudo isso. Estou me referindo ao mundo das informações a respeito das escrituras. 

A história da hermenêutica revela que não existe unanimidade. Muitas divisões e o surgimento de novas denominações cristãs, inclusive, se devem à divergências em torno da maneira como se lê e interpreta determinadas passagens da Bíblia. 

Quem estuda teologia, principalmente aqueles que passaram por alguma faculdade tendo acesso ao formalismo da disciplina, provavelmente já ouviu falar do 'fio vermelho' das escrituras. O que geralmente os professores de teologia querem dizer é que existe um tema que perpassa toda a Bíblia. Não temos nenhum motivo para discordar disso. De fato, entendemos que há um enredo amplo que é possível discernir ao longo de toda a Bíblia. 

Quando nós captamos essa mensagem central, conseguiremos até mesmo compreender melhor a experiência pela qual passou Saulo, depois Paulo, quando Ananias impôs as mãos sobre ele: "Imediatamente, algo como escamas caiu dos olhos de Saulo e ele passou a ver novamente" (Atos 9.18). 

Embora Lucas relate que Paulo passou a ver novamente, fato é que ele jamais viu o mundo da mesma maneira que antes. Sua vida mudou. Suas motivações mudaram. 

São várias as percepções possíveis diante das escrituras. Um livro extenso demais, antigo demais, com autores demais, com gênero literário multifacetado, contando histórias fantásticas que não se encaixam numa era científica, tecnológica e racional. Ainda assim, a Bíblia continua sendo o livro mais lido e mais vendido no mundo. 

Como ler e compreender essa verdadeira biblioteca permanece um desafio. A experiência que muitos tem com a Bíblia se reflete na Igreja, na vida e na experiência de muitos cristãos. Incoerência, fragmentação, literalismo, são marcas de uma experiência seletiva com a revelação bíblica. Temos a Bíblia, como livro impresso, utilizada desde como um fetiche, um amuleto, um objeto mágico, até como fonte de promessas em caixinhas que fornecem uma palavra para o dia. No fim, sobra aquilo que pode ser traduzido num tipo de mensagem de autoajuda. 

Diante de todas as maneiras equivocadas de se aproximar das escrituras, há quem diga que o importante é que as pessoas estão lendo. Não discordamos totalmente disso. Porém, se há uma mensagem, um enredo mais amplo e coerente contida ali, devemos buscar esse entendimento. Afinal, como é reconhecido na tradição cristã, trata-se da revelação de Deus a nós. Isso nos coloca diante da pergunta fundamental: o que Deus deseja nos revelar por meio das escrituras?

Vamos começar com a dica de um livro que certamente é o que há de melhor para ajudar todo aquele que deseja compreender a essência da revelação de Deus nas escrituras. CLIQUE AQUI.

sexta-feira, 12 de março de 2021

O Drama das Escrituras

 
No livro O Drama das Escrituras, os autores propõe um olhar sobre a Bíblia seguindo uma estrutura como a da dramaturgia. Assim, eles propõem um olhar a partir de seis atos. 
(1) O primeiro ato nos fornece informação contextual essencial, apresenta os personagens importantes e estabelece a situação estável que será interrompida pelos acontecimentos que estão prestes a se desenrolar. (2) A primeira ação começa, geralmente com a introdução de um conflito significativo. O meio da peça (3) é a parte em que a ação principal do drama ocorre. Aqui o conflito inicial se intensifica e se torna cada vez mais complicado até (4) o clímax, ou o ponto de maior tensão, após o qual conflito precisa ser resolvido, de um modo ou de outro. Após o clímax vem (5) a resolução, em que as implicações do ato do clímax são elaboradas para todos os personagens do drama e a estabilidade é restaurada. 

Os autores, no entanto, ampliam o entendimento tradicional da dramaturgia em cinco atos incluindo mais um. Eles entendem que ainda há muito mais por vir. 

Assim, o drama bíblico é apresentado da seguinte maneira: 

Ato 1: pontos Deus estabelece o reino: criação 
Ato 2: pontos rebelião no reino: queda 
Ato 3: o rei escolhe Israel: a redenção é iniciada 
Ato 4: a vinda do Rei: Redenção realizada 
Ato 5: propagando a notícia do Rei: a missão da igreja 
Ato 6: A Volta do Rei: Redenção concluída. 

Esta é a maneira que o livro está dividido e se apresenta no sumário.

Venha ler conosco!

domingo, 7 de março de 2021

Clube da Leitura Missional

Sabe quando você está lendo um livro e se empolga? 

Você vai fazendo descobertas interessantes. Gostaria de compartilhar sobre aquilo que está lendo com alguém. Aquele se torna um livro que você passa a recomendar aos amigos e familiares. 

A leitura é algo prazeroso, mas, também solitário. Por isso, nos alegramos quando encontramos alguém que leu o mesmo livro e, assim, temos com quem compartilhar impressões. 

Se você é um amante dos livros certamente sabe que nem sempre é fácil encontrar pessoas que leram ou estão lendo a mesma obra. Por isso, existem os clubes de leitura. E, felizmente, as novas tecnologias de comunicação favorecem ainda mais esta iniciativa. 

Um clube de leitura reúne pessoas com interesse num mesmo livro. Pessoas que estão lendo um livro e que gostariam de compartilhar impressões com outros a respeito do que estão lendo. Esta é uma experiência gratificante. Qualifica a leitura. Discutir e compartilhar conhecimento a partir de uma leitura em comum, portanto, é um dos objetivos de um clube de leitura. Sem dúvidas ler e saber que temos um grupo com quem compartilhar nos envolverá ainda mais na leitura. Ouvir outras percepções, ser desafiado com questionamentos e insights alternativos é estimulante. Se nós já saímos da leitura de um livro melhores do que entramos, imagine fazendo parte de um grupo com outras pessoas que estão fazendo a mesma imersão que nós!? 


Os Canais #EuLeio e Teologia Missional, do YouTube, criaram o Clube da Leitura Missional

Além dos benefícios já mencionados, o Clube da Leitura Missional tem o objetivo de fortalecer a igreja brasileira, incentivando a leitura e o conhecimento. E, também desenvolver nos cristãos uma visão ampla e profunda das Escrituras, uma eclesiologia missional a partir de uma teologia missional. 

Os livros selecionados partirão sempre da perspectiva da edificação pessoal e do nosso envolvimento no Corpo de Cristo, a Igreja de Jesus. Resumindo tudo isso, cremos que com um clube de leitura com foco em obras selecionadas estaremos contribuindo e nos capacitando como instrumentos a serviço da missão de Deus no mundo. 

Se você ficou interessado entre agora no nosso Grupo de WhatsApp. Ali você será informado em detalhes sobre esta iniciativa. 

O Clube da Leitura Missional começará no mês de abril com a leitura do livro O Drama das Escrituras dos autores Craig Bartholomew e Michael Goheen. 


Para mantermos o propósito e os objetivos de um grupo assim a participação em cada grupo específico será limitado. Maiores informações você encontra em nossas páginas e perfis nas redes sociais. 

segunda-feira, 1 de março de 2021

Discipulado em Tempos de Distanciamento Social

O que é o discipulado? 

Palavra recorrente na igreja. Tema de livros, retiros, pregações e palestras. Muito falado. Mas, será compreendido? 

Discipulado é, certamente, uma das palavras mais ambíguas na vida da igreja. Muitos líderes de igreja não possuem uma definição clara de discipulado. Existem percepções diversas no seio da igreja. 

Há quem veja o discipulado como uma transferência de conteúdos. Alguém que sabe mais ensina alguém que sabe menos. Um líder que já leu e estudou bastante transfere o seu conhecimento para alguém outro que está começando. 

Para outros o discipulado é mais um dos programas da igreja. Assim como existem os cultos, o encontro de jovens, as reuniões de líderes e outros, há também o programa de discipulado. 

A mentoria de um para um também é uma maneira de se conceber o discipulado. Uma pessoa acompanhando outra pessoa, compartilhando com o mentoriado da experiência de vida do mentor. 

Uma variação da anterior seria a mentoria em grupo. O princípio é semelhante. Em vez de acompanhar e compartilhar com uma pessoa, faz-se com um grupo maior de pessoas. 

Algumas igrejas podem compreender o discipulado como envolver a pessoa num pequeno grupo. A compreensão é de que ali o discípulo estaria recebendo todo o necessário num processo de discipulado. 

Aqueles que acreditam que o melhor aprendizado acontece na prática, podem sustentar que o melhor discipulado acontece quando se envolve a pessoa em algum ministério da igreja. O envolvimernto no ministério colocaria a pessoa em contato com outras pessoas e levaria ao desenvolvimento de dons e habilidades. 

Existe também aquela compreensão de que o discipulado seria envolver a pessoa num programa de treinamento. Com isso ela aprenderia certas táticas, comportamentos, atitudes que a tornariam um verdeiro cristão. 

Não poderia faltar a ideia de que o discipulado acontece enquanto a pessoa comparece aos cultos. Algumas igrejas sequer utilizam a palavra discipulado. Entendem que os cultos e, quem sabe algum outro programa, seja suficiente para a caminhada cristã. 

Para ampliar esta lista lembramos ainda a leitura da Bíblia. Esta provavelmente seja a disciplina de maior impacto no discipulado. Com tudo parado há tanto tempo, devido a pandemia do novo coronavírus, como garantir que o discipulado da igreja continue? Certamente o impacto está em fazer aquilo que menos se faz.

Incentivar as pessoas a lerem e estudarem as Escrituras. Ironicamente isso pode significar, para muitas igrejas, simplesmente fazer algo diferente. Estudar a Bíblia pode ser feito sozinho. Mas, também pode ser algo realizado por duas ou três pessoas. 

A ideia de uma igreja simples, sem tantos eventos e programas, pode ser a verdadeira força da igreja. O tempo de pandemia e isolamento tem dado uma grande oportunidade para pastores e líderes repensarem o seu ministério e o seu modelo de igreja. 

Se você é um líder ou pastor em uma igreja local faça a si mesmo esta pergunta: 

O que é o mínimo que se deve esperar de um membro da igreja? 

Algumas respostas que podem surgir: que participe frequentemente dos cultos; que esteja envolvido num pequeno grupo; que seja um doador; que se envolva em um ministério; etc. 

Mas, qual é o entendimento que a sua igreja tem a respeito do discipulado? Como o definiria? O que nós, como igreja, estamos realizando para fazer discípulos? O que temos feito e que leva o discípulo a parecer mais maduro? O que precisamos fazer e que ainda não estamos fazendo? 

Entre as várias definições possíveis que poderemos encontrar, uma maneira de compreendermos o discipulado seria: Inspirar e equipar pessoas a diariamente dizerem sim à missão e ao reino de Deus. 

Não se trata, aqui, de uma inspiração sentimental qualquer. Mas, aquela que vem do Espírito Santo de Deus. Equipar envolve o processo de aprender enquanto segue Jesus. Aprender não apenas como um mero repassar conteúdos, mas, como alguém que está com Jesus. 

Aprender a Bíblia ainda não é discipulado, praticar o que ela nos ensina, sim. 

Portanto, o que é discipulado? 
Discipulado cristão é comprometimento com uma pessoa: a pessoa de Jesus Cristo. Começa, portanto, com um relacionamento com Ele.

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Da Caixinha de Promessas aos Memes da Internet

Você sabe o que é uma Caixinha de Promessas?

A grande maioria de nós, que estamos neste mundo e acessa, vez e outra, as redes sociais, não somos teólogos que tiveram o privilégio de fazer uma faculdade de teologia. 

Uma das lições básicas do teólogo cristão e que ele aprende em disciplinas específicas é sobre a interpretação bíblica. Estou falando da EXEGESE

Muito mais comum para tantos de nós, talvez seja, a Caixinha de Promessas. Aquelas caixinhas com cartões coloridos contendo, cada cartão, um versículo da Bíblia. A maneira que alguém utiliza pode variar. Grosso modo, a pessoa pode, a cada dia, tirar um cartão e tomar aquele versículo como uma palavra de Deus para ela naquele dia. 


Eu não duvido de algum bem eventual que essa prática possa trazer na vida daquela pessoa. Deus não está limitado aos nossos meios para trabalhar conosco. No entanto, seria muito estranho se um teólogo, depois de passar pelas disciplinas de exegese bíblica, ainda mantivesse sua relação e seu exercício de interpretação bíblica à base da Caixinha de Promessas. 

Depois de aprender, por exemplo, que 

“a exegese é o estudo cuidadoso e sistemático da Escritura para descobrir o significado original que foi pretendido. A exegese é basicamente uma tarefa histórica. É a tentativa de escutar a Palavra conforme os destinatários originais devem tê-la ouvido; descobrir qual era a intenção original das palavras da Bíblia” (Gordon Fee & Douglas Stuart), 

e, praticar isso, a pergunta pelo contexto é sempre um princípio fundamental. 

A boa notícia é que isso pode ser ensinado também às pessoas em geral, não sendo conhecimento exclusivo aos seminários e faculdades de teologia. 

Infelizmente a prática de ler as Escrituras via Caixinha de Promessas parece ter se ampliado e adaptado para a maneira como as pessoas agora leem a realidade em geral. As redes sociais deram contribuição fundamental para isso. O twitter, por exemplo, surgiu como rede social que limitava as postagens aos 140 caracteres. Mesmo com apenas 9% dos tweets chegando a utilizar todos os 140 caracteres disponíveis, a rede social decidiu, em 2017, dobrar a capacidade limite. Agora, ao que parece, em torno de 1% dos usuários chegam a utilizar os 280 caracteres possíveis. 

A "caixinha de promessas' da era das redes sociais, no entanto, chama-se 'meme'. 

O que é um meme? 

Ao que parece, o termo teria se originado com o biólogo evolucionista Richard Dawkins (O gene egoísta, de 1976) que não estava interessado na cultura digital. A ideia, ali, consiste em falar a respeito de algo que se propaga. Faço este resumo para ficarmos no ponto que interessa à nossa abordagem aqui e poder seguir em frente. 

Na internet um meme é um recurso capaz de proliferar uma informação rapidamente. O termo utilizado para isso é 'viralizar'. Se algo viralizou na internet isso quer dizer que fez sucesso, se espalhou, milhares de pessoas estão acessando e compartilhando. Com isso os memes, que podem ser vídeos, gifs, imagens e montagens combinando frases e imagens, são os 'cartões coloridos' da caixinha de pandora... digo, da caixinha de promessas da internet! 

Não importa o contexto. Não importa a notícia. Não importam os fatos. O meme já me instruiu. Não há tempo para ler uma notícia inteira. A 'chamada' postada como 'meme' já é suficiente. Já posso construir meu juízo! Já sei a realidade e como me portar diante dela! 

Desde marqueteiros à serviço dos políticos até aos que estão à serviço das redes de informação e vendas diversos, todos já descobriram o poder dos memes. Se a Caixinha de Promessas não vende mais que a Bíblia, fato é que dá pra ter e ler a Bíblia como se ela mesmo não fosse mais do que isso, uma caixa de promessas.

Como as disciplinas acadêmicas em geral, a teologia também tem os seus memes, ou, se preferirem, frases de fixação, como "texto fora de contexto é pretexto". Os memes da era digital, ao que parece, chegaram para legitimar o pretexto!

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Apocalipse: uma mensagem para a Igreja

O conteúdo de qualquer correspondência revela algo de seu remetente.

Muitas vezes, a maneira como vemos o livro de Apocalipse, no final da Bíblia, parece revelar que estamos com um Deus diferente em mente do que aquele que enviou Jesus Cristo ao mundo.

Quem é o verdadeiro remetente da carta de Apocalipse!?

Um dos trechos mais conhecidos do livro de Apocalipse é conhecido como carta às sete igrejas. O número sete ocorre com frequência no livro de Apocalipse. Representa inteireza, plenitude, perfeição espiritual. A palavra hebraica para sete significa 'ser cheio', 'estar satisfeito', 'ter o suficiente'.

Os capítulos 2 e 3 do livro trazem uma mensagem específica para sete diferentes comunidades: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia. Cada comunidade é identificada pelo nome da cidade onde se encontra.

Com isso, o próprio Apocalipse revela o significado dos sete candelabros ou candeeiros mencionados no primeiro capítulo "Este é o mistério das sete estrelas que você viu em minha mão direita e dos sete candelabros: as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candelabros são as sete igrejas"(Apocalipse 1. 20).

Ao lermos os capítulos 2 e 3 do livro de Apocalipse, costumamos dizer que são as cartas às sete igrejas. No entanto, todo o livro de Apocalipse é uma carta às igrejas da Ásia Menor onde se encontram as sete igrejas. O que acontece nos capítulos 2 e 3 é uma menção específica para cada uma daquelas comunidades. Trata-se de uma demonstração de como Deus conhece cada comunidade e como Ele se dirige especificamente a cada uma delas. No entanto, os princípios ali encontrados servem para toda e qualquer comunidade cristã, seja daquele tempo ou dos dias atuais. Afinal, de acordo com o significado do número sete na Bíblia, uma mensagem enviada às sete igrejas pode ser interpretado como sendo uma mensagem à igreja, simplesmente. Ou seja, à igreja toda, na sua plenitude.

Assim, os primeiros capítulos do Apocalipse merecem a nossa atenção. Não há nada de importante nos capítulos seguintes que já não tenha sido indicado nos três primeiros capítulos. Dentre as questões que as sete mensagens tem em comum, uma delas é a revelação do remetente. O modo de se revelar é diferente para cada igreja. Porém, fica claro que se trata do mesmo remetente. Cada auto-apresentação revela uma peculiaridade associada ao primeiro capítulo de Apocalipse.

Vejamos a apresentação à igreja em Éfeso: "Ao anjo da igreja em Éfeso escreva: Estas são as
palavras daquele que tem as sete estrelas em sua mão direita e anda entre os sete candelabros de ouro" (Apocalipse 2. 1. Existe uma referência ao capítulo 1, versos 12 e 16). Este padrão segue em todas as sete mensagens.

Quem é, portanto, 'aquele' a quem pertencem as palavras a serem escritas e enviadas às igrejas? Quem tem toda as coisas em suas mãos?
Quem é o princípio e o fim?
Quem morreu e tornou a viver?
Quem é o Filho de Deus?
Quem é santo e verdadeiro?
Quem é a testemunha fiel e verdadeira, o soberano da Criação?
Quem é, portanto, o remetente da mensagem?

O Apocalipse é uma mensagem de Deus para a Igreja!

terça-feira, 18 de junho de 2019

O Que a Bíblia Diz Sobre Dívidas?

Você está devendo? A sua dívida é algo que tira o teu sono ou você nem se importa?

Com frequência nos deparamos com notícias sobre o recorde de endividamentos do brasileiro. Inadimplência combina muito bem com cheques, cartões de crédito e financiamentos.

Na opinião de um especialista em finanças

“as pessoas sabem que será mais vantajoso se pouparem e usarem o dinheiro para comprar à vista. Mas quem tem paciência para esperar para consumir? Elas querem agora”

Pior que estar devendo é pagar por esse crédito. Mesmo com Selic em queda, nos maiores bancos, a taxa de juros do cheque especial segue índices absurdos ao ano. É o crédito mais fácil de usar. Sempre disponível, o dinheiro está na conta, prontinho. Pode ser em um saque no meio da noite ou em um pagamento no débito e o empréstimo começa a valer sem a assinatura de papéis ou a presença do gerente. Mas, tanta facilidade tem um preço.

Qual é o seu ponto de referência quando você precisa tomar decisões financeiras que envolvem sua família, negócios e trabalho? Os cristãos buscam a vontade de Deus para suas vidas (Pelo menos é assim que imagino que deveria ser!); desejam que Deus cumpra os seus propósitos; afirmam que Deus é o Senhor sobre suas vidas... Como é que funciona com a questão financeira? Será que Deus também tem algo a dizer sobre isso? Ou será que ele se importa mesmo é com os 10% que ofertamos e o resto é ‘cada um que se vire como pode’? A maneira como administro o dinheiro, afeta a minha comunhão com Deus? O que a Bíblia tem a dizer sobre dívidas?

O sábio autor de Provérbios diz que “quem toma emprestado é escravo de quem empresta” (Provérbios 22. 7). Curto, reto e direto! Em Romanos 13.8 o Apóstolo Paulo chama a atenção: “Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros...” Diante do ensino bíblico a este respeito, existem para nós duas alternativas sábias:
1) Evitar o endividamento a todo custo;
2) Se já está endividado, fazer todo esforço possível para sair da dívida.

Cheque especial e cartão de crédito..., o que fazer com eles? Reflita: se é você quem manda neles, muito bem. Agora, se eles já assumiram o controle, aproveite um dia frio em que a lareira da tua casa estiver acesa e veja como o fogo age rapidamente nessa coisa que parece ter tanto poder sobre você. Outra alternativa é rasgar e amassar. Deleite-se picando, picando, até você ter pedaços bem pequeninhos! Se no final do mês você não consegue pagar todo o saldo devedor do seu cartão de credito, então está na hora de uma cirurgia plástica: você só precisa de uma tesoura para isso.

Antes da próxima compra e do risco de contrair uma dívida faça a si mesmo três perguntas:
1) Tenho dinheiro?
2) Eu preciso?
3) Precisa ser agora?

Muitas das coisas que compramos não representam de fato uma necessidade. Essas perguntas nos ajudam a refletir e evitar as compras por impulso. E, lembre-se: “Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (Filipenses 4. 19). Infelizmente, muitas de nossas dívidas e dos nossos gastos são resultado de hábitos de consumo ruins. Quando o assunto é dinheiro, raras vezes o problema está em quanto você ganha, mas, em o quanto e como você gasta.