segunda-feira, 24 de junho de 2019

O Que a Bíblia Diz Sobre Perdão?

Você já teve que perdoar alguém? Se sim, então sabe bem do que estamos falando. Sabe, por exemplo, que perdoar nem sempre é fácil. De onde vem a força para perdoar alguém?

O que você acha daquelas pessoas que dizem que são capazes de perdoar, mas, não de esquecer?

O pastor e ativista norte-americano Martin Luther King teria dito que

"O perdão é um catalisador que cria a ambiência necessária para uma nova partida, 
para um reinício" 

E a Bíblia, será que ela tem algo a dizer a respeito do perdão?

O perdão é central na fé cristã. Falar sobre o perdão é falar da cruz. Somente o perdão liberta da culpa e possibilita a reconciliação. Sem perdão não há paz. O perdão quebra algumas lógicas. Perdoar é um gesto, uma decisão alicerçada no amor. Perdoar é agir por graça. E a graça é algo que não compreendemos muito bem.

A graça quebra a lei da causa e efeito. Por isso, nas palavras de Bono Vox, “se eu viver por meio do ‘Karma’ estou com grandes problemas”.

A história da graça é a história de Cristo. O perdão é o amor em ação. A liberdade para deixar o amor agir sem que o outro tenha feito por merecer é graça. Essa liberdade só pode experimentar quem se reconhece amado e perdoado graciosamente. O perdão quebra as correntes. É o gesto que subverte a lei da causa e efeito. “Perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou” (Colossenses 3. 13). Perdoar é libertar e ser libertado!

Além de falar a respeito do perdão, a Bíblia também apresenta vários exemplos concretos de pessoas que perdoaram e foram perdoadas. Genesis 33 relata o reencontro entre Esaú e Jacó. Mais adiante, o capítulo 45, relata o emocionante momento quando José se revela aos seus irmãos que anos antes o tinham vendido como escravo. A emoção escancarada de José e suas palavras revelam que nenhuma mágoa ou ressentimento existe em seu coração. Nos Evangelhos vemos que mesmo sabendo da traição de Judas, Jesus o continua chamando de amigo (Mateus 26. 50). Outro traidor foi Pedro que negou Jesus três vezes. E, após sua ressurreição foi a Pedro que Jesus disse: “Cuide das minhas ovelhas” (João 21. 17). A experiência de ser amado e perdoado libertou Pedro para cumprir o seu chamado apostólico.

No famoso sermão da montanha, encontramos Jesus ensinando: “eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem” (Mateus 5.44). Na cruz Jesus mostrou o que isso significa. Toda humanidade rebelde e inimiga de Deus estava sendo redimida, absolvida, perdoada. Entre sangue, suor e dor lancinante, o Mestre enxerga curiosos e algozes zombadores a rodear o madeiro. Lá de cima, palavras que expressam o improvável: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lucas 23. 34).

Um dos dois bandidos que foram crucificados com Jesus compreendia bem a lei do carma: “Nós estamos sendo punidos com justiça, porque estamos recebendo o que os nossos atos merecem”. As palavras seguintes que ele ouviu de Jesus revelam o amor, o perdão, a graça que vira essa visão de causa e efeito de cabeça para baixo: “Eu lhe garanto: Hoje você estará comigo no paraíso” (Lucas 23). Assim Ele nos ensina a orar: “Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores” (Mateus 6. 9-13).

Existe alguém que você precisa perdoar? Parece uma tarefa difícil demais para você? A dor que aquela pessoa te causou é grande demais?
Que tal antes de procurar a pessoa, começar orando por ela!? Ore para que Deus a transforme, a abençoe. E, ore a Deus também pedindo a Deus para transformar os teus sentimentos. Aos poucos você verá que estará se libertando. Logo perceberá que está perdoando.

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