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segunda-feira, 29 de abril de 2019

O Que a Bíblia Diz Sobre Honestidade?

Você se considera uma pessoa honesta? A honestidade é um valor para você? A honestidade é uma virtude, embora haja quem diga que a honestidade é para poucos.

Uma frase, atribuída a Rui Barbosa, diz o seguinte:

"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto"

Como os cristãos encaram essa questão da honestidade? Como será que a Bíblia se ocupa sobre esse tema? O que as Escrituras falam sobre honestidade?

Já desde os tempos mais antigos a questão da honestidade é vista como uma virtude a ser valorizada e buscada. É uma questão presente já nos Mandamentos que Deus entrega a Moisés no Monte Sinai: “Não adulterarás. Não furtarás. Não darás falso testemunho contra o teu próximo” (Êxodo 20. 14-16). Embora a palavra honestidade não apareça tantas vezes na Bíblia, o princípio está presente por toda ela.

O valor da justiça e da verdade permeia as Sagradas Escrituras de capa a capa. É conhecido o texto que relata o conselho de Jetro ao seu genro Moisés. O trabalho se multiplicava e Moisés não estava mais dando conta de julgar todas as questões. Ao observar como Moisés ocupava todo o seu dia escutando as necessidades e problemas do povo, Jetro oferece a seguinte orientação: “escolha dentre todo o povo homens capazes, tementes a Deus, dignos de confiança e inimigos de ganho desonesto. Estabeleça-os como chefes de mil, de cem, de cinqüenta e de dez” (Êxodo 18. 21). Um conselho com princípios que certamente são levados em consideração ainda hoje.

Quem não deseja trabalhar com pessoas íntegras e honestas? Afinal, “feliz é o homem que com honestidade conduz os seus negócios” (Salmo 112.5). Há, porém, quem argumente que a ocasião faz o ladrão. Outros dizem que a falta de oportunidades acaba gerando a corrupção e todo tipo de ilicitudes. A desigualdade social geraria a criminalidade e todo tipo de desonestidades. Mas, será mesmo que a honestidade depende do quanto de dinheiro uma pessoa possui? Será que nós, seres humanos, seríamos assim tão condicionados? Acho que a resposta é óbvia! Vejamos as palavras de Jesus: “Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito, e quem é desonesto no pouco, também é desonesto no muito. Assim, se vocês não forem dignos de confiança em lidar com as riquezas deste mundo ímpio, quem lhes confiará as verdadeiras riquezas?” (Lucas 16. 10-11).

Logo, a pobreza material não justifica sozinha a desonestidade de alguém. Toda criminalidade e corrupção resultam de um processo de injustiça mais complexo em que a má distribuição de renda é apenas um item a colaborar. E, mesmo assim, ainda existem aqueles que encontram força moral para agir diferente, apesar das dificuldades.

Também ou, principalmente, entre as lideranças das igrejas deveria-se zelar pela honestidade. Na sua carta, Tito enumera vários atributos de um líder cristão. Entre outras coisas ele diz que “por ser encarregado da obra de Deus, é necessário que o bispo seja irrepreensível: não orgulhoso, não briguento, não apegado ao vinho, não violento, nem ávido por lucro desonesto” (Tito 1. 7).

A recomendação que deixamos a todos e, principalmente a muitos líderes religiosos, é que leiam mais a Bíblia. Deixemo-nos todos ser confrontados pela verdade libertadora dos Evangelhos!

Como já teria dito Cícero, lá na antiguidade:
"Este é o primeiro preceito da amizade: pedir aos amigos só aquilo que é honesto, e fazer por eles apenas aquilo que é honesto".