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quinta-feira, 11 de abril de 2024

Voltando Para Casa

UM CONVITE À ORAÇÃO

por: Richard Foster*

A verdadeira e completa oração não é outra coisa 

senão o amor

 Agostinho 


Deus, por sua graça, tem-me permitido vislumbrar parte de seu coração, e eu gostaria de compartilhar com você o que tenho visto. Hoje o coração de Deus é como uma ferida aberta de amor. Ele sofre com nosso distanciamento e nossa preocupação. Ele lamenta o fato de não nos aproximarmos dele. Ele se angustia por havermos nos esquecido dele. Ele chora por causa de nossa obsessão de querer mais e mais. Ele anseia por nossa presença. 

Ele está nos convidando — a você e a mim — a voltar para casa, a casa a que pertencemos, a casa em que fomos criados. Ele nos espera de braços abertos. Seu coração é grande o suficiente para nos acolher. 

Vivemos ansiosos num país distante: um país em alvoroço, de multidões apressadas; um país de escaladas, empurrões e atropelos; um país de frustração, medo e intimidação. E ele nos convida a voltar para casa: para o lar de serenidade, paz e alegria; para o lar de amizade, companheirismo e sinceridade; para o lar de intimidade, aceitação e afirmação. 

Não precisamos ficar apreensivos. Ele nos convida à sala de estar de seu coração, onde podemos calçar os velhos chinelos e desfrutar o momento. Ele nos convida à cozinha de sua amizade, onde conversas e massas de bolo se misturam num ambiente alegre. Ele nos convida à sala de jantar de seu poder, onde podemos nos banquetear e alegrar nosso coração. Ele nos convida à sala de estudos de sua sabedoria, onde podemos aprender e nos desenvolver... e fazer todas as perguntas que desejarmos. Ele nos convida à oficina de sua criatividade, onde podemos ser seus auxiliares, trabalhando juntos para forjar nosso futuro. Ele nos convida ao quarto do descanso, onde nova paz é encontrada e onde podemos ficar à vontade, nus e vulneráveis. O quarto é também o lugar da mais profunda intimidade onde conhecemos e somos conhecidos plenamente.

* Richard Foster é autor renomado de vários best-sellers, teólogo, professor na Friends University e pastor da Evangelical Friends Churches. Fundador da RENOVARÉ, uma organização cristã voltada para a renovação da igreja. Mora em Denver, Colorado, EUA. Um de seus livros mais conhecidos é Celebração da Disciplina onde o autor apresenta com originalidade uma combinação entre espiritualidade e integridade intelectual. O texto acima consta em outra obra: Oração: o refúgio da alma, pela editora Vida. 

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Missão Não é Pra Mim!

Existem três maneiras de você se envolver com a missão: 

indo, orando e contribuindo.

Você também já escutou essa frase?

Preciso confessar que ela sempre me incomodou. No entanto, demorou um tempo até que eu realmente conseguisse perceber o problema.

Muitos cristãos apaixonados pela evangelização, empolgados com a missão e que se alegram em ver vidas sendo transformadas sentem-se como se a missão não fosse para elas.

Eventos com o tema 'missão' acontecem aos milhares todos os anos. O foco, geralmente, é algum país ou região distantes. A palestra fica com o missionário que está servindo em algum lugar exótico do planeta. Então, ele compartilha das suas aventuras no campo missionário.

A platéia fica maravilhada. Muitos sentem o desejo de participar daquilo que Deus está fazendo. O desafio acontece. Como você se envolverá com a missão?

Ao final, a sensação que fica é que tudo não passou de um evento de marketing e propaganda. O objetivo era fazer a igreja se sentir desconfortável e, até mesmo culpada por não orar mais, não contribuir mais e, especialmente, viver sua vida 'normal' num lugar confortável.

Por mais que este reflita um paradigma superado, ainda é a realidade em muitos igrejas.

Algumas igrejas locais, para apaziguar a consciência dos mais entusiasmados, criam grupos, secretarias, departamentos, agências missionárias. Se você não pode ir, seja por falta de vocação ou por medo, pode se envolver localmente. Como? Orando e contribuindo financeiramente para sustentar os missionários de verdade que se arriscam em lugares distantes.

Se você também sente certo desconforto com tudo isso, saiba que não está só.

O que há de errado nesse sistema?

Seria um erro orar pela missão e pelos missionários? Certamente que não.

Seria errado, então, auxiliar financeiramente pessoas que se dedicam à missão em outros lugares? Não. Nada de errado nisso.

O problema está no reducionismo que esse paradigma assume. Leva muitas pessoas, cerca de 99% das igrejas locais, a acreditarem que missão é coisa para alguns poucos especialistas. Restaria para essa ampla maioria se contentar em orar e contribuir. E, vamos ser sinceros, quantas pessoas realmente oram e contribuem?

Se o missiólogo David Bosch estiver certo e, como ele disse, “toda a existência cristã deve ser caracterizada como existência missionária”, o que haveria além de ir, orar e contribuir? 

 Convido você a assistir esse breve vídeo que produzimos abordando a diferença entre Missão e Missões: