quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

O Reino de Deus nas Parábolas e nos Milagres de Jesus

Ao longo de seu ministério na Terra Jesus ensinava, contava parábolas e realizava milagres. Enquanto suas parábolas ilustravam o reino de Deus, os milagres eram a manifestação concreta da chegada desse reino. 

Sim, com Jesus o reino de Deus chegou! 

Compreender, portanto, as parábolas e os milagres de Jesus, nos ajudam a compreendermos melhor o próprio reino de Deus. Pensando nisso, preparamos duas séries em nosso Canal no Youtube, uma sobre os Milagres e outra sobre as Parábolas de Jesus. 

Caso você se interesse, temos ainda as parábolas em forma de um curso que você pode fazer pela internet: CLIQUE AQUI.
Confira aqui o primeiro vídeo da série sobre os milagres de Jesus. trata-se da vez em que Jesus transformou água em vinho.

domingo, 21 de fevereiro de 2021

Jesus Não é o Caminho Para Deus

Por: Rodomar Ricardo Ramlow


Seja como uma afirmação de fé ou, seja para negar a sua verdade, você também já deve ter escutado a frase de que todos os caminhos levam a Deus

Sim, alguns creem que não importa em que ou em quem se creia. No fim, é tudo a mesma coisa. 
Outros discordam. Creem que se há um Deus Ele não é determinado pela nossa subjetividade, mas, é uma realidade que está para além de nós. Logo, há uma verdade que importa descobrir e crer. 

Para o cristão a segunda opção parece óbvia. Afinal de contas todo cristão que conhece as Escrituras, especialmente o Evangelho, já leu quando Jesus Cristo fez a seguinte afirmação: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14.6). 

Jesus é exclusivo. Único. Ele é o caminho e não uma possibilidade entre outros. Porém, resta ainda algo a ser melhor compreendido aqui. Jesus é o caminho, mas, não o caminho para Deus. 

O que isso significa? 

Para compreendermos isso melhor vamos recorrer ao nosso dia a dia e àquilo que sabemos da realidade. O que é um caminho? 

Um caminho, uma trilha, uma estrada, uma rodovia. Não importa, tudo isso tem, no fundo, o mesmo objetivo. É o meio que nos leva até outro lugar. Pensando bem, a verdade é que o caminho, em si, não nos leva a lugar nenhum. Nós é que precisamos nos colocar no caminho se desejarmos chegar lá. Se eu descer o pequeno elevado que dá da minha casa até a rua, encontrarei, de imediato, duas direções possíveis: posso descer a rua, à direita, ou, subir, na direção da rodovia. Se decidir pela esquerda, logo encontrarei três novas opções: a direita, a esquerda ou, atravessar e seguir rumo a outro bairro. Enfim, muitos caminhos, muitas possibilidades de destino. 

Quando nós pensamos no caminho como um meio, acabamos simplesmente, dando menos importância a ele. Imagine só: você está em Porto Alegre. Deseja chegar na cidade de Gramado. Por mais que haja um belo caminho, com atrações e belezas ao longo das rodovias, o mais importante no processo são você e o lugar onde você deseja chegar. Alguém poderia lembrar ainda que existem mais caminhos do que apenas um para se fazer esta viagem. O que seria verdade. 

Em que tudo isso pode nos ajudar na compreensão daquilo que Jesus está nos dizendo no Evangelho de João? Antes de afirmar ser ‘o’ caminho, Jesus diz algo que nem sempre lemos com a devida atenção. O contexto é que Jesus está oferecendo palavras de conforto, ânimo e esperança aos discípulos. E, então, entre outras coisas, ele diz que “vocês conhecem o caminho para onde vou” (João 14.4). Isso, para logo depois, dizer que é, Ele mesmo, o caminho. 

Como entender isso? 

Jesus estaria a caminho de Deus ou seria Ele o caminho para Deus? Atrevo-me a dizer que a resposta é: nem uma coisa e nem outra. Já dissemos que em nossa experiência os caminhos e rodovias não passam de referências secundárias, um meio para nos levar aonde realmente desejamos ir. Depois que chegamos ao nosso destino, o caminho fica para trás. Sequer pensamos mais nele. 

Será que é este o tipo de caminho que vemos em Jesus? Ele não passa de um meio para os nossos próprios objetivos? E, quando alcançamos aquilo que queremos nós, simplesmente, o esquecemos!? No máximo o procuraremos novamente quando precisarmos chegar a outros lugares!? Ou, quem sabe, para obtermos outras coisas!?

Lamentavelmente a nossa cultura utilitarista, em que nos acostumamos a usar tudo para satisfação de nossos próprios interesses, pode acabar desenvolvendo esse tipo de relação também com Deus. O primeiro detalhe é que Jesus não disse que ‘vocês conhecem o caminho por onde vou’. A preposição ‘por’ designa a maneira mais usual com que nós nos referimos aos caminhos: um meio para se chegar a algum lugar. Mas, Jesus diz ‘vocês conhecem o caminho para onde vou’. O sentido muda com a preposição ‘para’ que exprime direção ou lugar de destino. 

  • Resumindo: Jesus não fala de um caminho no sentido de um ‘meio’ mas de um destino, ou, um ‘lugar’ onde estar. 

Ao dizer que está no caminho e, ao mesmo tempo, que é o caminho, Jesus está reafirmando outro ponto que Ele deixará evidente mais adiante: “Quem me vê, vê o Pai” (João 14.9). Enfim, é como se Jesus estivesse dizendo: Aquele que está em mim está no caminho. Aquele que está no caminho está em mim. 

Isso quer dizer que Jesus não é um meio para se chegar a Deus ou a qualquer outro destino. Aqui, o caminho é o destino. Quem viver preocupado com um destino que relativiza o caminho, perderá ambos, o caminho e o destino. 

Você não crê que eu estou no Pai e que o Pai está em mim?” (João 14.10), arremata Jesus. 

Você crê que Jesus está no caminho e que o caminho é Ele? 

Em Jesus, caminho e destino se confundem numa única paisagem. O discipulado consiste em aprendermos a desfrutar de ambos, do caminho que é destino e do destino que é caminho. 

Podemos parar de correr atrás do carro como cachorros ansiosos. Pois quando focamos só e demais um destino, em algum momento vai acontecer de o carro parar com o pneu ao alcance dos dentes, então pararemos também, sem sabermos o que fazer. 

Se não soubermos desfrutar de uma vida com Jesus hoje, o que achamos que vai ser depois, quando Ele retornar?

sábado, 20 de fevereiro de 2021

As Parábolas de Jesus

Você já conhece o nosso Canal no Youtube

Não??? 

Então, com este post, queremos convidar você a conhecer, assistir e curtir os vídeos lá. Se o conteúdo for de interesse gostaríamos de desafiar você também a Inscrever-se em nosso Canal. Já são mais de cem vídeos com conteúdos dos mais variados. 

Prezamos sempre por conteúdos relevantes a partir de pesquisa séria e fundamentação bíblica. 

Uma das maneiras que Jesus utilizava para ensinar era contando parábolas. Em nosso canal você encontrará 10 destas parábolas de Jesus sendo explicadas, valorizando o contexto da época e sua mensagem para os dias atuais. Dê uma conferida lá!


sábado, 6 de fevereiro de 2021

Tendências na Igreja Pós Pandemia (4)

 4. Crescimento das micro igrejas

Não é nenhuma novidade que desde os tempos bíblicos a igreja se reuniu em casas de cristãos para compartilharem da sua fé, orarem e aprenderem sobre Jesus. Com o passar do tempo, a Igreja foi criando instituições e, acelerando o vídeo da história, chegamos às mega igrejas, com templos enormes e capacidade para milhares de pessoas. 


Toda essa compreensão da igreja envolvendo a sua organização, forma e programas sempre foi desafiada pela organicidade da Igreja de Jesus. A Igreja como o corpo de Cristo é, antes de qualquer outra coisa, formada por pessoas. São estas pessoas que criam estruturas, instituições, templos e programas. 

O problema começa quando essas estruturas passam a ocupar o centro dos esforços e da atenção, relegando o Evangelho e a missão de Deus para segundo plano. Uma igreja consciente, porém, que permanece focada na missão de Deus, sempre se perguntará pelas melhores estruturas à serviço da missão em sua própria época e contexto. 

O movimento da Reforma Protestante nos legou a máxima 'Igreja Reformada Sempre Reformando'. Mudanças são inevitáveis. Quando falamos da Igreja de Jesus Cristo, a mensagem, a partir da revelação de Deus, é uma essência imutável, inegociável. Tudo o mais, no entanto, é recipiente que pode ter suas variadas formas. 

O mundo vem revelando um crescimento das micro igrejas, ou seja, pequenos grupos de cristãos que se reúnem nos mais diversos lugares: casas, clubes, praças, saguões de hotel, Cafés, restaurantes, cinemas, parques e etc. O movimento da igreja em 'células' ou em pequenos grupos também não representa nenhuma novidade. 

De que nós estamos realmente falando, aqui, então? 

Existe uma forte tendência que leva a uma nova onda, um impulso no movimento de micro igrejas. As pessoas vão preferir algo consistente, próximo, mais autêntico. A igreja pequena permite um senso comunitário que os grandes eventos não são capazes de suprir. As aglomerações são artificiais em termos de contato pessoal verdadeiro. 

Isso não significa que as mega igrejas e os grandes eventos serão imediatamente extintos. Mas, certamente, quem insistir em apostar aí todas as suas fichas se verá fortemente desafiado. As pequenas igrejas também representarão grande desafio. Os pastores em tempo integral serão cada vez mais raros. A formação teológica tende a ser mais diluída, precária e sincrética. Nada, porém, tão diferente do que vivido pela igreja primitiva.


Nosso Site: www.teologiamissional.com.br

sábado, 23 de janeiro de 2021

Tendências na Igreja Pós Pandemia (3)

3. Os idosos serão maioria na igreja

Continuamos falando sobre tendências. Uma tendência geral na população ocidental é o aumento na expectativa de vida. No caso do Brasil, se compararmos o ano de 2019 com o de 1940, por exemplo, houve um aumento de 31,1 anos na expectativa, ou, na esperança de vida da população. Isso significa que se há oitenta anos atrás a expectativa de vida girava em torno dos 46 anos, hoje espera-se viver pelo menos até os 77 anos de vida. 


Existe um certo consenso em classificar os indivíduos em quatro gerações. Além de características comportamentais, cada uma delas é identificada pelo período em que nasceu: 


1. Baby Boomers - são os nascidos entre 1945 e 1964. 
2. Geração X - compreende o período de 1965 a 1984. 
3. Geração Y - composta por quem nasceu entre 1985 e 1999. 
4. Geração Z - aqueles que nasceram a partir do ano 2000. 

O nosso objetivo, aqui, não consiste em fazer uma análise mais aprofundada de cada geração. Trata-se, apenas, de uma maneira de ver e, comparando, por exemplo, com a expectativa de vida, perceber que há uma tendência, cada vez mais, de termos os Boomers e os X por muito tempo entre nós. Logo, o público das igrejas tende a ser de pessoas mais maduras. 

Embora, por um lado, uma igreja composta apenas por idosos seja um sinal de alerta, por outro, uma igreja composta, em sua maioria, de idosos, é uma tendência. Resultado natural da longevidade. 

Sabemos também que as gerações Boomers e X ainda possuem uma característica mais conservadora, de manterem tradições familiares e religiosas. Podem ver na igreja um símbolo de estabilidade. Coisa que as gerações mais recentes, que cresceram em meio a transformação digital, já não valorizam tanto. 

Confira a mudança na faixa etária do brasileiro entre os anos 1980-2060:
 

Fica o desafio para as igrejas: 
Como ser igreja nesses tempos multigeracionais? 
Como trabalhar e capacitar a igreja composta, em sua maioria, com pessoas acima dos 50, 60 anos de idade e, ao mesmo tempo, lidar com o desafio de alcançar as novas gerações com o Evangelho?

Confira a fala do palestrante especialista em tendências e inovação, Alexandre Correa Lima nessa entrevista à Canção Nova:
 

Sabemos que esta é uma tendência que não está diretamente relacionada à pandemia, mas, se uma igreja não está considerando como será o envolvimento de adultos idosos na igreja local, já está atrasada.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Tendências na Igreja Pós Pandemia (2)

 2. Aceleração do Declínio das Denominações Tradicionais 

Quando falamos em tendências, é isso: uma inclinação, uma provável direção para onde as coisas podem se mover. Quer dizer que há indícios de que as coisas parecem concorrer para aquela determinada direção. Porém, não se trata de nenhum exercício de adivinhação ou de futurologia.


Com relação a este segundo caso, pode ser que haja uma aceleração no declínio de denominações cristãs históricas. Como já colocado na tendência anterior, uma eventual diminuição na frequência de membros aos programas da igreja, reforçaria aquilo que, agora, dizemos aqui. 

Não estamos falando do declínio da Igreja de Jesus Cristo. Sequer dos movimentos locais dessa igreja. Estamos nos referindo às denominações históricas tradicionais. Não é nenhuma novidade que estas já vem demonstrando seu declínio há algum tempo. 

Grandes instituições, com seu legado histórico e também grande peso burocrático, encontram maior resistência e são menos ágeis diante da necessidade de mudanças. E, se há uma realidade de rápidas mudanças ocorrendo, esta época é agora. 

Já não bastasse o avanço natural na tecnologia, a pandemia veio para acelerar tudo isso de um modo jamais visto. Não há dúvidas de que um decréscimo na participação das pessoas aos programas da igreja inevitavelmente levará também à diminuição de receitas. O quanto as organizações estão preparadas para lidarem com isso e se readequarem? 

A exemplo do estado, muitas denominações se organizaram em estruturas pesadas, burocráticas, caras e ineficientes. A crise da hora pode ser uma oportunidade ou, simplesmente, mais um golpe sobre denominações decadentes. Talvez, para algumas, um golpe de misericórdia fatal!

A oportunidade também pode estar se apresentando. Muitas pessoas estão cansadas de mensagens rasas, com propostas de igrejas personalistas e que abusam da fé dos seus fiéis. Como aproveitar o que resta de um legado de seriedade e sobriedade que ainda é reconhecido por alguns quando o assunto é uma igreja histórica? 

A realidade mostra também que abrem inúmeras igrejas independentes enquanto que, por outro lado, congregações ligadas a denominações histórias vem fechando as portas. Como lidar com esta tendência mais orgânica, informal e que se organiza em redes frente a herança institucional, de paróquias e ocupação geográfica? 

Aos líderes e pastores cabe a reflexão e o planejamento. O que teremos daí só o tempo dirá!

domingo, 10 de janeiro de 2021

Tendências na Igreja Pós Pandemia (1)

1. Diminuição na frequência aos Cultos 

Por razões diversas, pessoas que antes participavam regularmente do culto numa igreja local não retornarão para essa rotina quando a pandemia passar. 
Entre as razões podemos conjecturar que essas pessoas encontraram outro local para congregar. A diversidade de programações online levou muitos cristãos a conhecerem diferentes igrejas, pastores e estilos de pregação. 

Outra razão, pode ser, que simplesmente a pessoa não acredite mais que faz alguma diferença frequentar os cultos numa igreja local. Seja porque simplesmente acha irrelevante e não pretende mais fazê-lo, ou, porque passou a acreditar que basta consumir os programas online que continuarão a ser ofertados. 

Fato é que os pastores devem estar preparados para uma diminuição na frequência de seus cultos. Esta será uma tendência mais comum nas igrejas maiores. Em congregações menores a recuperação poderá se notar com mais rapidez. 

Fica o desafio para que pastores e lideranças pensem como pretendem lidar com esta situação.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Vinho, Café e Igreja

O desenvolvimento do paladar e o consumismo nos modelos de igreja

Bebidas como o vinho e o café possuem características em comum. Ambas podem ser encontradas numa variedade quase infinita. 

Eu cresci em meio aos cafezais. Estados como Minas Gerais e Espírito Santo são ricos nessa cultura que fascina tantas pessoas. Além das características dos diferentes cafés é possível falar também de variedade e qualidade. 

Hoje moro numa região de vinícolas. A serra gaúcha é famosa por seus parreirais, uvas, sucos e vinhos. Em minhas andanças pelo sul do nosso Brasil fui descobrindo que, assim como fazíamos no interior do estado do Espírito Santo, colhendo, secando, torrando, moendo e passando o nosso próprio café, também muitos pequenos produtores de uvas fazem o seu suco e o seu vinho artesanal. 

Relembrando aquela experiência com o café, uma coisa que hoje consigo discernir é que não havia muita preocupação em procurar fazer algo requintado, especial, diferenciado. As famílias simplesmente tomavam café. Era aquele único café: preto, puro, geralmente servido num copo americano. Especialmente o café do tipo arábica que, diziam, é mais próprio para se beber. Os gostos não estavam num refinamento que discerne as sutilezas do sabor de um 'bom' café. Podia variar na torra, se mais fraco ou mais forte, mais quente ou mais frio, com o sem açúcar. Geralmente ficava por aí! Assim, a maioria dos produtores de café, falando especialmente dos pequenos produtores, talvez ainda hoje jamais tenham provado aquilo que nos grandes centros se toma como um 'bom' café, os cafés finos e tal. Eles tomam café com pão, com  brote, com bolo, com língua (expressão utilizada quando a situação era precária e não havia o que comer - só tinha mesmo o cafezinho puro, sem nada pra comer ou acompanhar).

Especialistas concordam que o paladar do ser humano é treinado. Podemos desenvolver o gosto pelas coisas. Existe, inclusive, a expressão 'alfabetizar o paladar'. Quem nunca lutou contra a dificuldade de fazer as crianças comerem coisas saudáveis? 

Para não tornar essa introdução longa demais, fato é que se insistirmos em provar diferentes vinhos bem como diferentes cafés, notaremos que, com o tempo, não conseguiremos mais tomar aquelas bebidas feitas de qualquer jeito, ignorando as característica do fruto, a falta de cuidado no processo de produção, desatenção à qualidade da matéria prima. Diríamos agora que não mais tomamos café ou vinho. Somos apreciadores de um bom café ou um bom vinho. Nunca mais você conseguiu ir ao supermercado e sair de lá com um daqueles garrafões de vinho barato ou com uma lata de café solúvel. 

Se você ficou curioso para saber aonde pretendo seguir com essa conversa toda ou, o que isso tem a ver com esse blog, eu digo: muitas igrejas, com um desejo e um planejamento bem intencionado de serem missionais, contemporâneas, seguiram bons princípios que geraram crescimento da congregação, maior frequência aos cultos e programas da igreja. Assim como bons cafés e bons vinhos miram um público mais seleto, de gosto refinado, muitas igrejas também trataram de aprender com os Shopping Centers.

Aplicaram princípios que melhoraram a qualidade de suas instalações, oferecendo banheiros limpos e cheirosos, espaços amplos e confortáveis, estacionamentos próprios e seguros, espaços e programas excelentes para as crianças, uma pregação cativante, com temas inspiradores e atuais, músicos profissionais capazes de conduzir a uma experiencia de adoração envolvente, tudo com um planejamento de comunicação e marketing profissional, garantindo que a semana seguinte será ainda melhor. Nada disso é, em si, ruim. Assim como não há qualquer problema em querermos desfrutar de um bom vinho. O problema é que, assim como quem desenvolveu seu paladar para apreciar um bom café e um bom vinho não consegue mais tomar 'qualquer' café, 'qualquer' vinho, essa ênfase no crescimento da igreja, na igreja atraente, confortável e sofisticada, acaba focando um público seleto, um segmento classe média da sociedade já bastante acostumado com esse tratamento vip. Um pessoal exigente. Outros, que em termos de experiencia de igreja, foram mimados e tiveram seus 'paladar' eclesiástico alfabetizado nesses novos modelos, caso um dia se mudem, ou, se decepcionem e queiram procurar outra igreja, dificilmente se acostumarão novamente aos modelos, digamos, 'artesanais' ou, simplesmente, tradicionais de igreja. 

Os garrafões toscos, as garrafas pet, as latas e vidros de solúvel, foram feitos para as massas. É o simples e barato que não atrai mais. Minha coleção de rolhas revela que aprendi a apreciar as coisas finas!

Essas pessoas peregrinarão em busca, não do Evangelho, mas, de uma experiencia de consumo satisfatória para elas. É o que Alan Hirsch chama de modelo de igreja alternativa que, geralmente, se apresentam como espaços atraentes ao cliente que busca por espiritualidade e experiência religiosa. O problema é que esse tipo de proposta sempre poderá ser superada por outra. E, o consumidor tende a optar por aquele que lhe oferece maiores vantagens ou, algo mais ao seu 'gosto'. Não surpreende termos um público que se declara cristão ao mesmo tempo que não consegue se encontrar em nenhuma comunidade local. 

O mercado de consumo forma consumidores ávidos pela novidade, pela próxima degustação, de preferência, grátis! 

O primeiro milagre de Jesus foi transformar água em vinho em uma festa. E, ao que tudo indica, foi um bom vinho. Não há nenhum problema em aprendermos a apreciar e a desenvolver coisas boas. Deus criou o mundo e na sua avaliação tudo era bom, muito bom. Nossos ambientes, programas e estruturas não precisam ser algo precário, sujo, remendado, escorado, desconfortável. Jamais. 

No entanto, cabe o desafio de refletirmos se estamos conseguindo desafiar as pessoas com o Evangelho de Jesus Cristo, atuando para formar comunidades de fé, ou, simplesmente temos investido tempo, recursos e energias para satisfazer um ímpeto consumista que confunde a fé com produtos bem embalados em mensagens de auto ajuda. Uma coisa é satisfazer consumidores. Outra é fazer discípulos. O que Jesus pediu é o segundo. Nas palavras de Alan Hirsch, "o consumo é prejudicial ao discipulado". 

Por mais que possamos desenvolver o nosso paladar para as boas coisas da vida, o indispensável continuará sendo aquilo que nutre, matando a sede e a fome todos os dias.

Você já conhece o nosso site?

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terça-feira, 15 de dezembro de 2020

A Igreja Missional na Bíblia

 Para você que se interessa pelo tema da Igreja Missional, sugerimos este excelente livro de Michael Goheen. Trata-se de uma abordagem prática e objetiva, perpassando pela Bíblia em busca da compreensão missional. CLIQUE AQUI para adquirir.

O autor é um dos maiores especialistas sobre o tema. O texto é dinâmico e a leitura é agradável!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

As Parábolas de Jesus

 Você também é um admirador das parábolas que Jesus contou?

Nos Evangelhos nós encontraremos quase 40 parábolas contadas pelo mestre ao longo de seu ministério. Em nosso Canal no Youtube comentamos algumas delas. 

Nesta primeira temporada da série nós escolhemos 10 parábolas de Jesus para comentar e, assim, oferecer a essência da mensagem destas parábolas pra você. 

CLIQUE AQUI para acessar a Playlist. 

Tem mais! Estamos disponibilizando um curso sobre as Parábolas. Interpretar bem o texto bíblico é fundamental para todo e qualquer cristão. Ainda mais para pastores, pregadores, líderes de pequenos grupos e estudantes de teologia. 

INSCREVA-SE no curso As Parábolas de Jesus AQUI.