terça-feira, 6 de junho de 2023

Onde Começa o Estresse do Pastor?

O estresse pode começar pequeno. Descubra como lidar com os microestresses para um ministério mais saudável 

Ser pastor é uma tarefa desafiadora. Enfrentar as demandas da igreja, tomar decisões constantes, lidar com críticas e cuidar das necessidades emocionais e espirituais das pessoas pode ser esgotante. Nesse contexto, surge o que poderíamos chamar de microestresses, pequenos fatores que, somados, podem levar a um colapso total. 

Você já ouviu falar sobre os microestresses? Talvez não, mas esses vilões silenciosos são reais e afetam muitos pastores em seu dia a dia. Para ajudá-lo a compreender melhor essa questão vamos explorar os nove microestresses mais comuns enfrentados pelos pastores.


Os microestresses da tomada de decisão: Pastores estão constantemente tomando decisões, desde questões financeiras da igreja até aconselhamento pastoral. O acúmulo dessas decisões pode levar à fadiga mental. A solução é estar ciente e descobrir maneiras de lidar com isso. 

Os microestresses dos comentários críticos: Críticas são parte da vida de um pastor. Lidar com elas pode ser difícil e afetar a autoconfiança e até mesmo a saúde emocional. Aprenda a filtrar as críticas construtivas e a não levar tudo para o lado pessoal. 

Os microestresses das emoções extremas: Ser pastor envolve acompanhar as alegrias e tristezas da igreja. Celebrações e lutos se entrelaçam, e essa montanha-russa emocional pode ser desgastante. Encontre formas de cuidar da sua própria saúde emocional. 

Os microestresses do teólogo disponível: Pastores são frequentemente bombardeados com perguntas teológicas e bíblicas. Lidar com essa demanda constante pode ser desafiador, mas é importante estabelecer limites saudáveis e buscar apoio quando necessário. 

Os microestresses do cuidado pastoral: Fazer o cuidado pastoral é essencial, mas também pode trazer  sobrecarga. As demandas das pessoas podem parecer esmagadoras. Aprenda a estabelecer prioridades e a buscar suporte numa equipe ministerial.

Os microestresses dos prazos: A preparação e pregação de sermões semanais é uma realidade para a maioria dos pastores. Os prazos constantes podem ser estressantes, mas técnicas de organização e planejamento podem ajudar a aliviar essa pressão.

Os microestresses da falta de onipotência: Pastores são frequentemente vistos como "faz-tudo", mas ninguém é especialista em tudo. Reconheça suas limitações e aprenda a delegar e buscar ajuda em áreas em que você não é especializado.

Os microestresses das falhas familiares: Conciliar a vida familiar e o ministério é um desafio constante. Lembre-se de que sua família é sua prioridade e aprenda a estabelecer limites saudáveis para garantir tempo de qualidade com seus entes queridos. 

Os microestresses dos pagamentos de contas: Muitos pastores enfrentam dificuldades financeiras, apesar do mito de que são superpagos. Aprenda a administrar suas finanças de forma prudente e busque apoio em questões financeiras. 

Esses foram apenas alguns microestresses mais comuns enfrentados pelos pastores. É importante que você busque estratégias eficazes para lidar com esses desafios e promover um ministério mais saudável e equilibrado.

segunda-feira, 5 de junho de 2023

O Grande Motivo pelo Qual a Frequência nas Igrejas Está Diminuindo

Qual seria o grande motivo pelo qual a frequência nas igrejas está diminuindo? Será que estamos diante do desafio de resgatar a importância de retornar às raízes da Fé Cristã? 
 
Você já parou para pensar por que cada vez menos pessoas estão frequentando as igrejas? O declínio na participação tem sido uma realidade preocupante, mas poucos líderes pastores compreendem o verdadeiro motivo por trás dessa tendência. Recentemente, uma pesquisa de grande magnitude revelou um fator determinante que explica essa diminuição e lança luz sobre o que pode ser feito para reverter esse cenário preocupante.


Segundo a pesquisa realizada pela PRRI, o principal motivo pelo qual as pessoas estão comparecendo menos ou abandonando totalmente as igrejas é que elas "deixaram de acreditar nos ensinamentos da religião". Esse motivo foi citado por 56% dos entrevistados, superando todos os outros. Percebe-se, portanto, que a falta de crença nas doutrinas religiosas é o elemento central por trás da diminuição na frequência às igrejas. 

 Uma reflexão interessante surge a partir desse dado: será que essas pessoas realmente conheciam e compreendiam os ensinamentos da igreja? Parece que a falta de conhecimento e a inadequada transmissão dos princípios bíblicos e da fé cristã estão diretamente ligadas ao problema da assimilação e desistência. 

É fundamental reconhecer que nossas igrejas precisam investir mais na educação e no ensino da Bíblia e dos fundamentos essenciais da fé. 

A Importância do Retorno às Raízes: A partir de estudos sobre a saúde das igrejas, incluindo a pesquisa realizada pela PRRI, torna-se evidente que existem dois pontos alarmantes: a redução significativa do evangelismo e a negação dos princípios essenciais da fé cristã por parte dos membros da igreja. Diante dessa constatação, é fundamental que voltemos nossa atenção para as bases sólidas da fé e priorizemos a imersão dos membros da igreja na Bíblia. 

Ações para Reverter a Tendência: 

Embora não exista uma solução mágica, há três ações principais que podem ser adotadas pelas igrejas:

1. Reinicie o processo com um estudo abrangente sobre os princípios essenciais da fé cristã em toda a congregação. É essencial proporcionar oportunidades para que os membros conheçam profundamente os ensinamentos bíblicos. 

2. Fortaleça o ensino bíblico nos pequenos grupos e nas demais atividades e programas da igreja. Embora existam muitos materiais de estudo disponíveis, a pesquisa indica que é necessário priorizar um ensino mais direto e explícito da Bíblia nesses ambientes. 

3. Incentive os membros da igreja a terem um contato diário com a Bíblia. Não se trata apenas de oferecer um plano de leitura bíblica no início do ano, mas de encorajar a permanência na Palavra de Deus.

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VÍDEO:  Nove Sinais de que uma Igreja Pode Estar Morrendo

sábado, 3 de junho de 2023

O Futuro do Trabalho na Igreja: Nove Realidades que Você Talvez não Conheça

Qual será o futuro do trabalho no que diz respeito à igreja?

IA. Robótica. Trabalho remoto. O desaparecimento dos gerentes intermediários. O estresse dos trabalhadores da classe operária e de serviços. Trabalhos temporários e "bicos". 

As manchetes afirmam o óbvio. O trabalho está mudando. A pandemia acelerou essa mudança. Os trabalhadores estão se adaptando. As empresas estão se adaptando. O mercado está se adaptando. Mas, será que as igrejas estão se adaptando?

A maioria das igreja são pequenas. Não possuem recursos e estrutura para contratações além de um pastor. Aquelas que podem se perguntam: "Qual é a próxima pessoa que precisamos contratar em tempo integral?"

Na maioria das igrejas, essa não é a pergunta correta. De fato, a maioria das igrejas não tem ou não terá sequer a opção financeira para fazer essa pergunta. A melhor pergunta é: "Qual é o futuro do trabalho na igreja?"

À medida que os líderes da igreja fazem essa pergunta, a resposta se torna mais clara e relevante. Não temos todas as respostas para essa questão. Os sinais da atualidade indicam sinais a serem considerados. Apresentamos a seguir nove realidades para líderes e membros de igrejas.



1. Os encontros para adoração presenciais serão mais importantes. As igrejas devem ajustar sua equipe de acordo com essa realidade. Com o aumento do trabalho remoto e das comunicações digitais, o desejo por conexões presenciais está crescendo. A igreja é o lugar onde esse tipo de conexão deve ocorrer. 

 2. A maioria das igrejas, daqui a cinco anos, terá uma organização não eclesiástica usando suas instalações durante a semana. Bem, se não for assim, a estrutura física se tornará cada menos viável. O futuro do trabalho da igreja não estará em um prédio ou templo da igreja durante cinco ou seis dias por semana. 

3. Os pequenos grupos serão ainda mais vitais para a saúde das igrejas locais. As igrejas devem ajustar sua equipe de liderança de acordo com essa realidade. O desejo por comunidade presencial vai além dos cultos de adoração. O ensino bíblico, o serviço, o discipulado, o evangelismo e os relacionamentos acontecerão nos grupos pequenos. 

4. Os trabalhadores de escritório vão desaparecer. Eles serão amplamente substituídos por trabalhadores virtuais, cuja eficiência pode ser duas a três vezes maior. Em outras palavras, um trabalhador virtual de 20 horas pode substituir dois trabalhadores de escritório de 40 horas. 

5. Ministros em tempo parcial serão cada vez mais uma opção. Ministros em tempo integral estão desaparecendo rapidamente nos Estados Unidos. Talvez esta não seja uma tendência que fique restrita ao território norte americano. As últimas décadas revelam uma diminuição surpreendente na frequência média de uma igreja. Atualmente gira em torno de 65 pessoas, comparado a 137 em 2000. A maioria das igrejas hoje não pode arcar com ministros em tempo integral. A maioria das igrejas que contam com menos de 100 pessoas na frequência não possuem mais de um funcionário ministerial em tempo integral, geralmente o pastor. O número de igrejas menores está aumentando, o que significa mais ministros em tempo parcial. 

6. Devemos estar preparados para a predominância de ministros dividindo sua vocação em mais de uma frente de atividade. Isso está se tornando rapidamente uma realidade. 

7. O futuro do trabalho exigirá mais "formação" dos pastores em nossas igrejas. Essa realidade exigirá formação e educação ministerial rápidas, viáveis e de fácil acesso. 

8. Pastores e líderes ministério devem se preparar agora para essa nova realidade. Não apenas devem preparar suas igrejas, mas também precisam se fazer a pergunta: "O que faço se tiver que me tornar um pastor em tempo parcial? Como eu poderia dividir o meu tempo atuando em outra área profissional?" 

9. A tecnologia continuará a mudar o trabalho do cuidado pastoral. Desde a COVID-19, mais membros da igreja aceitam ser atendidos via telefonema, chamada de vídeos e outros recursos tecnológicos enquanto estão num hospital e confinados em casa. Muitos demonstram estarem bem com  uma ligação, uma mensagem de texto ou uma oração pelo Zoom. O cuidado pastoral consome tempo, mas há eficiências crescentes na tecnologia que são boas soluções para os membros da igreja. 

Como você vê o futuro da igreja no que se refere á novas tecnologias e ao trabalho pastoral? Conte-nos nos comentários.


Não Espere Grandes Mudanças Pelas Vias Oficiais

sábado, 22 de outubro de 2022

A Verdade

A verdade. Uma teoria? Uma ideia? Um fato? 

O que é a verdade? 

Jesus, quando preso, foi interrogado por Pilatos. A história é conhecida aos que leem a Bíblia. Tanto o poder religioso como os poderes políticos estavam incomodados com aquele jovem galileu ousado, desafiador, polêmico. Jesus falava de algo que gerava incômodo aos poderosos. Aqueles que precisavam manter seu discurso, as aparências, o controle, viam em Jesus um risco. "Você é o rei dos judeus", questiona Pilatos (João 18.33). 

Como responder a essa pergunta da maneira correta considerando que estava sendo feita pela perspectiva errada? 

Perguntou-lhe Jesus: "Essa pergunta é tua, ou outros te falaram a meu respeito?" (João 18.34) 
É uma dúvida sincera, autêntica e está realmente incomodando você que eu possa ser um Rei? Ou é apenas algo que colocaram na tua boca? O que realmente preocupa você? 

Respondeu Pilatos: "Acaso sou judeu? Foram o seu povo e os chefes dos sacerdotes que entregaram você a mim. Que é que você fez?" (João 18.35). 

Pilatos pareceu impaciente em ter que se ocupar com um problema que nem era dele. Um rei? Um novo reino? De quem? Onde? Esse galileuzinho!? Um rei? Poderia ser ele mesmo uma ameaça? Ameaça a quê? 

Disse Jesus: "O meu Reino não é deste mundo. Se fosse, os meus servos lutariam para impedir que os judeus me prendessem. Mas agora o meu Reino não é daqui" (João 18.36). Se Jesus tinha trabalho até para convencer o seu grupo de discípulos mais imediatas sobre a natureza real de seu reino, imagine diante desses usurpadores metidos a poderosos em sua pompa e títulos de grandeza! 

"Então, você é rei!", disse Pilatos (João 18.37). A ironia e a zombaria dessa resposta se confirmariam no modo que Jesus foi ornamentado (coroa de espinhos e a inscrição 'rei dos judeus') para a crucificação (Ver João 19). 

Jesus respondeu: "Tu dizes que sou rei. De fato, por esta razão nasci e para isto vim ao mundo: para testemunhar da verdade. Todos os que são da verdade me ouvem" (João 18.37). 

"Que é a verdade?", perguntou Pilatos (João 18.38). A pergunta de Pilatos acabaria se tornando famosa. Muitos tem tratado a questão ao longo dos séculos. Há quem diga que diante da pergunta pela verdade Jesus se calou. Querem indicar, talvez, que nem mesmo Cristo ousaria dar uma resposta e definir o que seria a verdade. 

Quando dois mundos diferentes se encontram, as palavras podem ser proferidas a partir de realidades conflitantes. A maneira como a cena, no relato de João, é cortada, não indica tanto um Jesus que permanece mudo diante de um Pilatos ansioso por uma resposta. Antes parece revelar um político pouco interessado em que Jesus teria a dizer. 

Pilatos saiu imediatamente dando ao povo a escolha democrática de votar sobre quem queriam libertar, Jesus ou Barrabás. "Que é a verdade?", perguntou Pilatos. Ele disse isso e saiu novamente para onde estavam os judeus... (João 18.38). 

A escolha popular nós também conhecemos (João 18.40). No entanto, retornemos à questão: O que é a verdade? 

Se ficarmos apenas no capítulo 18 do Evangelho de João, poderíamos deduzir que é uma pergunta que ficou mesmo em aberto. Como sabemos, porém, Jesus entabulou muitos outros diálogos em sua trajetória na Antiga Palestina do primeiro século. Anteriormente, naquela ocasião respondendo à pergunta de um dos discípulos, Jesus parece indicar uma possível resposta. 

Disse-lhe Tomé: "Senhor, não sabemos para onde vais; como então podemos saber o caminho" (João 14.5). A resposta de Jesus revela que a verdade tem a ver com caminho e vida. Não é nenhuma abstração, nenhuma ideologia, nenhum conjunto de regras ou de ideias que uma pessoa pode se arrogar e com isso dar na cara de alguém. Jesus não cita nenhum grande filósofo grego (que naquela altura da história já ostentava nomes famosos como Sócrates, Platão e Aristóteles). Ele também não tira do alforge nenhum livro ou manuscrito. Jesus também não começa a formular, ele mesmo, uma bela teoria a respeito da verdade. 

A resposta, assim como aconteceria com Pilatos depois, estava bem ali, diante dos discípulos.

Respondeu Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida" (João 14.6). Tal verdade não pode ser encontrada em meras discussões ou elaboradas argumentações. Não se trata de algo que podemos possuir para decretarmos que temos a razão sobre a verdade de outro alguém. Não pode ser convertida em arma ou argumento em guerras ideológicas e na projeção de egos carentes em busca de autoafirmação. Não. A verdade não é monopólio de nenhum pecador. Tudo o que podemos diante dela é buscar conhecê-la por meio de um relacionamento que transcende a mera racionalização fria e abstrata. Não tem tanto a ver com saber algo, mas em conhecer alguém. 

"Se vocês realmente me conhecessem..." (João 14:7). 

Das ironias em tudo isso, mais uma se escancara diante de todos. É mais uma daquelas coisas que nossos avós diriam: "não veem aquilo que está diante do próprio nariz". Quando Jesus veio para fora, usando a coroa de espinhos e a capa de púrpura, disse-lhes Pilatos: "Eis o homem!" (João 19.5).

quinta-feira, 30 de junho de 2022

Janelas e Espelhos

O que é uma rede social? 
Ora, é uma espécie de arquivo onde as pessoas registram os pecados dos outros. 
Mas, inclusive os cristãos? Eles também fazem isso? Infelizmente, sim. 

Ninguém escapa da síndrome dos tempos de hoje: sinalizar virtude. As redes sociais se revelaram o meio perfeito para isso. Assim, as redes sociais se mostram o oposto daquilo que são as Sagradas Escrituras. Enquanto registramos os pecados dos outros nas timelines, o salmista reconhece que se o Senhor mantivesse um registro de nossos pecados, quem sobreviveria? (Salmo 130.3). 

Enquanto a Bíblia funciona mais como um espelho a revelar nossas próprias imperfeições, as redes sociais são encaradas como janelas cujo umbral inferior descansamos os cotovelos para observar as mazelas da vida alheia. 

As redes sociais nos colocam entre aqueles que confiam na própria justiça, para os quais Jesus contou a parábola do fariseu e do publicano (Lucas 18. 9-14). De forma mais ou menos clara, ou, mais ou menos dissimulada, nos curvamos diariamente em templos virtuais para bater no peito e declarar que não somos como os outros: ladrões, corruptos, adúlteros, abortistas, homossexuais, bolsonaristas, lulistas, isentões... 

Enquanto isso, as Sagradas Escrituras nos revelam um apóstolo humilhado ao se enxergar como realmente é: 

“Miserável homem eu que sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte?” (Romanos 7.24) 

O realismo cristão nos coloca a todos no mesmo barco. Navegando pelas redes da internet somos todos pecadores, carentes da graça e misericórdia de nosso Deus! 
Jesus nos convida, como povo da nova aliança, a também nas redes sociais demonstrarmos que vivemos por sua vocação de perdoar.

quarta-feira, 18 de maio de 2022

Expectativas e Falsas Esperanças

Falsas expectativas resultam em frustração. 
Abatidos, tristes, frustrados, confusos. Era este o estado de ânimo de duas pessoas que caminhavam pela estrada de Emaús. A promessa de revolucionário que eles seguiam e em quem depositavam suas esperanças estava morta com um corpo inerte colocado em um túmulo frio. 

 ‘...nós esperávamos que era ele que ia trazer a redenção, mas, o crucificaram’ (Lucas 24.20,21).

‘Nós esperávamos’. Quantas frustrações não passam de resultado de falsas esperanças? 

O que é falso engana facilmente porque se assemelha ao verdadeiro. Existe algo, mas, que está incompleto. O ‘estranho’ que se aproxima precisa ajudar aqueles desiludidos discípulos e tirarem o foco de si mesmos e de suas expectativas frustradas para verem o todo. 

E começando por Moisés e todos os profetas, explicou-lhes o que constava a respeito dele em todas as Escrituras” (Lucas 24.27). 

Não basta conhecer parte das Escrituras. Não é suficiente acreditar em algumas coisas que a Bíblia diz. Existe algo que só pode ser compreendido quando se enxerga o todo. 

Era necessário que se cumprisse tudo o que a meu respeito estava escrito” (Lucas 24.44) 

Para aqueles discípulos, que aguardavam um messias, as esperanças foram frustradas pela crucificação. Jesus junta-se a eles, expõe-lhes as Escrituras, revela-se no partir do pão para demonstrar que a cruz, é, na verdade, a esperança realizada. É onde os discípulos veem derrota que Jesus afirma estar a vitória. 

Para enxergarmos a ação de Deus na história precisamos redirecionar o foco. Isso acontece na exposição da Palavra e no partir do pão, na manifestação do Cristo vivo, a esperança realizada.

 



quarta-feira, 20 de abril de 2022

O TABERNÁCULO

“Na Tenda do Encontro, do lado de fora do véu que se encontra diante das tábuas da aliança, Arão e seus filhos manterão acesas as lâmpadas diante do Senhor, do entardecer até de manhã” (Êxodo 27.21) 

“...Deus que andava pelo jardim quando soprava a brisa do dia” (Gênesis 3.8) 

 “Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós" (João 1.14) 

 "Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus” (Apocalipse 21.3) 

 Deus sempre quis habitar entre nós!



sábado, 16 de abril de 2022

Graciosidade


A essência do ensino de Jesus consistia em anunciar que o Reino de Deus havia chegado (Mateus 3.2; 5.3; 10.7; 18.4; etc...). 
Sua afirmação antes da ascensão não deixa dúvidas: 
Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra” (Mateus 28.18)

Esse reino da era vindoura implica algo fundamental na vida daqueles que farão parte dele: 
Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento” (Mateus 22.37); “Ame o seu próximo como a si mesmo” (Mateus 22.39)

 Ainda assim, temos muitas dificuldades para compreendermos isso. Basta ver como as atitudes, palavras e decisões de tantos que se declaram cristãos revelam falta de amor e de misericórdia. As falas em redes sociais, então, destilam ressentimento, moralismo, egocentrismo e uma necessidade de sinalizar virtude, de alimentar um tipo de sensação de superioridade moral e um narcisismo doentio. 
É incrível como podemos facilmente cair na hipocrisia denunciada por Jesus nos religiosos fariseus. 

Sim. É verdade, o reino de Deus pede pessoas renovadas, com uma ética nova. Mas, convenhamos que esse não é o ponto de partida e nem o principal na obra de Cristo. A transformação não vem pelo ensino legalista de líderes religiosos, mas, pelo Evangelho. Uma coisa, portanto, que diferencia Jesus dos fariseus é a graciosidade!
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terça-feira, 15 de março de 2022

Sim, Deus Amou o Mundo...

A história que nos é revelada nas Escrituras não demonstra um Deus preocupado em apenas resgatar 'almas' humanas da terra como se o que importasse fosse apenas libertar espíritos puros de uma matéria corrompida. 
As Escrituras da tradição judaico-cristã começam com o relato de um Deus criando todas as coisas que existem. Ele cria tudo e tudo de forma que lhe permite constatar que ficou bom, muito bom (Gênesis 1.31). 
O apóstolo Paulo compreendia muito bem as implicações disso no projeto de redenção divina por meio de Jesus: 
"Pois foi do agrado de Deus que nele (Jesus) habitasse toda a plenitude, e por meio dele reconciliasse consigo todas as coisas, tanto as que estão na terra quanto as que estão no céu, estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz" (Colossenses 1.19,20)
Talvez você também já tenha escutado alguém sugerindo a leitura de João 3.16 de forma a substituir a palavra 'mundo' ali pelo seu nome, reforçando, assim, a falsa ideia individualista de que Deus se importa apenas com os seres humanos. Embora, sim, sejamos objeto do amor de Deus, a melhor maneira de lermos João 3.16 não é tirando a palavra mundo para colocar o meu próprio nome no lugar, mas, reconhecendo o plano abrangente da redenção de Deus: 
 "Deus tanto amou o mundo que Ele criou que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3.16)
Lembrando, ainda, que o texto continua assim: 
"Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele" (João 3.17). 
Ao reconhecermos o amor de Deus pela sua criação a ponto dele agir para restaurá-la não estamos, em nada, diminuindo a compreensão de seu amor por nós, afinal, fazemos parte, como seres feitos à sua imagem e semelhança, deste mundo de Deus.

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domingo, 13 de março de 2022

Use Bem o Cérebro

Talento, aplicado á mensagem bíblica para hoje, pode ser tudo aquilo que Deus nos confiou. Somos meros administradores daquilo que recebemos de Deus.
De todos os talentos, dons, recursos e capacidades que Deus nos concede, o nosso cérebro, a nossa inteligência, criatividade e imaginação constituem algo fantástico. Deus deseja que nós busquemos o entendimento das coisas. Ele inspirou pessoas para que registrassem a sua revelação por meio das Escrituras, a Bíblia. Nosso compromisso como cristãos, hoje, consiste em usar essa inteligência e, com auxílio do Espírito Santo, lermos e compreendermos as Escrituras. 
Não temos o direito de sermos negligentes diante dos talentos que Deus nos confiou e nem com a sua revelação que está disponível nas Escrituras. 
Como bem afirmou o pastor e missionário R. J. Rushdoony, 

"...um estudo teológico é também um ato de exorcismo intelectual, uma tentativa de expulsar os maus espíritos de algum tipo de pensamento herético e debilitante que enfraquece e alija a vida do homem e nosso entendimento da Palavra de Deus"