quarta-feira, 18 de maio de 2022

Expectativas e Falsas Esperanças

Falsas expectativas resultam em frustração. 
Abatidos, tristes, frustrados, confusos. Era este o estado de ânimo de duas pessoas que caminhavam pela estrada de Emaús. A promessa de revolucionário que eles seguiam e em quem depositavam suas esperanças estava morta com um corpo inerte colocado em um túmulo frio. 

 ‘...nós esperávamos que era ele que ia trazer a redenção, mas, o crucificaram’ (Lucas 24.20,21).

‘Nós esperávamos’. Quantas frustrações não passam de resultado de falsas esperanças? 

O que é falso engana facilmente porque se assemelha ao verdadeiro. Existe algo, mas, que está incompleto. O ‘estranho’ que se aproxima precisa ajudar aqueles desiludidos discípulos e tirarem o foco de si mesmos e de suas expectativas frustradas para verem o todo. 

E começando por Moisés e todos os profetas, explicou-lhes o que constava a respeito dele em todas as Escrituras” (Lucas 24.27). 

Não basta conhecer parte das Escrituras. Não é suficiente acreditar em algumas coisas que a Bíblia diz. Existe algo que só pode ser compreendido quando se enxerga o todo. 

Era necessário que se cumprisse tudo o que a meu respeito estava escrito” (Lucas 24.44) 

Para aqueles discípulos, que aguardavam um messias, as esperanças foram frustradas pela crucificação. Jesus junta-se a eles, expõe-lhes as Escrituras, revela-se no partir do pão para demonstrar que a cruz, é, na verdade, a esperança realizada. É onde os discípulos veem derrota que Jesus afirma estar a vitória. 

Para enxergarmos a ação de Deus na história precisamos redirecionar o foco. Isso acontece na exposição da Palavra e no partir do pão, na manifestação do Cristo vivo, a esperança realizada.

 



quarta-feira, 20 de abril de 2022

O TABERNÁCULO

“Na Tenda do Encontro, do lado de fora do véu que se encontra diante das tábuas da aliança, Arão e seus filhos manterão acesas as lâmpadas diante do Senhor, do entardecer até de manhã” (Êxodo 27.21) 

“...Deus que andava pelo jardim quando soprava a brisa do dia” (Gênesis 3.8) 

 “Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós" (João 1.14) 

 "Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus” (Apocalipse 21.3) 

 Deus sempre quis habitar entre nós!



sábado, 16 de abril de 2022

Graciosidade


A essência do ensino de Jesus consistia em anunciar que o Reino de Deus havia chegado (Mateus 3.2; 5.3; 10.7; 18.4; etc...). 
Sua afirmação antes da ascensão não deixa dúvidas: 
Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra” (Mateus 28.18)

Esse reino da era vindoura implica algo fundamental na vida daqueles que farão parte dele: 
Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento” (Mateus 22.37); “Ame o seu próximo como a si mesmo” (Mateus 22.39)

 Ainda assim, temos muitas dificuldades para compreendermos isso. Basta ver como as atitudes, palavras e decisões de tantos que se declaram cristãos revelam falta de amor e de misericórdia. As falas em redes sociais, então, destilam ressentimento, moralismo, egocentrismo e uma necessidade de sinalizar virtude, de alimentar um tipo de sensação de superioridade moral e um narcisismo doentio. 
É incrível como podemos facilmente cair na hipocrisia denunciada por Jesus nos religiosos fariseus. 

Sim. É verdade, o reino de Deus pede pessoas renovadas, com uma ética nova. Mas, convenhamos que esse não é o ponto de partida e nem o principal na obra de Cristo. A transformação não vem pelo ensino legalista de líderes religiosos, mas, pelo Evangelho. Uma coisa, portanto, que diferencia Jesus dos fariseus é a graciosidade!
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terça-feira, 15 de março de 2022

Sim, Deus Amou o Mundo...

A história que nos é revelada nas Escrituras não demonstra um Deus preocupado em apenas resgatar 'almas' humanas da terra como se o que importasse fosse apenas libertar espíritos puros de uma matéria corrompida. 
As Escrituras da tradição judaico-cristã começam com o relato de um Deus criando todas as coisas que existem. Ele cria tudo e tudo de forma que lhe permite constatar que ficou bom, muito bom (Gênesis 1.31). 
O apóstolo Paulo compreendia muito bem as implicações disso no projeto de redenção divina por meio de Jesus: 
"Pois foi do agrado de Deus que nele (Jesus) habitasse toda a plenitude, e por meio dele reconciliasse consigo todas as coisas, tanto as que estão na terra quanto as que estão no céu, estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz" (Colossenses 1.19,20)
Talvez você também já tenha escutado alguém sugerindo a leitura de João 3.16 de forma a substituir a palavra 'mundo' ali pelo seu nome, reforçando, assim, a falsa ideia individualista de que Deus se importa apenas com os seres humanos. Embora, sim, sejamos objeto do amor de Deus, a melhor maneira de lermos João 3.16 não é tirando a palavra mundo para colocar o meu próprio nome no lugar, mas, reconhecendo o plano abrangente da redenção de Deus: 
 "Deus tanto amou o mundo que Ele criou que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3.16)
Lembrando, ainda, que o texto continua assim: 
"Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele" (João 3.17). 
Ao reconhecermos o amor de Deus pela sua criação a ponto dele agir para restaurá-la não estamos, em nada, diminuindo a compreensão de seu amor por nós, afinal, fazemos parte, como seres feitos à sua imagem e semelhança, deste mundo de Deus.

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domingo, 13 de março de 2022

Use Bem o Cérebro

Talento, aplicado á mensagem bíblica para hoje, pode ser tudo aquilo que Deus nos confiou. Somos meros administradores daquilo que recebemos de Deus.
De todos os talentos, dons, recursos e capacidades que Deus nos concede, o nosso cérebro, a nossa inteligência, criatividade e imaginação constituem algo fantástico. Deus deseja que nós busquemos o entendimento das coisas. Ele inspirou pessoas para que registrassem a sua revelação por meio das Escrituras, a Bíblia. Nosso compromisso como cristãos, hoje, consiste em usar essa inteligência e, com auxílio do Espírito Santo, lermos e compreendermos as Escrituras. 
Não temos o direito de sermos negligentes diante dos talentos que Deus nos confiou e nem com a sua revelação que está disponível nas Escrituras. 
Como bem afirmou o pastor e missionário R. J. Rushdoony, 

"...um estudo teológico é também um ato de exorcismo intelectual, uma tentativa de expulsar os maus espíritos de algum tipo de pensamento herético e debilitante que enfraquece e alija a vida do homem e nosso entendimento da Palavra de Deus"

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

O PROBLEMA DO MAL

Você já leu o relato do dilúvio e da arca de Noé?

Com o relato do Dilúvio, que podemos ler em Gênesis 6ss., Deus mostrou que não se resolve o problema do mal simplesmente eliminando o outro. 
Soluções defendidas nos dias atuais indicam que essa preciosa lição ainda não foi aprendida. As pessoas continuam identificando o mal de forma equivocada e, assim, lutam contra grupos, etnias, culturas, enfim, "carne e sangue", perdendo de vista o cerne da questão. 
Enquanto uns acham que vão resolver o problema do mal lançando bombas sobre os 'inimigos', outros acreditam que podem implantar um reino de paz e justiça via revolução ou golpe militar. Não demora para que aqueles que ficam, se embriaguem com sua vitória e revelem que, na verdade, nada ainda foi vencido ("Bebeu do vinho, embriagou-se e ficou nu dentro da sua tenda" - Gênesis 9:21). 
Logo nos encontraremos novamente buscando edificar templos, torres e cidades em busca de fama, prestígio e autoglorificação ("Vamos construir uma cidade, com uma torre que alcance os céus. Assim nosso nome será famoso e não seremos espalhados pela face da terra" - Gênesis 11:4). 
O mal (verdadeiro) não permite que o espelho diante de nós revele algo que nos denuncie. E, assim, continuaremos focando no inimigo errado! "Foi ela..."; "Foi ele..." (Gênesis 3.12-13).

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Discípulo de Quem?

Muito se fala de discipulado. O que é discipulado? 

A palavra discípulo ou discipulado, por si só, ainda não diz muita coisa. É preciso perguntar por aquele que o discípulo segue. 

Um discípulo é um aluno, um aprendiz, um seguidor. Assim, alguém pode ser discípulo de Buda, de Maomé, do Profeta Gentileza, do INRI Cristo, do Chico Xavier, enfim, até de pastores e outros líderes que gostam de inflar o próprio ego com seus bajuladores à volta. 

Quando Jesus Cristo orientou os seus discípulos para que eles fizessem discípulos certamente havia algo mais abrangente em jogo. Não se tratava que agora, depois da Ascenção de Jesus, cada discípulo, alçado à condição de apóstolo, deveria sair e formar, cada um, a sua própria seita de seguidores pessoais. 

Fazer discípulos, conforme o modelo de Jesus, sempre consiste em levar as pessoas a 
seguirem o único e verdadeiro mestre que é Jesus. 

Discipulado, assim, não é um mero programa, não se trata de um método de sete ou doze passos. Não se faz discipulado apenas transmitindo conteúdos ou recomendando leituras. O verdadeiro discipulado que consiste em levar pessoas a seguirem a Cristo e, portanto, encontrarem nEle a própria identidade, é um processo contínuo, não tem prazo e nem formatura. 

Nesse sentido, um versículo que precisamos resgatar quando o assunto é discipulado na igreja é João 1.36. Embora possamos falar dos “discípulos de João Batista”, esses o eram apenas na medida em que João se reconhecia um instrumento de Deus. João sabia que Aquele a quem realmente importa seguir é Jesus. Por isso, João não hesita em apontar o verdadeiro mestre e nem se ressente ao “perder” os seus seguidores para o verdadeiro Cristo. 

“João estava ali novamente com dois dos seus discípulos. Quando viu Jesus passando, disse: ‘Vejam! É o Cordeiro de Deus!’ Ouvindo-o dizer isso, os dois discípulos seguiram a Jesus” (João 1.35-37) 

Formar discípulos de Jesus não se resume a gerar seguidores pessoais. Não envolve métodos eprogramas que formam simpatizantes de nossas causas particulares. Não tem a ver com produção em série de “soldados” que marcham conforme nossas ordens. 

O discipulador é sempre alguém maduro o suficiente capaz de apontar para Jesus: "Vejam! É o Cordeiro de Deus!” 

Assim, o discipulador é apenas um instrumento circunstancial nas mãos de Deus que leva o discipulando à maturidade que consiste em ser, ele mesmo, um livre seguidor de Jesus. Alguém capaz de, agora, participar também da tarefa de auxiliar outros a se tornarem seguidores de Jesus. 

O discipulado cristão jamais gera dependência do discipulador, mas, somente de Cristo.

terça-feira, 14 de setembro de 2021

Então disse o Senhor Deus: "Agora o homem se tornou como um de nós, conhecendo o bem e o mal" (Gênesis 3.22)

Quando lemos o relato da Queda, em Gênesis 3, conseguimos, quando muito, nos identificar com o casal de seres humanos que foi enganado pela serpente. A própria palavra 'enganado' já volta a nos iludir e revela que não aprendemos muito depois disso. Continuamos a nos ver como vítimas incapazes de assumirem a responsabilidade pelos seus atos. Foi ele, foi ela, foi o diabo, qualquer um, menos eu! 

A Queda, porém, é tão mais danosa que nos faz ignorar que não só passamos a ser imitadores daquele primeiro casal, fugindo de nossas responsabilidades e dando desculpas esfarrapadas. Além disso, deixamos de buscar e nos orientar por Deus, aquele que nos criou à sua imagem e semelhança, para nos espelharmos na própria serpente. Assim como ela, semeamos a duvida, colocamos a Palavra de Deus sob suspeita, levamos outros ao erro, mentimos e, vejam só, até dizemos a verdade. Esta, porém, sempre misturada ao erro, à mentira, à dúvida, afinal, a verdade só importa como instrumento para manipular, enganar, desviar. São as meias verdades que, no fim, não passam de mentiras completas. 

Foi isso mesmo que Deus disse? Não. Não é bem assim! 

Nas palavras do Reformador Martim Lutero: 

“...a maior tentação foi ouvir uma outra palavra e afastar-se daquela que Deus havia proferido”. 

Depois disso, não queremos mais ouvir qualquer outra voz a não ser a nossa. Já acreditamos piamente na verdade da serpente: “...seus olhos se abrirão, e vocês serão como Deus” (Gênesis 3.5).

sábado, 11 de setembro de 2021

Igreja: preste atenção ao mundo à sua volta!

O chamado para pastorear uma igreja é um chamado para pastorear a comunidade. O que pode parecer óbvio nem sempre o é. Comunidade é algo pelo que se trabalha continuamente. Requer cuidados e atenção constante.

A responsabilidade de pastorear uma igreja vem com a missão de servir a comunidade. As igrejas não são ilhas ou bolhas criadas para isolar os crentes das enfermidades da sociedade. As paredes do templo  não são barreiras protetoras para os problemas da sociedade. Muito pelo contrário - a igreja é chamada para cumprir a missão de Deus no mundo. E, muitas vezes isso significa que as pessoas são enviadas para os desafios mais difíceis e os ambientes mais escuros da vizinhança. Como assim? 

Para o cristão, que vive dentro da narrativa bíblica, não é nenhuma novidade que a queda colocou a criação de Deus numa rota de perigos, problemas, maldades e injustiças. Vivemos num mundo cheio de problemas. A maioria concordará que a igreja deve ser parte da solução, pelo menos em teoria. Quando um pastor prega sobre as soluções para os problemas da comunidade e da cidade, muitos podem até mesmo acenar positivamente. Muitas igrejas têm boas intenções, mas não sabem por onde começar. Como partir para a ação e colocar uma visão cristã, bíblica, em prática? Como uma igreja se torna parte da solução para melhorar a realidade à sua volta?
 
Certamente teríamos uma lista de soluções bem longa se nos dispuséssemos a abrir para sugestões. Cada contexto apresenta uma realidade particular com os seus próprios desafios. Mas, será que haveria alguma solução negligenciada? Algo que a maioria das igrejas não está considerando?

Estamos acostumados com a palavra promoção.  Porém, queremos ampliar o sentido dessa palavra de modo que seja uma maneira prática para a igreja fazer a diferença ali onde se encontra. Por exemplo: a sua cidade possui muitas crianças aguardando por adoção? Adotar uma criança é uma forma de promover um ser humano. Quantas famílias bem estruturadas na igreja poderiam, muito bem, receber mais uma pessoa em sua casa! Pensemos, especialmente, naquelas crianças maiores, que não costumam ser as mais visadas por casais que buscam adotar. 

Quer outro exemplo? Qual é a taxa de desemprego em sua cidade? Muitas igrejas estão repletas de empresários e pessoas influentes. Como esses cristãos poderiam se mobilizar para criar cursos de qualificação? Talvez reduzir a margem de lucro e gerar mais empregos!? Sim, promover pessoas é uma das das maneiras mais negligenciadas de fazer com que sua igreja resolva os problemas da comunidade. Quando perguntamos pelas crianças, pelos moradores de rua, pelas mães que não tem onde deixar os filhos enquanto trabalham, pelas pessoas desempregadas, imediatamente nos conectaremos ao cerne dos problemas da comunidade. 

A igreja de Jesus Cristo é chamada a invadir os ambientes mais difíceis deste mundo e fazer a diferença. Não é uma tarefa simples. Ninguém disse que seria! Há, porém a promessa de que nem mesmo as portas do inferno prevalecerão diante de uma igreja ousada e que avança no poder do Espírito Santo. 

A igreja é chamada a cuidar dos mais vulneráveis. Promover pessoas é uma forma de ser pró-vida e pró-justiça. As Escrituras repetidamente nos lembram do estrangeiro, da viúva e do órfão.  Colocar-se a favor da vida e da justiça gera movimento, dá trabalho, trará incômodo. Ser igreja, porém, envolve criar uma cultura de sacrifício, de serviço. Ser pais adotivos, por exemplo, implica perder privacidade, dinheiro, segurança e muito sono. O sacrifício é exigido desde o momento em que você começa, se inscrevendo no processo de adoção.

Ser igreja envolve formar comunidade. As crianças e os mais vulneráveis passam a ser responsabilidade de todos. Em Cristo, o ser igreja implica uma nova grande família. Quantas pessoas mais podemos acolher?

Ainda sobre o aspecto específico da adoção, talvez nem todas as casas estejam preparadas. No entanto, existem outras maneiras de acolher. Existem crianças e jovens que poderiam se sair melhor em seus estudos, mas, não tem as condições ideias. Como ajudar? Fato é que a pessoa que está inserida numa igreja não estará sozinha diante desses e outros desafios. 

Quando uma igreja passa a prestar mais atenção à realidade à sua volta ela também sente-se chamada a arriscar mais. Só quando a igreja descobrir meios de promover pessoas ela será uma benção na sua realidade, gerando vida e transformação. 

domingo, 29 de agosto de 2021

Discipulado é Relacionamento com Jesus

Quando se trata de seguir a Jesus, será que estou convencido de que eu já dei o passo? Será que meu voluntarismo me permitem o direito de cumprir uma série de preceitos em lugar de um relacionamento direto com Jesus? Será que eu posso me considerar justificado e bom porque decidi dedicar algumas horas da semana à Jesus? Talvez o meu envolvimento com uma série de compromissos religiosos me forneçam a ilusão de que já sou um bom discípulo!? Talvez eu acredite que um compromisso total venha depois de eu cumprir uma série de exigências e obrigações com a igreja!? Quem sabe, eu esteja convencido de que estar na multidão já seja o suficiente. Posso continuar a ditar o ritmo. Faço a minha agenda e peço que Deus a abençoe. Eu sigo, mas, primeiro, eu tenho umas coisinhas que preciso decidir! 

Lembrando outro episódio, quando Jesus lançou seu convite, deparamo-nos com uma resposta radical: “Passando por ali, viu Levi, filho de Alfeu, sentado na coletoria, e disse-lhe: ‘Siga-me’. Levi levantou-se e o seguiu” (Marcos 2. 14). 

Quanta coisa Levi deixou naquele momento para seguir quem lhe convocava!? Poderia ter dado inúmeras e plausíveis justificativas. Como deixar seu trabalho ali, em pleno horário de expediente? Quem o substituiria? Havia ainda repasses a fazer e comissões para receber. O texto, no entanto, diz simplesmente que Levi levantou-se e o seguiu. 

Nas palavras de Dietrich Bonhoeffer, 
"o ser humano que foi chamado larga tudo quanto tem, não para fazer algo especial, mas simplesmente por causa daquele chamado, porque, de outro modo, não pode seguir os passos de Jesus”. 

O único conteúdo no discipulado de Jesus é Ele mesmo. 

O que é o discipulado? 

Discipulado cristão é comprometimento com uma pessoa: a pessoa de Jesus Cristo. Começa, portanto, com um relacionamento com Ele.