quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Evangelização: levando a igreja local a focar as BOAS NOVAS

A maioria das pessoas que as estatísticas identificam como os "sem igreja" não não são, necessariamente, anti-igreja. Poucos, na realidade, são altamente contrários ao evangelho. Como exemplo, apenas cerca de 5% dos americanos sem igreja são altamente antagônicos ao evangelho. Euangelion é a palavra grega para boas novas ou evangelho. Os cristãos de hoje parecem ter perdido ou se esquecido do “bom” em boas novas? A negatividade, sem dúvida, vende. Notícias negativas ganham mais atenção, assim como posts negativos em mídias sociais e blogs.

Boas notícias não dão audiência! Oitenta por cento dos frequentadores da igreja acreditam ter a responsabilidade pessoal de compartilhar sua fé, mas 61% deles não contaram a outra pessoa sobre Cristo nos últimos seis meses. A grande maioria dos cristãos acredita que eles devem compartilhar sua fé, mas poucos realmente o fazem. Por que isso acontece se os cristãos representam o povo da esperança? Os cristãos são aqueles que tem os maiores motivos para serem verdadeiramente otimistas. As boas novas devem nos levar para fora com amor. Se você está liderando uma igreja, o que você pode fazer sobre o fato de que a maioria dos crentes não compartilha sua fé?

1º Passo: Admita o problema - Em muitas denominações pessoas são integradas à igreja/comunidade local pelo batismo ou profissão de fé. Quantos batismos e profissões de fé a sua igreja local realiza por ano? A sua igreja pode ser uma extraordinária exceção, mas a maioria está lutando para alcançar pessoas para Cristo. Os líderes da igreja precisam fazer mais do que reconhecer a realidade estatística. Os líderes da igreja devem admitir que também fazem parte do problema. É preciso parar de simplesmente transferir a responsabilidade.

2º Passo: Lidere pelo exemplo - As igrejas que evangelizam têm líderes que evangelizam. Por acaso você já ouviu falar a respeito de uma igreja voltada para os de fora com líderes voltados para dentro? Não dá para esperar que os membros da igreja compartilhem sua fé se você não estiver liderando o desafio. É necessário estabelecer para a igreja o objetivo de compartilhar a fé com alguém toda semana. Não importa se a sua igreja local reúne, em média, 25, 75, 200 ou três mil membros. Se os líderes simplesmente cumprirem sua responsabilidade de compartilhar o evangelho, a igreja crescerá. Logo os membros, inspirados pelo exemplo de sua liderança, estarão compartilhando do evangelho com seus amigos, parentes e vizinhos.

3º Passo: Seja positivo - O evangelho é uma boa notícia. Se você reclamar do evangelho, não é o evangelho. É apenas fanfarronice religiosa, o que não é bom. Seu tom é importante, não tão importante quanto o conteúdo, mas, ainda assim, importante. Se a teologia da prosperidade distorce as boas novas, o evangelho da pobreza suga a sua vitalidade. O evangelho não traz riquezas terrenas e nem requer uma vida separada do mundo. Mas, todos os cristãos devem ser pessoas positivas. Sem sacrificar a sinceridade e a autenticidade (a vida pode ser difícil), a melhor maneira de compartilhar sua fé é se concentrar no "bom" das boas novas. Dificilmente alguém irá se interessar e querer se juntar a uma congregação de murmuradores.

4º Passo: Pregue - O pastor da igreja deve regularmente pregar e ensinar sobre a importância da evangelização. O púlpito e o microfone são os meios de se comunicar com uma igreja inteira. O que é comunicado a toda a igreja é percebido como o mais importante. Use o palco principal para transmitir a mensagem mais central: o evangelho deve ser compartilhado.

5º Passo: Pratique - Pregar sobre a importância de compartilhar o evangelho é uma maneira de transmitir a importância de estar focado no público que ainda não conhece o evangelho. Mas pregar não é suficiente. Cada pequeno grupo da igreja é um excelente espaço para treinar regularmente a evangelização. Essas configurações menores permitem que as pessoas façam perguntas e interajam com os líderes. Crie pequenos grupos, capacite lideranças para coordená-los, ofereça conteúdo relevante, incentive os membros a convidar novas pessoas!

6º Passo: Ensine - Todo pastor e líder da igreja deve ter pelo menos um aprendiz. Um dos aspectos mais críticos ao se ensinar alguém na igreja é demonstrar a ele como compartilhar o evangelho. Se a sua orientação espiritual não inclui evangelismo, então você está perdendo uma grande oportunidade.

7º Passo: Celebre - Você se torna o que você celebra. Se a sua igreja celebra a evangelização, então as pessoas provavelmente se tornarão mais evangelísticas. Você deve elevar o evangelho acima de outros aspectos da vida da igreja. Conte a história da mudança de vida nas pessoas. Uma igreja que celebra o novo nascimento em Cristo é mais propensa a pensar "para fora" do que uma igreja que não celebra.

A maioria das igrejas precisa de uma mudança cultural para se tornar mais evangelística. Em muitas igrejas, os anos se passaram sem muito foco externo, e a atrofia evangelística se instala. A cultura de muitas igrejas lentamente fez com que passassem para um foco interno. Esses sete passos podem parecer muito técnicos, na verdade.

 Realisticamente, uma sessão de treinamento de evangelismo não fará muito por uma igreja que não tenha focado "os de fora" por anos a fio. Contudo, repetir estes sete passos consistentemente iniciará o processo, mudando gradualmente a cultura da igreja.

Depois de alguns anos, ou talvez alguns meses, você poderá encontrar muitas pessoas na sua igreja empolgadas em compartilhar o evangelho novamente.

Texto traduzido e adaptado do original de Sam Rainer: SEVEN STEPS TOWARDS A GREATER GOSPEL FOCUS IN YOUR CHURCH 
Disponível em https://thomrainer.com/2019/08/seven-steps-towards-a-greater-gospel-focus-in-your-church/

terça-feira, 27 de agosto de 2019

Pastor: será que chegou a hora de você procurar outra igreja para pastorear?

A vida e o ministério pastoral é realmente cheia de desafios. Um destes consiste em discernir o melhor momento para seguir em frente e buscar por novos desafios, em outra cidade, outra igreja local!

São muitos os dilemas! Afinal de contas, nem sempre mudar de cidade e, até mesmo de estado, implica apenas a vida do pastor. Como fica a família? E os filhos? Tudo isso sem falar de parentes e amigos.

Começar tudo novamente em um contexto estranho é rotina na vida de muitos pastores e missionários. São muitas coisas para serem consideradas. A principal, certamente, é a vocação. Afinal, em nome do chamado de Deus e da convicção vocacional, a maioria dos pastores sabe que lhe serão exigidos sacrifícios.

Certamente o primeiro ministério na vida de todo pastor está em sua própria casa. Seu testemunho, cuidado e oração diante da sua família serão sempre um exemplo diante da igreja. Como não lembrar, aqui, as duras palavras do Apóstolo Paulo? "Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente" (1 Timóteo 5.8).

Nenhuma mudança, portanto, deveria se basear em decisões que ignoram a família pastoral. Oração e diálogo são fundamentais para buscar consenso e segurança diante de toda grande decisão na vida e no ministério do pastor. O esforço no ministério será ainda mais árduo se as coisas não estiverem indo bem em casa!

Um fator que pode fazer com que um pastor comece a pensar em deixar a sua igreja local é "a grama mais verde do vizinho". Você certamente compreende esta metáfora. Em todas as áreas da vida a nossa tendência é nos compararmos com os outros. No caso do ministério pastoral, também há sempre a tentação de acharmos que os colegas estão conseguindo maior sucesso do que eu. Por isso, é muito importante uma análise e reflexão sincera. Certamente este não é um motivo suficientemente correto para algum pastor querer se aventurar em uma outra igreja.

Quando, então, seria o momento mais adequado para deixar a igreja para seguir em direção a novos desafios?

Certamente esta é uma resposta difícil de ser dada sem que se considere uma série de variáveis. Duas delas já foram mencionadas acima. A família pastoral e as motivações pessoais devem ser seriamente levadas em consideração.

Um aspecto legítimo a ser considerado é se você, pastor, sente que tem uma visão para uma igreja que não é mais esta onde está pastoreando atualmente. Se você possui uma nova e clara visão para uma nova igreja, então, talvez seja hora de mudar. Isso inclui, certamente, muita oração e direcionamento de Deus. Se você sente que o seu tempo na igreja em que está chegou ao fim, que não tem mais o que colaborar, que cumpriu seu propósito aí, talvez seja hora de considerar seriamente um novo desafio.

Outro aspecto relevante a ser levado em conta é se na igreja local onde o pastor atua há uma resistência, até mesmo uma oposição tão forte ao ministério do atual pastor que é impossível de ser superado. Essas coisas acontecem. Mais uma vez a situação carece de muita sabedoria e discernimento. Sabemos que há sempre a tentação de fugir frente as primeiras dificuldades. Não se trata disso. Muitas bençãos e crescimento são impedidos quando crises e dificuldades deixam de ser enfrentados. É preciso evitar deixar a igreja exatamente no momento em que ela mais precisa de você! Nosso ponto aqui é realmente uma oposição insuperável e que pede uma medida drástica.

Esqueça os mitos e o senso comum que, muitas vezes, influenciam a decisão de pastores para mudarem de igreja. Um destes mitos é o do tempo de ministério numa mesma igreja local. Haveria algum tempo ideal? Cinco anos? Três anos, quem sabe!? Talvez sete anos? Por incrível que pareça, há quem se apegue em justificativas desse tipo. É um argumento difícil de justificar, pois parece considerar que um ministério pastoral numa mesma localidade teria uma espécie de prazo de validade. Isso é obviamente um equívoco. É preciso, antes, uma avaliação aberta, participativa e em diálogo que considere a igreja, suas lideranças, o pastor e um eventual mentor.

Considere ainda se Deus o está chamando para um ministério completamente diferente. Talvez, até mesmo, uma atividade profissional fora da igreja. Sim, isso também pode acontecer. Muitas pessoas ouviram conselhos de amigos e da família, procuraram atender a uma expectativa dos pais e, atualmente, sofrem simplesmente por estarem numa atividade para a qual nunca foram vocacionadas. Mudar faz parte. Mas, nem sempre uma mera mudança geográfica será o suficiente. 

Independentemente de onde Deus te colocar, procure servir com alegria!

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Você Convida Pessoas de Fora Para a Sua Igreja?

Será que é mesmo importante incentivar os membros da igreja local a convidarem pessoas de fora? 

Por quais razões deveríamos convidar outras pessoas para a igreja?

Se a minha igreja ainda está passando por um processo de revitalização, será que é saudável convidar "estranhos" para virem participar das programações?

Talvez pastores e líderes que servem em igrejas que claramente necessitam de um processo de revitalização se deparem com essas dúvidas.São questões honestas que precisamos encarar como igreja.

Quem já não ficou em dúvida sobre se deveria ou não convidar aquele amigo, um vizinho, aquela família do amigo dos filhos para virem até a igreja? E se eles não gostarem? E se o pastor falar sobre dízimo, dinheiro e contribuição? E se acharem nosso templo e nossa liturgia muito antiguados? Quem nunca viveu dilemas assim?

Se você é pastor, como tem agido? Você costuma incentivar os membros a convidarem outras pessoas para a igreja?

Inicialmente diríamos que o simples fato de nossa igreja local estar passando por um processo de revitalização não nos deveria intimidar de convidar e trazer outros. Afinal, um processo de revitalização passa por pessoas. E, quem sabe, essa pessoa pode ser você.

Qual melhor maneira de revitalizar do que despertar para aqueles à nossa volta e que ainda não foram alcançados pelo Evangelho?

Ao convidar outras pessoas para a igreja você não está apenas pensando em acrescentar números aos frequentadores do culto, mas, em convidar pessoas a conhecerem a graça de Deus e a se juntarem na missão desse Deus.

Outro benefício para a igreja local, quando novas pessoas chegam, é despertar os membros para o mundo lá fora. Nenhuma igreja deveria perder esta perspectiva. Se a sua igreja local está centrada por demais em si mesma, então, traga gente nova e ajude os membros a focarem para além de seus próprios umbigos.

Toda igreja local tem problemas, é verdade. Mas, ninguém segue adiante focando apenas os problemas. Erguer os olhos e contemplar os campos prontos para a colheita é necessário. Isso nos impulsiona para frente.

Aponte para as possibilidades. Os membros da igreja precisam ser desafiados a se engajarem na missão de Deus que consiste em abençoar as nações do mundo inteiro.

Revitalize! Convide! Incentive os membros a trazerem seus amigos. E, deixe que Deus faça uma bagunça em sua igreja local. Não existe reforma sem incômodos. Não há revitalização sem mudar algumas coisas. E, às vezes, não é bem como gostaríamos. Mas, se é da vontade de Deus, aquilo que nos deixa mais confortável não importa!

terça-feira, 16 de julho de 2019

Igrejas Locais e Assessorias Externas

Será que igrejas locais precisam mesmo de assessorias externas de vez em quando?

Por que igrejas locais necessitariam de assessoria de pessoas de fora do ambiente da igreja local?

Esclarecendo aqui que aquilo que chamamos de igreja local refere-se a congregação ou comunidade baseada num local específico (templo) onde um grupo se reúne para adorar, celebrar a Ceia do Senhor, encontrar os irmãos, ter culto, enfim, as atividades de uma igreja que se organiza numa determinada região.

Entendemos que à vezes é, sim, importante um olhar de fora. Isso favorece a igreja que procura ser mais saudável. Contar com uma assessoria externa oportuniza olhar a igreja local por novas perspectivas. Assim, pode-se oferecer insights para que a liderança local explore novos caminhos e oportunidades.

As intervenções externas de pessoas especializadas e realmente comprometidas com a vida saudável de uma igreja local, podem ser de extrema utilidade. Infelizmente muitas congregações locais acabam não se abrindo para essa possibilidade ou o fazem quando já é tarde demais.

Outro engano é pensar que assessorias externas seriam apenas para igrejas que estão morrendo. Assim como é importante contar com profissionais especializados para instalações físicas como templo, som e eletricidade, é também fundamental se abrir para pastores e consultores experientes que podem oferecer ajuda para pastores e lideranças locais imersas em seus dilemas em ser uma igreja saudável e relevante.

É fundamental lembrar também que uma igreja local jamais é igual a outra. Por isso, não basta copiar modelos e programas que parecem ser sucesso em outros lugares e achar que vai funcionar de igual modo em minha comunidade. Muitas vezes, uma liderança local sofre essa tentação. Por falta de tempo e de recursos acabam simplesmente importando modelos desconsiderando a cultura e particularidades locais.

Lembre-se que pastorear uma igreja se parece mais com cultivar um jardim do que administrar uma empresa ou dar manutenção em uma máquina. O velho paradigma institucional que acabou se formando e definindo o conceito 'igreja' na cabeça de muitos cristãos precisa urgentemente ser repensado.

A igreja de Jesus Cristo é um todo orgânico para o qual o Senhor chama homens e mulheres para a nobre tarefa de 'cuidar das suas ovelhas'. Sejamos humildes e busquemos ajuda nesta tarefa quando necessário!

quarta-feira, 3 de julho de 2019

Discernindo os Tempos

"Abram os olhos e vejam os campos! 
Eles estão maduros para a colheita" 
João 4:35 

Interior. Colônia. Campo. Roça.

Nosso Brasilzão é rico em termos e significados. Dependendo da sua região, a palavra para se referir a origem de muitos de nós, brasileiros, muda. O processo urbanizatório ocorrido no Brasil é fenômeno ainda recente. Por isso, é muito comum encontrarmos pessoas que têm a sua história marcada pelos tempos que viveram lá 'na roça'. Pessoas como eu, que cresci no interior do Estado do Espirito Santo, em meio às plantações de café.

Uma coisa que aprendi tendo crescido no interior é observar o clima e antecipar possíveis mudanças. Hoje, vivendo numa capital do sul do Brasil, a experiência do passado apenas se aperfeiçoou. Por aqui o clima é diferente daquele calor da minha infância e juventude.

Eu gosto de caminhar. Herança, talvez, dos tempos que esta era praticamente a única alternativa, mesmo para se deslocar longas distâncias. Caminhar é um bom jeito de estar em contato com a natureza e observar as coisas. É assim também que podemos sentir melhor o clima, a brisa, perceber o farfalhar das folhas nas copas das árvores. De repente, um dia de calorzinho agradável é invadido por um rajada de um ventinho mais gelado. Ou, o contrário, um dia fresco trás a carícia de uma brisa mais quentinha.

Talvez você saiba do que eu estou falando. Qualquer pessoa pode notar esses fenômenos. Basta prestar atenção. Não é preciso nenhum exercício de futurologia e adivinhação. Quem aprendeu a observar a natureza, ficar atendo às mudanças suaves que se antecipam, é capaz de dizer que algo mais substancial está para acontecer. Vai virar! Vem chuva por aí!

Hoje o dia está assim aqui na minha cidade. Foi isso que me levou a pensar no que está acontecendo também na igreja brasileira. Quem presta atenção já percebeu que há sinais que anunciam mudanças. O mesmo processo que tirou as pessoas do campo e levou ao inchaço das cidades representa um grande desafio para as igrejas.

Muita coisa já aconteceu. O protestantismo histórico sofreu muito para encontrar uma linguagem e uma expressão nesta nova realidade. Um dos grupos religiosos que mais cresce em nosso país são aqueles que se declaram "sem religião". Há muita gente frustrada com a religião instituída e com a igreja como a conheceram. Isso não significa, porém, que a evangelização ou a missão estejam em crise. Nem significa que as pessoas estejam fechadas para a espiritualidade. Muito pelo contrário. Há uma verdadeira sede e uma busca por sentido, por significado e realização.

Os sinais indicam mudanças. A Igreja brasileira está se mexendo. Suas várias expressões, seja mais tradicional ou mais inovadoras, não podem se dar ao luxo de apenas esperar que as pessoas venham. É preciso manter a essência da mensagem do Evangelho, mas, também encontrar os meios, os canais que alcancem e impactem o indivíduo imerso num mar de informações e perdido num mundo fragmentado.

É preciso discernir os sinais dos tempos! Confusão e fragmentação requerem um referencial, uma orientação segura, algo em que se possa confiar. Como Igreja de Jesus Cristo, nós precisamos aprender a contar a Grande História. E, assim, convidar as pessoas a se deixarem mover por Aquele que é o grande autor dessa história.

As coisas estão mudando. Sempre mudaram. O que nos aguarda? Uma coisa é certa, Deus permanece o mesmo e se mantém fiel aos seus propósitos. Como Igreja, fazemos parte do movimento de Jesus, o movimento encarregado de levar a missão de Deus ao mundo. Nosso desafio é fazer isso de forma relevante e que gera transformação na vida das pessoas.

Sem sair, sem lançar-se à caminhada, eu jamais sentiria o vento, a brisa quente e suave a me lembrar que estou vivo. Deus age e espera que a sua igreja também se deixe mover pelo seu Espírito Santo! Mudanças, às vezes, assustam. Mas, o friozinho na barriga pode ser gostoso quando encaramos o desafio ao lado de outros!

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Aprender Sempre

"Eu sou o caminho, a verdade e a vida"
 João 14:6 

Há uma pergunta não declarada que parece angustiar muitas pessoas. Não sabemos expressar direito. Está até mesmo inconsciente para muitas pessoas. Com a enxurrada de informações diárias, tudo parece ainda mais complicado. “Como viver em um mundo que não entendemos?” Esta parece ser 'a questão' para muita gente! Como se virar num mundo tão confuso? Em quem acreditar? A quem dar ouvidos?

Há quem realmente acredite e defenda que tudo não passa de aleatoriedade. Nada faz sentido, não há verdade, apenas versões.

Inevitavelmente surgirão as dúvidas e a necessidade de algum amparo. O ser humano parece ter sido feito para viver a partir de algum referencial. Mas, qual? Onde encontrar segurança? Alguém seria capaz de explicar o mundo? O quanto deste mundo pode ser explicado e compreendido? (se é que pode!)

Muitos eventos acontecem dia após dia em todos os lugares do planeta. Eles influenciam os rumos econômicos e políticos das nações. Seriam apenas ocorrências aleatórias e imprevisíveis?

Sim, são muitas as perguntas! Mas, não precisamos nos desesperar. Tudo isso mostra apenas que todos nós precisamos de algum arcabouço prático e teórico para seguirmos em frente. Qual é o seu referencial?

O cristão deveria ser aquela pessoa que melhor consegue viver num mundo confuso. Afinal, cremos no Deus criador e que está no controle da história. Aprendemos que Ele é o Senhor! Infelizmente, nem sempre sentimos essa segurança. Nem sempre aquilo que sabemos se confirma naquilo que vivemos. Isso acontece porque há pouco ensino na igreja. Nem todos conhecem a essência da história, pois ignoram que Deus está conduzindo tudo.

Se você também se angustia com muitas coisas e deseja entender melhor a história de Deus, precisará mergulhar na narrativa bíblica. Assim, conhecerá a história de Deus e qual é o seu lugar nisso tudo!

Você pode ainda contar com livros e cursos que te auxiliem nessa caminhada. Há muita coisa boa que não é complexo e confuso. Fuja dos simplismos e dos chavões. Acreditamos que a realidade é a maneira mais certa de nos aproximarmos de Deus.

Uma das marcas da fé cristã é o relacionamento. Por isso, junte-se a pessoas que possam caminhar contigo. Vida cristã é vida em comunhão. A grande narrativa é uma história para a qual Deus nos convida a caminhar ao lado de outras pessoas.

Finalmente, dedique-se a leitura, aos estudos e aos relacionamentos. Mantenha-se sempre aberto a aprender, pois Deus está sempre pronto a nos ensinar!

segunda-feira, 24 de junho de 2019

O Que a Bíblia Diz Sobre Perdão?

Você já teve que perdoar alguém? Se sim, então sabe bem do que estamos falando. Sabe, por exemplo, que perdoar nem sempre é fácil. De onde vem a força para perdoar alguém?

O que você acha daquelas pessoas que dizem que são capazes de perdoar, mas, não de esquecer?

O pastor e ativista norte-americano Martin Luther King teria dito que

"O perdão é um catalisador que cria a ambiência necessária para uma nova partida, 
para um reinício" 

E a Bíblia, será que ela tem algo a dizer a respeito do perdão?

O perdão é central na fé cristã. Falar sobre o perdão é falar da cruz. Somente o perdão liberta da culpa e possibilita a reconciliação. Sem perdão não há paz. O perdão quebra algumas lógicas. Perdoar é um gesto, uma decisão alicerçada no amor. Perdoar é agir por graça. E a graça é algo que não compreendemos muito bem.

A graça quebra a lei da causa e efeito. Por isso, nas palavras de Bono Vox, “se eu viver por meio do ‘Karma’ estou com grandes problemas”.

A história da graça é a história de Cristo. O perdão é o amor em ação. A liberdade para deixar o amor agir sem que o outro tenha feito por merecer é graça. Essa liberdade só pode experimentar quem se reconhece amado e perdoado graciosamente. O perdão quebra as correntes. É o gesto que subverte a lei da causa e efeito. “Perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou” (Colossenses 3. 13). Perdoar é libertar e ser libertado!

Além de falar a respeito do perdão, a Bíblia também apresenta vários exemplos concretos de pessoas que perdoaram e foram perdoadas. Genesis 33 relata o reencontro entre Esaú e Jacó. Mais adiante, o capítulo 45, relata o emocionante momento quando José se revela aos seus irmãos que anos antes o tinham vendido como escravo. A emoção escancarada de José e suas palavras revelam que nenhuma mágoa ou ressentimento existe em seu coração. Nos Evangelhos vemos que mesmo sabendo da traição de Judas, Jesus o continua chamando de amigo (Mateus 26. 50). Outro traidor foi Pedro que negou Jesus três vezes. E, após sua ressurreição foi a Pedro que Jesus disse: “Cuide das minhas ovelhas” (João 21. 17). A experiência de ser amado e perdoado libertou Pedro para cumprir o seu chamado apostólico.

No famoso sermão da montanha, encontramos Jesus ensinando: “eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem” (Mateus 5.44). Na cruz Jesus mostrou o que isso significa. Toda humanidade rebelde e inimiga de Deus estava sendo redimida, absolvida, perdoada. Entre sangue, suor e dor lancinante, o Mestre enxerga curiosos e algozes zombadores a rodear o madeiro. Lá de cima, palavras que expressam o improvável: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lucas 23. 34).

Um dos dois bandidos que foram crucificados com Jesus compreendia bem a lei do carma: “Nós estamos sendo punidos com justiça, porque estamos recebendo o que os nossos atos merecem”. As palavras seguintes que ele ouviu de Jesus revelam o amor, o perdão, a graça que vira essa visão de causa e efeito de cabeça para baixo: “Eu lhe garanto: Hoje você estará comigo no paraíso” (Lucas 23). Assim Ele nos ensina a orar: “Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores” (Mateus 6. 9-13).

Existe alguém que você precisa perdoar? Parece uma tarefa difícil demais para você? A dor que aquela pessoa te causou é grande demais?
Que tal antes de procurar a pessoa, começar orando por ela!? Ore para que Deus a transforme, a abençoe. E, ore a Deus também pedindo a Deus para transformar os teus sentimentos. Aos poucos você verá que estará se libertando. Logo perceberá que está perdoando.

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Presente Pra Você!

Deixe o seu e-mail abaixo e nós estaremos enviando pra você o Ebook O Cristão e as Ideologias. Em tempos de polarização política é importante que os cristãos saibam se posicionar. Este texto ajudará você a começar a se localizar como cristão nesse debate. Aproveite! É gratuito.

terça-feira, 18 de junho de 2019

O Que a Bíblia Diz Sobre Dívidas?

Você está devendo? A sua dívida é algo que tira o teu sono ou você nem se importa?

Com frequência nos deparamos com notícias sobre o recorde de endividamentos do brasileiro. Inadimplência combina muito bem com cheques, cartões de crédito e financiamentos.

Na opinião de um especialista em finanças

“as pessoas sabem que será mais vantajoso se pouparem e usarem o dinheiro para comprar à vista. Mas quem tem paciência para esperar para consumir? Elas querem agora”

Pior que estar devendo é pagar por esse crédito. Mesmo com Selic em queda, nos maiores bancos, a taxa de juros do cheque especial segue índices absurdos ao ano. É o crédito mais fácil de usar. Sempre disponível, o dinheiro está na conta, prontinho. Pode ser em um saque no meio da noite ou em um pagamento no débito e o empréstimo começa a valer sem a assinatura de papéis ou a presença do gerente. Mas, tanta facilidade tem um preço.

Qual é o seu ponto de referência quando você precisa tomar decisões financeiras que envolvem sua família, negócios e trabalho? Os cristãos buscam a vontade de Deus para suas vidas (Pelo menos é assim que imagino que deveria ser!); desejam que Deus cumpra os seus propósitos; afirmam que Deus é o Senhor sobre suas vidas... Como é que funciona com a questão financeira? Será que Deus também tem algo a dizer sobre isso? Ou será que ele se importa mesmo é com os 10% que ofertamos e o resto é ‘cada um que se vire como pode’? A maneira como administro o dinheiro, afeta a minha comunhão com Deus? O que a Bíblia tem a dizer sobre dívidas?

O sábio autor de Provérbios diz que “quem toma emprestado é escravo de quem empresta” (Provérbios 22. 7). Curto, reto e direto! Em Romanos 13.8 o Apóstolo Paulo chama a atenção: “Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros...” Diante do ensino bíblico a este respeito, existem para nós duas alternativas sábias:
1) Evitar o endividamento a todo custo;
2) Se já está endividado, fazer todo esforço possível para sair da dívida.

Cheque especial e cartão de crédito..., o que fazer com eles? Reflita: se é você quem manda neles, muito bem. Agora, se eles já assumiram o controle, aproveite um dia frio em que a lareira da tua casa estiver acesa e veja como o fogo age rapidamente nessa coisa que parece ter tanto poder sobre você. Outra alternativa é rasgar e amassar. Deleite-se picando, picando, até você ter pedaços bem pequeninhos! Se no final do mês você não consegue pagar todo o saldo devedor do seu cartão de credito, então está na hora de uma cirurgia plástica: você só precisa de uma tesoura para isso.

Antes da próxima compra e do risco de contrair uma dívida faça a si mesmo três perguntas:
1) Tenho dinheiro?
2) Eu preciso?
3) Precisa ser agora?

Muitas das coisas que compramos não representam de fato uma necessidade. Essas perguntas nos ajudam a refletir e evitar as compras por impulso. E, lembre-se: “Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (Filipenses 4. 19). Infelizmente, muitas de nossas dívidas e dos nossos gastos são resultado de hábitos de consumo ruins. Quando o assunto é dinheiro, raras vezes o problema está em quanto você ganha, mas, em o quanto e como você gasta.

sábado, 15 de junho de 2019

Um Curso de Teologia ao Seu Alcance

Você já ouviu falar em Igreja Missional?

Gostaria de saber mais a respeito?

E estudar teologia, você já pensou nisso?

Que tal cursos breves, aí mesmo onde você está, sem precisar mudar de cidade?

Embora a igreja continua necessitando de pastores e missionários de tempo integral, o fato é que a maioria dos membros permanecerão em sua cidades e em suas igrejas locais. A teologia é importante na formação de cada cristão.

Pensando nisso foi criado o primeiro curso visando capacitar os membros da igreja que Deus chama para a missão a partir da sua igreja local, ali mesmo, no bairro, na cidade, na vizinhança local.
 

 Contato: teologia.missional@gmail.com